sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CAPÍTULO 47

CENA 1: Flavinho segue sem entender nada e Gustavo alcança Patrícia, pegando-a pelo braço.
-Anda, Patrícia... desembucha e explica de uma vez o que ocê tava fazendo aqui, bem na hora que eu tou saindo da clínica...
-Ai, Gustavo, francamente! Para de pensar besteira, menino! A rua é pública, eu tava andando, foi uma coincidência eu ter passado aqui na hora que ocê tava saindo do trabalho com o viadi...
-Não fale do Flavinho assim, Patrícia, será possível? A vida inteira falando dele pelas costas, desde lá de BH, mas tratando bem na frente.
-Que coisa chata essa sua conversa, pelo amor de Deus! Será que dá pra largar meu braço?
-Com certeza. Afinal de contas não quero ser acusado de agressão por você. Vai que te dá isso na telha, não é mesmo?
-Não precisa falar assim. Eu me arrependo das coisas que eu fiz e das coisas que eu te disse, das ameaças que eu fiz pra você...
-É mesmo? E por qual razão ou motivo eu devo confiar agora?
-Pelo motivo que eu tou pedindo, Gustavo... você precisa aprender a acreditar minimamente em mim. Eu realmente tava de passagem por aqui...
-Numa hora dessas, Patrícia? Como se a pensão da dona Rosa ficasse logo ali na esquina, né... ocê pensa que me engana, garota?
-E eu não posso andar na rua quando tá mais tarde?
-Fia, nem em BH isso é tranquilo, cê tem noção que a gente tá no Rio de Janeiro? É uma sorte tremenda que ocê não tenha sido assaltada ainda... na boa...
-Uai, mas eu sempre gostei de andar, esticar as pernas por aí, meio sem rumo. Achei que a gente tinha passado tempo suficiente juntos pra você lembrar disso.
-E eu lá vou lembrar de tudo? Desembucha de uma vez, Patrícia... fala a verdade. O que cê veio fazer logo aqui?
-Já disse que não foi nada, mas que inferno! Para com isso, Gustavo, pelo amor de Deus! Dá pra ser menos desconfiado comigo? Poxa vida, me dá um voto de confiança!
-Meio difícil me pedir isso depois de me perseguir, de usar as pessoas pra conseguir o que queria...
-Mas eu mudei. Quer dizer, não completamente... mas eu ando mudada... eu ando mudando. Tenho buscado isso pra mim, por mim, pela minha vida, de verdade.
-Infelizmente procê e felizmente pra mim, eu preciso de muito mais que palavras pra acreditar nisso tudo aí que cê tá me dizendo...
-Me deixa provar que eu mudei! Eu juro que eu mudei! Acredita em mim, pelo menos um voto de confiança eu mereço, não mereço?
-Todo mundo merece. Até Judas, tão distraído, merece. Mas não pense que vou baixar a guarda fácil, porque não vou.
-Nem eu tou pedindo isso. Só peço que você não me vire as costas completamente. Afinal de contas eu sou amiga da Daniella, que é sua namorada...
-Acho muito suspeita a sua súbita amizade com a Dani... logo você, que nunca suportou conviver com quem já se envolveu comigo... nem podia tocar no nome do Júlio que nossa, parecia que ia ter um troço... então eu preciso de mais do que palavras suas pra confiar. Preciso de gestos, de provas. E sabe a única coisa que vai resolver isso? O tempo. Só ele.
-Você tem razão. Bem, pelo menos eu fico mais aliviada de saber que você não me odeia.
-Eu nunca te odiaria. Eu só não confio em você. Bem, agora me dá licença que o Flavinho ficou plantado ali na frente da clínica me esperando pra eu pegar a moto.
-Obrigada... de coração. Não tenho palavras pra te agradecer o suficiente por essa chance. De coração.
-Faça valer essa chance. Não sei se vai haver outra. Até outra hora...
CORTA A CENA.

