sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

CAPÍTULO 41

CENA 1: Daniella fica ansiosa pela resposta de Gustavo.
-Gustavo, eu acabei de propor que a gente se veja ainda essa noite. Você topa ou não?
-Tá certo... eu topo. Acho que vai ser bom a gente conversar sem ninguém por perto. Você quer que eu faça alguma coisa pra você?
-Não precisa... só me espera aí no seu apartamento.
-Certo. Tou esperando.
-Ótimo... é só o tempo de eu chamar um uber pelo aplicativo que eu já chego aí. Em menos de dez minutos.
CENA 1 – PARTE 2: Daniella chega ao apartamento de Gustavo e toca a campainha. Gustavo atende prontamente. Daniella o encara enquanto ele não diz nenhuma palavra.
-Pensei que pelo menos você ia me dar um oi...
-Entra, Daniella...
Daniella entra e se acomoda no sofá.
-Olha, Gustavo... eu nem sei por onde começar. Eu sei que só pedir desculpa não vai apagar nada do que eu disse e julguei de você.
-É bom que você saiba. Só quero saber o que pode ser feito de efetivo aqui.
-Efetivo? Quer dizer que finalmente você tá aberto a considerar acabar com esse tempo entre a gente?
-Dani... se eu tivesse desistido de ocê, não tinha pedido um tempo... tinha terminado logo.
-Isso me deixa mais tranquila. Sabe, amor... eu sofro com essa nossa distância. Sofro mais por saber que fui eu que cavei essa situação pra gente. Mas você precisa entender que apesar de tudo o que existe de nebuloso nessa história, eu gosto da Pati... de verdade.
-Nem eu pensei em impedir que vocês se falem ou sejam amigas. Só que o que me machucou não foi isso. Cedo ou tarde eu vou ter que engolir ela.
-Eu imagino que você tenha se incomodado mais com o fato de que eu coloquei o seu caráter em dúvida. Eu queria poder apagar isso da nossa história.
-Não se apaga o que já foi. Mas a gente pode tentar.
-Você me perdoa?
-Sempre te perdoei. Resta saber se você se perdoa.
-Claro que sim! Quer dizer... eu tento não alimentar qualquer sentimento de culpa. Tenho tentado assumir a responsabilidade pelas coisas erradas que eu faço.
-É melhor assim... somos humanos. Imperfeição é normal.
-Então quer dizer que você aceita que a gente volte numa boa?
-Sim. Mas com uma condição.
-Você pode falar o que quiser... tem esse direito. Não tou em condição de contrariar nada agora.
-Não entenda mal, Dani... isso não é imposição. Só que é uma questão de honra. Não vou admitir que ocê questione minha conduta outra vez. É a minha condição.
-Acho justo. No seu lugar, se eu tivesse meu caráter e minha conduta colocados em cheque por quem eu amo... eu nem sei o que faria. De verdade. Me faltou empatia, na hora que eu tava de cabeça quente. Não consegui me colocar no seu lugar... só pensei em mim.
-Viu? Cê foge tanto de situações abusivas que acabou agindo de uma maneira abusiva... e sem querer.
-Acho que entendi o ponto... muitas vezes a gente se torna abusivo sem querer ou perceber... isso é meio assustador, mas nos faz mais humanos...
-Chega de conversa? Eu sofri um bocado longe de você, minha pimentinha...
Os dois se beijam, apaixonadamente. Daniella continua a falar logo depois.
-Então é isso... nada de desconfiar mais de você.
-Promete?
-Preciso mesmo prometer? É muito ruim ficar brigada com você...
Os dois se abraçam, cheios de ternura.
-Passa a noite aqui comigo?
-Tava só esperando pelo convite... é o que eu mais quero, Gustavo...
CORTA A CENA.

