quarta-feira, 26 de abril de 2017

CAPÍTULO 141

CENA 1: Guilherme reage surpreso diante do beijo inesperado entre Érico e Flavinho. Érico se afasta lentamente de Flavinho e finge surpresa ao ver Guilherme se aproximar, sorridente, dos dois.
-Oi, Érico! Tudo bem? Coisa boa ver você assim, seguindo! - fala Guilherme.
-Que surpresa! Nem esperava te ver aqui! - fala Érico, fingindo surpresa.
Flavinho percebe que se trata de ex de Érico, mas não diz nada.
-Oi, eu sou o Flavinho. Você, quem é? - pergunta Flavinho.
-Sou o Guilherme, amigo do Érico. - fala Guilherme.
-Na verdade ele foi meu namorado. Mas hoje nós continuamos amigos... - fala Érico, perplexo por Guilherme não se abalar ao ver beijo.
-Enfim, Flavinho, Érico... um prazer ver vocês. E um prazer te conhecer, Flavinho. Eu tava indo pra casa já. Vou indo nessa que tou destruído de cansado! Um beijo, queridos! - fala Guilherme, se afastando.
Flavinho se volta para Érico.
-Quer dizer que ocê só me beijou porque seu ex tava chegando? A que ponto chegamos... tivesse me avisado antes, seu maluquinho!
-Não, Flavinho... eu te beijei porque senti vontade.
-Érico... nós dois somos adultos. Não precisa desse joguinho, na verdade eu nunca tive paciência pra nenhum tipo de joguinho, ainda mais coisinha adolescente.
-Flavinho, eu achei que um taurino era mais confiante de si mesmo.
-E sou. Mas percebo as coisas, Érico.
-Percebeu errado. Eu te beijei porque quis.
-Acho bem bom mesmo.
-Por que?
-Porque eu gostei do seu beijo, Érico. Não vou mentir.
-Também gostei do seu beijo. Acho que rolou uma sintonia aqui.
-É... mas vamos com calma. Por enquanto, não passou de um beijo.
-Certo. Vamos entrar? Tou varado de fome e o cheirinho que tá vindo de lá de dentro tá me deixando maluco...
-Vamos.
CORTA A CENA.

CENA 2: Bernadete e Leopoldo conversam antes de dormir.
-Bem, Leopoldo... agora que parece que esse furacão chamado Giovanna resolveu ir pra longe, acho que a gente precisa voltar a falar sério sobre algumas coisas que a gente acabou mais uma vez deixando de lado...
-É do divórcio que cê tá falando?
-Sim, querido.
-Você tá certa. Agora a poeira baixou...
-Logo, não temos mais desculpa nenhuma pra adiar o que é inevitável. Não tem mais nada que possa nos prender.
-O jeito é encarar isso de frente.
-Quero deixar claro que nunca vou te abandonar, nem deixar de estar ao seu lado.
-Digo o mesmo a você, querida.
-Só que chegou o momento decisivo. O momento de aprender a desapegar. A deixar ir... a permitir que a vida siga seu curso natural. Não vai ser uma libertação só minha. Vai ser nossa.
-Sou obrigado a concordar, querida. É uma prova de que ainda existe amor entre nós. Eu preciso aprender a libertar.
-Já tem aprendido, Leopoldo. A vida e o tempo hão de recompensar.
CORTA A CENA.

CENA 3: Após jantar preparado por Margarida, Érico e Flavinho conversam e se beijam.
-A sua mãe é maravilhosa, né?
-Nem fala. Tenho uma sorte tremenda, cê não acha?
-Sim. Mas, Érico... eu preciso ir.
-Numa hora dessas? Já são quase meia noite e meia!
-Querido... eu tenho casa. E família... pode não ser de sangue, mas é de coração e eles se preocupam comigo como eu me preocupo com eles.
-Então liga pra sua mãe, avisa ela que você vai ficar aqui.
-Érico... vamos com calma. Um passo de cada vez. A gente recém começou a ficar. E isso é tudo o que temos. Uma amizade colorida.
-Você fala como falava o Guilherme no começo de tudo...
-Não faça comparações. Ninguém se repete. E isso não é saudável, nem pra você, muito menos pra mim. Eu realmente preciso ir, eu chamo um carro pelo aplicativo.
Érico compreende e assente com a cabeça, conformado. CORTA A CENA.