CENA 2: Bernadete acaba indo ao quarto de Flavinho para colocar algumas roupas dele no roupeiro e acaba se deparando novamente com o álbum de fotografias. Inicialmente, resiste à vontade de olhar as fotos, mas acaba decidindo pegar o álbum novamente. Assim que começa a folhear as fotos, Flavinho a surpreende.
-Bernadete! Que surpresa te encontrar aqui! Tá dando uma espiada no álbum de novo?
-Não... acabei olhando de curiosidade, mas acabei de abrir. Vim colocar suas roupas no roupeiro e acabei vendo que o álbum tava ali, ao alcance dos meus olhos... você parece tenso, Flavinho...
-Tenso não é a palavra. Sem graça, sim... sabe como é, né... eu sei que você sabe tudo o que eu sou, mesmo assim temo que ocê não goste de ver algumas coisas...
-Deixa de bobeira, seu medroso. Eu não iria me chocar. Amor é amor, não é? Independente de sexualidade, ou coisa parecida... eu acho que só ia ficar chocada se visse...
-Se visse o que, Bernadete?
-Alguma foto que desse a entender que o Leo também tinha esse jeito... digamos, diferente, de amar.
-Pera, mas então pro seu filho não pode? Não entendi isso, sinceramente.
-Não, não é que não pudesse. Mas eu conheço os filhos que eu tive. Sei que ele passou pela fase da confusão, mas superou isso.
-Esse papo de novo, Bernadete? Nunca estive confuso sobre nada. Eu sempre gostei dos meninos. E se não fosse pelo preconceito das pessoas, minha vida seria fácil desde o começo. Aliás, se você não se incomodar, prefiro pegar meu álbum e guardar.
-Mas eu juro que não te julgo, meu querido!
-Julga sim, Bernadete. Julga de uma maneira que nem percebe. A convivência com o seu marido fez isso. Não te culpo por isso, mas prefiro evitar situações tensas entre nós...
-Eu sei que tenho que melhorar, Flavinho... me perdoa!
-Não tem o que perdoar. Cada um faz o que pode, não é?
-Mas sei que eu ainda preciso fazer muito mais por você. Sinto lá no fundo que não basta eu te amar como uma mãe ama a um filho... você precisa de mais que isso. E eu espero ter tempo de saber te proporcionar isso...
-Desse jeito eu fico emocionado, Bernadete. Você é como uma mãe pra mim... é o meu referencial hoje em dia. Sabe, é duro ser órfão de mãe viva...
-Eu posso imaginar. Bem, querido... vou deixar você e seu álbum em paz. Você deve estar exausto de mais um dia de trabalho.
-Exausto, mas feliz. Eu tenho muita sorte de ter vindo parar aqui no Rio e ganhar essa família torta...
-Eu que tenho sorte, Flavinho... tem algo em você que transborda luz... alguma coisa na sua essência que te faz incrível.
Bernadete abraça Flavinho, emocionada.
-Boa noite, meu querido. Durma com os anjos.
-Você também, Bernadete...
Bernadete deixa o quarto e Flavinho olha para as fotos do álbum...
-Triste... triste ter de esconder um amor tão bonito, sob o risco de ficar sem teto outra vez... - lamenta Flavinho consigo mesmo.
CORTA A CENA.

