segunda-feira, 8 de maio de 2017

CAPÍTULO 151

CENA 1: Valéria se deixa ser abraçada na frente de todos por Giovanna, mas assim que Giovanna a solta, Valéria resolve tomar uma atitude.
-Tá certo, Giovanna. Tudo bem. Agora eu queria saber uma coisa...
-Fala...
-Tem como a gente ir rapidão ali na sua sala?
-Claro que sim!
Giovanna leva Valéria até sua sala.
-Pronto, Valéria.
-Giovanna, deixa eu explicar direito um negócio p'rocê, pra ver se ocê entende de uma vez por todas.
-Eita Valéria, pra que falar nessa agressividade?
-Acha agressivo o meu jeito? Pois eu acho que ocê devia levantar as mãos pro céu de eu não ter te colocado no seu devido lugar na frente de todo mundo. Mas sabe por que eu não fiz isso? Porque eu tenho consideração, empatia e caráter, coisas que pelo visto ocê só conhece na teoria!
-Gente, o que é isso? Valéria... eu tou só pedindo uma nova chance.
-Chance do que, Giovanna? Nunca sequer fomos perto de amigas! Acorda, mulher! Para de forçar a barra! Ocê acha mesmo que eu vou cair nesse seu papo furado, é?
-Mas não é papo furado! Eu mudei... e só quero seu perdão.
-Beleza. É por falta de perdão? Eu perdoo. Mas não pense ocê que perdoar é esquecer ou passar a mão na cabeça sobre os seus erros.
-Nem eu espero isso, Valéria. Eu sei que fiz muita besteira.
-Besteira é apelido, viu? Foi merda, da bem fedida ainda por cima! Tem mais uma coisa: nunca existiu, não existe nem vai existir amizade entre nós duas. Eu sou obrigada a te aturar porque a gente trabalha no mesmo prédio. Só por isso. Mas não conte que eu vá acreditar nessa sua mudança. A mim não convence. Pode ter feito o psiquiatra e o Hugo de trouxa, mas não a mim!
-O tempo vai mostrar e provar que eu mudei de verdade.
-É mesmo?
-Sim. Eu garanto!
-Pois eu pago pra ver. E não coloco minha mão no fogo, viu?
CORTA A CENA.

CENA 2: Nicole surpreende Cristina entrando em sua sala na clínica.
-Que susto, mãe! Você não disse que vinha...
-Queria ver como cê tá, filha...
-Tou bem, ué. O que foi que te deu pra materializar aqui de repente, posso saber?
-Não posso ver minha filha, não?
-Poder pode, mas eu te conheço, dona Marilu...
-Nicole, por favor...
-Que seja. Eu sei muito bem que você não é de dar ponto sem nó. Então é melhor ir falando...
-Eu quero saber se você vai fazer o exame.
-Que exame?
-Da gravidez, filha. Acho bom acabar com essa dúvida de uma vez. Aproveitar que você trabalha aqui e acabar com isso logo...
-Tenho medo, mãe...
-Independente do medo, é pior alimentar essa dúvida sem ter certeza de nada, né?
-Pensando por esse lado... melhor fazer logo esse exame.
CORTA A CENA.

CENA 3: Érico almoça com Flavinho, que estranha sua postura apática.
-O que foi, Érico?
-Nada, por que?
-Cê tá com uma cara esquisita.
-Ah, então... sabe o que é? O Guilherme veio me falando umas coisas de que se preocupava comigo, que eu sou como um irmão pra ele.
-E daí? Desde quando isso é razão ou motivo pra essa apatia?
-Você não entenderia.
-Não apenas entenderia como já entendi tudo. Já faz algum tempo, inclusive.
-Fala então.
-Você quer se mostrar pro Guilherme. Não superou ele. Acha que eu não percebi isso?
-Nada a ver, Flavinho! É um absurdo cê dizer isso...
-É mesmo? Então prova!
-Tá duvidando? Eu posso provar sim!
-Pago pra ver, Érico.
-Eu vou chamar o Guilherme pra sair com a gente.
-Que? Quando?
-Hoje à noite. Você não disse que queria uma prova? Eu vou te dar a prova.
CORTA A CENA.

CENA 4: Hugo recebe ligação de Giovanna.
-Fala, Giovanna... como estão as coisas aí na Natural High?
-Até que bem, mas queria a sua ajuda.
-Como assim?
-A Valéria não acredita que mudei. Me tratou de uma maneira ríspida.
-É compreensível.
-Eu preciso que você me ajude.
-Como?
-Falando com ela. Explicando que o tratamento que eu comecei abriu os meus olhos, entende?
-Desculpe, eu não posso fazer isso. Eu e ela nem juntos mais estamos.
-Mas são amigos, certo?
-Sim, mas essa é uma questão que não cabe a mim resolver. Desculpa.
-Tudo bem... eu entendo.
-Espero que vocês se entendam. Beijo.
CORTA A CENA.

CENA 5: Gustavo e Daniella aproveitam viagem e descansam. Daniella percebe que Gustavo está distante.
-Ei, amor...
-Fala, Dani...
-O que te deu?
-Nada, por que?
-Te notei longe, distante daqui. A gente mal chegou de viagem e você parece nem estar empolgado.
-Besteira. Só tou me sentindo meio cansado...
-Tem certeza que é só isso?
-Claro que tenho!
-Você não me enganaria nem mentiria pra mim, mentiria?
-Claro que não! Que ideia...
-Gustavo, sempre que sentir necessidade de falar sobre qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, não pense duas vezes, viu?
-Eu sei disso. Mas realmente não tem nada...
-Tem certeza?
-Sim, é só uma impressão sua...
CORTA A CENA.