CENA 4: No dia seguinte, Valéria visita mansão dos di Fiori e toma café da manhã com Bernadete e Hugo.
-Que coisa boa ter você aqui. Dá a sensação que voltou pra essa casa... - fala Bernadete.
-Mais uns meses e isso vai ser possível, se Deus quiser... - fala Valéria.
-Não vejo a hora de isso acontecer. - fala Hugo.
-Ah, querida... notou que a Giovanna não tá mais nessa casa? - questiona Bernadete.
-Notei. Ainda bem, né? Graças a Deus aquela doida entendeu que não tinha gravidez nenhuma... ela voltou pro apartamento dela? - questiona Valéria.
-Nada. Foi internada. Eu mesmo levei ela na clinica de repouso. - esclarece Hugo.
-Gente... tou passada! - fala Valéria.
-Me surpreende essa sua reação surpresa. Fiquei sabendo que ela te ameaçou... - fala Bernadete.
-Ficamos sabendo. William veio tomar satisfações com ela. E foi justamente a partir disso que eu levei ela pra essa clínica. - explica Hugo.
-Ai gente... será que de repente ela não vai acabar enfiando na cabeça doida dela que a culpa é minha mais uma vez? - questiona Valéria.
-Problema dela. Ela tá começando o tratamento. Vai ter que melhorar. - fala Hugo.
CORTA A CENA.

CENA 5: José conversa com Fábio enquanto Idina prepara um café para todos.
-A Idina me contou tudo, cara... que situação brava essa, hein?
-Nem fale, José... eu tou desesperado. A Cristina pode estar correndo perigo e ainda por cima fora do país.
-Me sinto estranhamente ligado a ela, depois de saber que ela leva em si um pedaço da minha irmã...
-Posso imaginar. Só sei que tá tudo sendo muito duro, meu amigo...
-Por que você não volta a Fernando de Noronha?
-Pra que, José? Não tem nada mais que eu possa fazer lá.
-Deixa de ser bobo. Apesar de desempregado, você tem uma boa grana. É rico. Podia oferecer dinheiro pra essas pessoas abrirem a boca, se elas tiverem sido subornadas por esse tal Vitório.
Idina fica perplexa e recrimina José.
-Amor, isso é crime! Não justifica! É preciso ir pelo lado certo! - protesta Idina.
-Tudo bem... não tá mais aqui quem falou...
CORTA A CENA.

CENA 6: Giovanna recebe medicamento para tomar e a enfermeira a observa sem que ela veja.
-Ei, Giovanna... o que cê tá pensando que vai fazer?
-Nada...
-Giovanna, eu vi que você não engoliu o comprimido.
-Foi impressão sua.
-Então abra a boca.
Giovanna abre a boca.
-Satisfeita?
-Não. Levante a língua.
-Tá certo... eu não tinha engolido. Tava esperando você sair pra botar isso fora, mas...
-Mas não vai fazer isso. Esse medicamento não é para lhe fazer mal algum. Eu sei que você e muitos aqui pensam assim. Mas é pro seu bem... aos poucos seu quadro vai sendo controlado e o medicamento faz parte desse tratamento.
-Você venceu. Eu engulo isso aqui. Tem mais água aí?
-Sim. Tome.
-Agora que eu já tomei, você pode me deixar sozinha?
-Só depois que você me mostrar debaixo da língua.
-Você podia acreditar mais em mim.
-Eu posso. Mas antes preciso te conhecer. Anda, levanta a língua.
Giovanna prova que tomou o medicamento.
-Muito bem, Giovanna. Bom dia e em algumas horas, o almoço fica pronto. Hoje temos quiches de espinafre, uma delícia.
-Tá bom, agora me deixa sozinha.
A enfermeira deixa quarto e Giovanna fala consigo mesma.
-Ah, essa Valéria pode até pensar que vai se livrar da minha vingança... mas eu vou voltar mais forte ainda depois que melhorar!
CORTA A CENA.