CENA 3: Na manhã seguinte, José chega à casa de Maria Susana.
-Bom dia, Susi... e o nosso filho?
-Dormindo ainda...
-Coisa boa, né?
-Pra ele está sendo uma maravilha, poder dormir sem ter hora pra acordar durante as férias... mas já já eu vou acordar ele, afinal de contas, hoje é seu dia de passar com ele.
-Ah, mas ele pode esperar mais um pouco, né? Tem dias que ele acorda meio mal humorado...
-Isso é verdade. Engraçado, Zé... parece que cê quer falar comigo sobre alguma coisa.
-Não parece, eu quero mesmo.
-Contanto que não seja nada sobre o Miguel, tá ótimo...
-Nada... na verdade eu queria falar sobre ontem.
-Ué, ontem? Mas o que eu tenho a ver com isso? Você não tinha ido dar uma volta com a sua namorada?
-Justamente, Maria Susana... foi esse passeio com a Idina que foi revelador pra mim.
-Nossa, do jeito que você diz, parece que vocês foram num... monastério, sei lá...
-Ela me levou numa penitenciária. E eu vi de perto a situação da maioria dos apenados. Quase todos pretos. Muitos inocentes e outros condenados por roubar comida pra não morrerem de fome ou não deixar familiares morrerem de fome. Essa coisa toda me abriu os olhos... de uma vez por todas, sobre o racismo... entende?
-Finalmente, José... eu pensei que você nunca mais ia entender isso. Pelo menos tá começando a compreender que até mesmo eu, filha de negro, posso ser racista às vezes, reproduzindo comportamentos ou falas racistas... você que é branco demorou obviamente mais tempo pra perceber isso. Mas eu fico feliz, de coração, por saber dessa sua evolução. E devo dizer que a Idina tá operando um milagre na sua vida, isso sim! Olha só o que o amor faz, hein?
-Você não pensa em encontrar alguém?
-Pensar eu penso, mas não acho que teria muito tempo. Não com o Miguel estando na idade que está agora...
-Mas logo ele cresce... se você pensa em ter mais filhos, não seria melhor pensar nisso por agora?
-Nunca quis um segundo filho, sinceramente... nem você quis, né?
-Bem, isso é verdade. Já foi difícil pra você engravidar do Miguel... ele é nosso pequeno milagre.
-Depois eu não vejo relações amorosas com essa finalidade, entende? Acho que nem você tem essa visão. Não vou me envolver precipitadamente com ninguém por medo da solidão ou qualquer coisa do tipo...
-Cê tá é mais que certa...
Os dois seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 4: Valéria flagra Hugo andando indeciso pelo seu quarto após o café da manhã.
-Uai, não era procê ter saído pro trabalho, já?
-Ah, Valéria... não tenho a mínima vontade.
-Dá pra perceber... do jeito que ocê tá, parece que tá nervoso, ansioso ou coisa do tipo...
-Eu tou ansioso... e não quero olhar na cara da Giovanna, mas sei que isso é inevitável.
-Cê sabe que pode dar um jeito de sair desse domínio que ela exerce sobre você, não sabe?
-Saber eu sei. Só não sei se tenho força pra lutar contra isso. Eu tenho a sensação de que a Giovanna controla toda a minha vida.
-Só a sensação, Hugo? Francamente... eu, só de observar nesses últimos tempos, tenho certeza de que ela domina a sua vida completamente. Ela te manipula há pelo menos doze, quase treze anos. Desde que vocês se conheceram... eu sei que ocê pode pensar que eu não tenho direito de te dizer isso, porque faz poucos meses que eu vim parar nessa casa, nessas circunstâncias meio tortas, mas... desculpa, é exatamente o que eu percebo.
-Cê tem toda a razão, Valéria... e pode me dizer tudo o que pensa sempre, viu? Eu gosto de você...
-Também gosto d'ocê... e me preocupo com o rumo que sua vida tá tomando, sabia disso?
-Eu sei...
-De alguma forma isso tudo me faz lembrar do pai do meu filho...
-Como ele se chama? Acho que esqueci...
-William. Sabe, Hugo... ainda me machuca muito saber que ele se fingiu de pobre porque tinha medo que eu fosse uma interesseira... e que ele me acusou de ser uma vagabunda interesseira quando engravidei... depois ele se arrependeu, mas eu já tava ferida demais. Ele dizia que me amava e duvidou de mim. Menti pra ele que a gravidez era alarme falso... e ele foi embora. Eu sei que foi besteira, mas talvez tenha sido melhor desse jeito...
-Se não fosse por isso, a gente não teria se conhecido. Você não teria vindo pra cá... de repente, tudo aconteceu do jeito que tinha que ser, não é?
Os dois se encaram, apaixonados. Valéria não resiste e beija Hugo. Depois de alguns instantes, ambos recuam simultaneamente.
-Valéria... alguma coisa tá surgindo aqui. Eu sinto.
-Também sinto. Mas não pode ser. Não com as nossas vidas bagunçadas desse jeito. Eu... eu vou pro meu quarto, dá licença...
Valéria sai desorientada e Hugo suspira, apaixonado. CORTA A CENA.