CENA 2: Na manhã do dia seguinte, Cristina e Hugo se reúnem com Giovanna no salão de festas da mansão dos di Fiori, para organizar maiores detalhes da decoração da festa de casamento.
-Então. Giovanna... eu tava pensando que em vez da mesa com o equipamento de som ficar praticamente ao lado da cozinha do salão, ela podia ser colocada mais pro centro da parede. - opina Hugo.
-Acho que o Hugo tá certo. Até porque, pode ser que não deixe o ambiente tão espaçoso como ficaria com a mesa de som mais pro canto, mas vai dar, penso eu, um efeito muito mais interessante de boate... o pessoal sentindo a proximidade do DJ com a pista de dança. A gente podia colocar um pequeno palco pra mesa, inclusive. Pra reforçar essa impressão. - continua Cristina.
-A ideia de vocês é genial, queridos... eu devia ter pensado nisso antes. Assim, a festa vai ter mais chances de ser inesquecível pra todos os convidados... - constata Giovanna.
-Não tou falando? Essa festa tem tudo pra ser a melhor de todas. Bem, vocês me desculpem, mas preciso ir voando pra agência... - fala Hugo.
-Você podia esperar meia hora, não? Eu também tenho que ir pra agência... - argumenta Giovanna.
-Fica aí... preciso agilizar algumas coisas hoje. Não quero atrapalhar a organização dos detalhes da festa... fica. - fala Hugo.
Hugo vai embora e Cristina se volta a Giovanna.
-Ai, Giovanna... essa organização toda... me deixa pensando em tanta coisa...
-Normal, querida. Não é todo dia que a gente se casa, né...
-Essa proximidade tá me deixando mais nervosa do que eu pensei que ficaria?
-Isso é bom, não é? Sinal de que você tá ansiosa pelo momento...
-Não... é o oposto disso. Tou ansiosa pela proximidade, sim. Mas porque não sei se quero que esse momento chegue tão logo assim... não sei se é a melhor decisão casar com o Hugo.
-Mas a gente já não falou sobre isso, Cris? Você não concordou que é a decisão mais sensata?
-Sensata é. Mas as renúncias que tou fazendo talvez nunca sejam esquecidas... isso pode acabar se tornando um problema.
-Problema do que? Cristina, você tá maluca de questionar o casamento a essa altura do campeonato? Poxa vida! O que eu faço com você, me diz?
-Nossa, Giovanna... eu sei que você torce pelo nosso casamento, mas precisava quase gritar comigo?
-Desculpa, querida... às vezes eu me excedo...
-Percebi... só não entendi a razão desse quase descontrole.
-Bem, deixa tudo isso pra lá. Por que a gente não foca na idealização da organização de tudo aqui?
Cristina encara Giovanna desconfiada. CORTA A CENA.

CENA 3: Horas depois, Giovanna chega ao trabalho e Hugo estranha sua expressão decontrariedade ao vê-la chegar na sala.
-Credo, Giovanna! Achei que você ia chegar pelo menos mais bem humorada do encontro com a Cristina, viu? Já são quase meio dia, você vai até trabalhar menos hoje...
-Impressionante a sua capacidade de dissimular, Hugo. Você não era assim...
-Dissimulando, eu? Imagina, Giovanna... de onde cê tirou isso?
-Você mudou, Hugo... e continua mudando todos os dias. Antes era honesto, claro, cristalino, não deixava dúvidas em relação às palavras ou em relação às atitudes. Com quem é que você andou aprendendo a mentir desse jeito? Porque tá mentindo muito mal, pro seu governo.
-Autocrítica passou longe daí, né? A única pessoa que mente, dissimula, engana e faz jogo duplo aqui é você, Giovanna. Não projete em mim o que for espelho, faça-me o favor.
-Dá pra ver que você aprendeu o que não devia. Saiu do meu controle. Você sempre foi tão bonzinho comigo, sempre fez tudo o que eu pedi...
-As coisas mudam, Giovanna. As pessoas mudam.
-Mas não você. Não sem a minha permissão, tá me ouvindo?
-O que foi isso, agora? Você não é minha dona.
-Posso não ser sua dona, mas sou a principal responsável por você ter chegado exatamente onde chegou. Não fosse por mim, você continuaria sendo um playboy rebelde que enchia seus pais de preocupação. Eu dei um rumo pra sua vida.
-E você espera que eu eu estenda um tapete vermelho toda vez que você chegar? Me poupe, Giovanna.
-Um pouco de gratidão não ia cair mal. A Cristina tá indecisa ainda sobre o casamento, acredita? Esse tipo de coisa não poderia acontecer agora, às vésperas do casamento de vocês.
-E por que não? Se ela quiser desistir, deixa ela...
-Vocês tem que casar de qualquer jeito. Não tem conversa.
-Não entendo porque tem que ser ela.
-Não te interessa os motivos. Interessa a mim. Ou vocês fazem o que eu planejei, ou vocês dois vão arcar com as consequências, caso desistam!
-Isso é uma ameaça, Giovanna? O que é isso? A que ponto você tá chegando, meu Deus...
-Não é uma ameaça. Mas as coisas precisam ser exatamente do jeito que foi planejado todo esse tempo. Nada pode dar errado, tá me ouvindo?
-Certo... eu que não vou contrariar nada que você disser agora. Vá pra sua mesa, Giovanna. Preciso trabalhar e creio que você precise também...
Giovanna se afasta e Hugo fica assustado. CORTA A CENA.