CENA 6: Horas depois, Cristina entra em sua sala com o resultado de seu exame de sangue em mãos.
-A hora é agora...
Cristina suspira e respira fundo antes de abrir o exame.
-Coragem, Cristina... coragem!
Cristina abre o exame e não acredita no que lê.
-Não pode ser. De novo não... grávida de novo? E agora? Meu Deus... se abortar fosse uma opção pra mim, eu já tinha me jogado nisso... mas não consigo. Ai meu Deus... o que vai ser de mim agora?
Cristina respira fundo e tenta se acalmar.
-Melhor esfriar a cabeça agora. Não vai adiantar entrar em desespero. Já foi estresse demais nesses últimos tempos... preciso pegar leve comigo mesma. Aconteceu, ponto! Eu tou grávida outra vez e sei que vou levar essa gravidez adiante. Pelo menos é o que eu espero... ai gente, como é que eu pude cometer esse descuido em tão pouco tempo que tive a Arlete? Eu posso acabar tendo um aborto espontâneo e vou me sentir péssima com isso... será que eu não conto pro Fábio até passar do terceiro mês? Ai, melhor não... ele vai acabar se sentindo enganado e isso não é certo... vamos, Cristina... respira fundo, fica calma e vai pensando no futuro...
CORTA A CENA.

CENA 7: Leopoldo decide conversar com Bernadete a respeito de Nicole.
-Tem um tempo pra me ouvir, Dete?
-Sempre, meu querido. Nós só nos divorciamos, mas nunca te disse pra se afastar ou qualquer coisa parecida.
-Fico sem jeito de falar de certas coisas...
-É sobre a Marilu, não é?
-Como é que cê sabe que eu vou falar na Nicole?
-Ah, Leopoldo... eu sei que vocês nunca esqueceram completamente um do outro. Que a última conversa com ela mexeu e remexeu nesses sentimentos guardados e escondidos... sabe o que eu acho?
-O que?
-Que você nunca deixou de amar a Nicole. Afinal de contas o nome que ela usa hoje é graças a você. As vidas de vocês se marcaram de um jeito difícil de se desfazer. E acho que você tá fugindo sem necessidade de reviver esse amor. Nós somos todos livres e desimpedidos agora. E ainda nos resta um bom tempo de vida com qualidade. Aproveita, meu amigo...
-Seguindo essa linha de raciocínio... o que te impede de ficar com o Sérgio, então?
-São coisas completamente diferentes, Leopoldo...
-Não tem diferença nenhuma. Todos nós fazemos parte da vida uns dos outros desde oitenta e um....
-Ah, mas tem o lado que eu tenho consideração por você, sabe? Respeito os mais de trinta anos que a gente passou junto.
-Esquece isso, Dete. Eu já aceitei que não somos mais casados. É tempo de viver.
CORTA A CENA.

CENA 8: Flavinho e Érico vão até casa de Guilherme, que os recebe ainda surpreso.
-Confesso que pensei que era pegadinha quando vocês disseram que estavam a caminho... - fala Guilherme.
-Eu espero não estar incomodando, mas é que o Érico... - fala Flavinho.
-Relaxa, Flavinho. Mal te conheço e gosto de você. Cês só esperam eu me arrumar? - questiona Guilherme.
-Tudo bem. A gente vai então no Cantinho Francês, certo? - pergunta Érico.
-O pub maravilhoso da Idina? Claro que sim! Bem, queridos, eu não me demoro, vou tomar uma chuveirada... - fala Guilherme.
-Gente, não é que o Guilherme é uma simpatia de ser humano?
-Falei, Flavinho... cê tem que ser menos desconfiado...
CORTA A CENA.

CENA 9: Cristina chama Fábio para conversar antes do jantar.
-Querido... a gente precisa ter uma conversa bem séria.
-Tá me assustando. Foi algo que eu fiz?
-Não, relaxa... quer dizer, sim. Você não, mas nós dois fizemos.
-Como assim?
-Nós fizemos mais um filho.
-Cê tá grávida?
-Sim, Fábio... e tou sinceramente apavorada com isso. Confirmei hoje a gravidez.
-Gente... eu vou mesmo ser pai pela terceira vez! Que lindo...
-Fábio, eu entendo sua empolgação, mas eu sou médica e sei dos riscos que uma gravidez assim representa.
-E o que cê vai fazer, amor?
-Aí é que mora o problema. Eu não sei o que fazer. Tenho medo dessa gravidez não vingar ou de isso me gerar sérios problemas. Pra mim ou pro nosso bebê...
Cristina chora de preocupação e Fábio a abraça. CORTA A CENA.

CENA 10: Já com a noite avançada, Flavinho, ligeiramente bêbado, se levanta da mesa que está bebendo e conversando com Érico e Guilherme.
-Gente, ocês me dão licença que eu tou apertadíssimo e preciso ir ao banheiro... - fala Flavinho.
Guilherme aproveita ausência de Flavinho para falar com Érico.
-Confessa, Érico.
-Confessar o que?
-Que cê tá com o Flavinho só pra me fazer ciúme...
-Cara, você se acha, né? Eu sou seu amigo. Só isso.
-Não é o que os seus olhos dizem. Não é o que a sua boca quer.
Guilherme beija Érico num impulso. Érico quase se entrega, mas o repele logo depois.
-Para com isso! Ficou doido? Tenho namorado... o Flavinho não pode saber disso aqui!
Nesse momento, Flavinho volta do banheiro.
-Do que eu não posso saber, gente? - questiona Flavinho.
Érico fica atônito. FIM DO CAPÍTULO 151.

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