CENA 5: Ainda sentados à mesa, após o café da manhã, Sérgio e Nicole conversam sobre o casamento.
-Sérgio... eu andei pensando sobre nós dois nesses últimos dias.
-Eu também, Nicole...
-Sabe, eu gosto muito de você. Você sempre vai ser acima de tudo um grande amigo. O meu melhor amigo...
-Eu concluí coisa parecida... mas tava com medo de te dizer isso...
-Pelo menos estamos em concordância...
-E o que você sugere?
-Que a gente dê um tempo... experimente uma temporada separados... logo depois do casamento da Cris... pra ver como a gente se sente, como a gente se vira, cada um tocando sua vida. Sem cortar contato nem laços... o que você acha?
-Não tinha pensado nessa alternativa. Mas acho a ideia ótima. Se a gente se sentir bem com tudo isso, no final das contas a gente pode seguir mais um passo adiante, né?
-Isso mesmo. A palavra divórcio assusta, eu sei... mas eu penso que nós demos certo por trinta anos. Isso é maravilhoso, não é?
-Claro que é...
-Então você topa essa proposta?
-Claro que topo!
Os dois se abraçam. CORTA A CENA.

CENA 6: Bernadete percebe Leopoldo com olhar triste quando o flagra sentado em uma cadeira olhando para o quintal.
-Amor... tá tudo bem com você?
-Tudo na mais perfeita ordem, Bernadete.
-Engraçado... sua boca diz que tá tudo bem, sua voz e seu olhar me dizem que não tá tudo bem... tem alguma coisa te deixando triste.
-Ando pensando no passado, meu amor... no que eu poderia ter feito pelos nossos filhos e não fiz... sobretudo, com o Leonardo. Ele precisou tanto de mim! E eu não fui o pai que deveria ter sido...
-Você fez o que estava ao seu alcance, Leopoldo. Deixe de ser tão perfeccionista e se cobrar tanto desse jeito, meu querido! À sua maneira, você foi um bom pai. Deu tudo o que podia dar... tá certo que isso foi mais material do que emocional, mas da parte emocional eu cuidei. Sempre fui presente... isso é uma espécie de complementação, entende? Cada um de nós exercendo o papel que nos cabia, como pais dos nossos rebentos...
-Mesmo assim, Bernadete... mesmo assim... eu queria ter dito mais vezes pro Leo o quanto eu o amo... e nunca mais vou poder dizer isso pra ele... cê tem noção do quanto isso me machuca por dentro?
-Claro que sei, meu querido... mas se isso te consola, eu também sinto que não disse pra ele o suficiente o quanto eu o amo... e o quanto eu estaria ao lado dele, apoiando, em qualquer circunstância, acontecesse o que acontecesse...
Leopoldo se emociona e começa a chorar, sendo afagado por Bernadete, que também se emociona. CORTA A CENA.

CENA 7: Ao chegar em sua sala na agência, Hugo se depara com Cristina conversando com Giovanna.
-Amor, você aqui? Pensei que tava na clínica...
-Deixei aos cuidados do Gustavo. Vim conversar com a Giovanna sobre umas coisas... você se incomoda de esperar lá fora um pouquinho? É um papo entre mulheres...
Hugo deixa a sala, contrariado.
-Só o que falta a Giovanna colocar minhoca na cabeça da Cris, de novo...
Cristina segue conversando com Giovanna.
-Então, Giovanna... como eu ia dizendo, eu tenho plena convicção de que o melhor é me casar com o Hugo...
-Ué, pra que então ficar com medo?
-Meu medo é que eu tenho quase certeza que não vou conseguir ser uma boa mulher pra ele...
-Você pode ser uma boa mulher pra ele, se quiser...
-Como, se eu amo outro?
-Justamente... você acabou de dar a resposta.
-Que? Não entendi nem um pouco isso...
-Simples, você pode continuar se encontrando com o cara que você ama. Ninguém precisa saber. Depois, ter um amante às vezes é a solução, vai por mim... você pode ter o homem que quiser, quando quiser...
Cristina ouve perplexa aos conselhos de Giovanna. CORTA A CENA.