CENA 7: Leopoldo e Bernadete recebem Idina em casa.
-Chegou bem na hora, querida. - fala Bernadete.
-Você é mais elegante do que eu lembrava... - elogia Leopoldo.
-E você é muito gentil, Leopoldo. - fala Idina.
-Sente-se, por favor... - fala Bernadete.
Idina senta para conversar com os dois.
-Bem... em primeiro lugar, eu vou precisar saber se o divórcio de vocês vai ocorrer em comum acordo e em conformidade com o contrato nupcial... - fala Idina.
-Vai sim, Idina. Já peguei toda a documentação referente ao nosso casamento que eu guardei. Quer examinar? - pergunta Bernadete.
Idina examina rapidamente a papelada.
-Excelente. Bem, queridos... pelo que eu entendi, vocês desejam se divorciar em termos amigáveis e sem revogação de nenhum dos termos acordados no casamento, certo? - questiona Idina.
-Exatamente. - falam Leopoldo e Bernadete ao mesmo tempo.
-Ótimo. Sendo assim, eu creio que o divórcio vá correr tranquilamente e em pouco tempo... - prossegue Idina.
Os três seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 8: Anoitece. Valéria adormece e as imagens de seu sonho podem ser vistas. Valéria se vê novamente morando na mansão dos di Fiori e sorri ao ver o dia amanhecer. Ao se virar para o lado, vê Hugo adormecido e, ao chegar ao berço, não vê Leonardo.
Desesperada, Valéria vai até a frente da casa e vê o carro de Giovanna arrancando. Valéria se acorda assustada e William escuta seu grito.
-O que foi, Valéria?
-Eu tive um pesadelo.
-Quer falar sobre?
-Preciso. Eu tava de volta em casa. Só que eu não achava o nosso filho. E a Giovanna tinha levado ele embora! Como que a me punir pela perda desse bebê que nem existiu...
-Tenta não pensar nisso.
-É difícil, depois de tudo o que ela me fez e me falou...
-Esquece disso. Ela tá internada agora.
-É isso que me consola.
-Vem cá. Tá tudo bem...
CORTA A CENA.

CENA 9: Na manhã seguinte, Mônica toma café da manhã com Sérgio e lhe repreende por não ter falado antes sobre Cristina.
-Caramba, Sérgio! Como é que você não me conta essas coisas? Eu podia pelo menos te apoiar!
-Não queria te preocupar.
-Cara, não tem a ver com me preocupar ou não. É a sua filha! Que está desaparecida, ninguém sabe se sequestrada ou não. Não é pouca coisa. Você devia ter me falado isso desde o começo.
-Me desculpa, Mônica. Ando com a cabeça cheia.
-Eu entendo. Mas vê se não deixa de desabafar. A gente é amigo antes de mais nada, lembra?
-Eu sei disso. E sou grato.
-Vai dar tudo certo. Não sei como ainda. Mas vai.
CORTA A CENA.

CENA 10: Nicole e Bernadete se encontram no shopping e Nicole conta sobre Cristina.
-Então no fim das contas ninguém sabe dizer onde foi parar a Cristina.
-Disso eu não sabia. Achei que ela tivesse fugido outra vez.
-Jura, Dete?
-Desculpa, é que...
-Ela é mãe agora. Não abandonaria a Arlete assim, no mais...
-Bem... desculpa qualquer coisa...
-O caso é sério. Ela não foi embora por vontade própria.
-Mas por que ela não dá noticias ainda?
-Porque não tem como.
-Como assim?
-Temos quase certeza que ela foi sequestrada.
Bernadete fica chocada. FIM DO CAPÍTULO 141.

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