CENA 8: Daniella está estudando textos em seu quarto quando seu celular toca e ela percebe se tratar de Patrícia.
-Oi, Pati... como cê tá, querida?
-Tou bem, Dani... tava pensando que a gente podia dar uma corrida na orla hoje, né? O dia lindo desse jeito precisa ser aproveitado.
-Pra mim tá super de boas. Você me dá só uma meia hora? Preciso terminar de decorar uns textos aqui e tudo mais...
-Sem problema. Aliás, me diz uma coisa: é muito puxado esse trem de teatro?
-Nada! Quer dizer... eu sou acostumada, amo o que faço. Mas tem que ter disposição e saber se dedicar, se entregar e principalmente não ter restrições de horário...
-Um dia eu penso em me dedicar ao teatro. Deve fazer um bem danado...
-Você não faz ideia do quanto, é uma delícia!
-Ah, deixa eu te contar: quando eu era mais nova eu meio que fui atriz.
-Sério?
-Sim, tinha um grupo amador de teatro no colégio que eu estudei no ensino médio. Depois que me formei acabei esquecendo disso tudo...
-Pena... você deveria ter continuado. Teatro é, acima de tudo, uma grande terapia. Ó, mas deixa eu me apressar aqui senão a gente não corre é nunca. Até mais, Pati... beijo!
-Beijo!
CORTA A CENA.

CENA 9: Horas mais tarde, perto do final do expediente, Flavinho se junta a Gustavo de surpresa para animar as crianças em tratamento.
-Eita que ocê não disse que vinha hoje pra me ajudar!
-Uai, pensei que as portas estivessem sempre abertas...
-E sempre vão estar. Só achei que ocê tava ocupado demais com outras coisas por aqui... mas se já liberou de tudo, cai dentro que a gente tem muito trabalho pela frente ainda!
-Trabalho? Ah... sei... deve ser o Caio, ali... vê se pode um trem desses, Gustavo! A gente aqui se desdobrando pra contar história e o Caio ali, todo caidão...
As crianças riem do trocadilho de Flavinho.
-Tão pateta que foi engraçado. Tá vendo que assistente bem bobão eu fui arranjar, criançada?
As crianças seguem se divertindo com Flavinho e Gustavo.
CORTA A CENA.

CENA 10: Horas depois, ao chegar em casa, Gustavo é surpreendido por Daniella em seu apartamento.
-Eita, cê nem me avisou que vinha!
-Queria fazer uma surpresa... você gostou?
-Ah, Dani... como se precisasse perguntar. Vindo de você, eu adoro é tudo...
Os dois se beijam, apaixonadamente.
-Posso saber o que tá passando nessa sua cabecinha pra essa noite?
-Eu tava pensando que a gente podia primeiro relaxar, beber alguma coisa, depois eu podia vestir aquela roupa que você adora e...
-Nossa, nem me fala que eu já fico empolgado aqui.
-E é essa a intenção, seu bobo... senão eu nem preparava as coisas... ah, mas deixa eu te contar uma coisa antes...
-Só você... tá toda sensual num momento e depois interrompe com a última novidade. Fala, amor...
-Corri com a Pati na orla hoje, de novo...
-Que? De novo isso? Ah, Dani, pelo amor de Deus! Ingenuidade tem limite, caramba! A Pati tá nos cercando! Será que ocê não vê?
Daniella se espanta com reação de Gustavo. FIM DO CAPÍTULO 47.

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