CENA 4: José chega à casa de Maria Susana.
-Cheguei na hora certa?
-Sim, Zé... o Miguel chegou não faz nem dez minutos, da escola. Foi pro banho, agora.
-E você não foi acompanhar ele?
-Que nada! Nosso filho enfiou na cabeça agora que é “homem grande” e que não precisa de ajuda pra tomar banho, que não é mais um bebê, essas coisas todas...
-Parece eu quando tinha seis anos. Impressionante como tudo se repete...
-Que bom que você reconhece tanto de você no Miguel... sinal de que as coisas realmente mudaram aí dentro de você...
-Andam mudando... todos os dias, cada vez mais. Demorei pra perceber o óbvio...
-Que você foi racista? Bem, não adianta só as pessoas falarem isso pra você... precisava você entender isso de verdade. Compreender o impacto que isso teve na vida do nosso filho e no quanto isso acabou determinando o fim do nosso casamento...
-Pois é... não há um dia que eu não pense nisso tudo. Hoje sei que fui racista. E que ainda tenho muito racismo aqui pra vencer.
-Não vai ser fácil, meu querido... nunca é. A gente precisa manter o pensamento vigilante, mas sem autocobrança excessiva, sem essa de se culpar pelos pensamentos racistas que acontecem automaticamente. É um processo lento e contínuo superar tudo isso.
-Tenho feito o meu melhor, Susi... de verdade.
-É o que importa. Mas me diz... qual vai ser o roteiro de vocês hoje?
-Nada demais... nem ando com tanto tempo livre, assim. Sei que o nosso filho quer porque quer ir no circo, mas não vai ser dessa vez. Tenho alguns trabalhos bastante atrasados.
-Contanto que você esteja de volta com ele aqui até as 18 horas, tá tudo certo.
-Vou estar, pode confiar.
-Quer um café? O Miguel ainda demora no banho, certeza disso...
Os dois seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 5: Enquanto Sérgio lava a louça após almoço, Nicole conversa com o marido.
-Ando numa preocupação fora do normal...
-Notei isso, querida. Você mal tocou na comida hoje, justo quando eu fiz bobó de camarão...
-Nem consigo pensar em comer direito. Essa preocupação com a nossa filha tá começando a roubar a minha paz, o meu sono...
-Mas a Cristina te preocupando de novo? Não sei porque...
-Não se faça de desentendido, Sérgio... a possibilidade dela desistir de casar com o Hugo é real.
-Sim, mas a gente sabe disso. E daí? Se acontecer, a gente vai saber. Se não acontecer, a gente também vai saber.
-E você age nessa naturalidade, como se isso não fosse nem um pouco grave? Poxa vida, Sérgio! E os nossos amigos, como ficam nisso?
-Sabe, Nicole... eu me pergunto até que ponto você realmente se preocupa com o Leopoldo e com a Dete...
-Claro que me preocupo, Sérgio... mas que ideia...
-E com a nossa filha, você se preocupa?
-Onde você quer chegar, Sérgio? Conheço essas voltas que você dá...
-Você realmente se preocupa com eles ou com o escândalo?
-Óbvio que eu tenho medo do escândalo. Mas não é pelo que cê tá pensando, se você estiver pensando que eu ainda penso na alta sociedade...
-Difícil acreditar, mas se você diz...
-Vou subir. Não aguento esse tipo de dúvida da sua parte.
CORTA A CENA.

CENA 6: Bernadete descansa em uma cadeira no quintal quando é surpreendida por Madame Marie.
-Madame Marie! Que surpresa e que alegria te ver aqui! O Leopoldo abriu pra você?
-Sim... de cara fechada, como de costume. Como você anda, Bernadete?
-Vou indo... tentando melhorar. Superar a partida do Leonardo...
-Querida... vim pra te ver. Pra te consolar... o Leonardo foi embora porque tinha de ir. Era assim que as coisas deviam ser. Lá no íntimo dele, ele sabia disso. Tentou negar conscientemente, mas sabia.
-Se ele sabia, por que ele não buscou evitar, Madame Marie?
-Certas coisas não se evitam. No máximo se protela o momento... mas o que é do destino, ao destino se consuma, cedo ou tarde.
-Eu queria entender esses planos de Deus... esses desígnios que de tão insondáveis, fogem à minha compreensão.
-Quando foi que você se tornou uma carola católica porta-voz de seu marido?
-Não, Madame... eu não sou da mesma religião que ele... você sabe disso.
-Pois não parece. Esses anos de convivência com ele te macularam, Bernadete. Você repete o que ele diz, sem nem se ouvir falando.
-Por que você tá me dizendo essas coisas?
-Porque você vai precisar se reconectar com a sua verdadeira essência, muito em breve. Para enfrentar de frente e com generosidade a revelação de verdades que hoje, ainda são nebulosas...
-Coisas nebulosas?
-Sim, querida. Verdades escondidas em cofre seguro. Uma hora, esse cofre se abre... e todas as verdades escondidas ali se revelarão.
Bernadete fica intrigada. CORTA A CENA.

CENA 7: Idina, de visita no apartamento de José, se encanta por Miguel.
-Sabia que você é muito simpático, Miguel? - fala Idina.
-A senhora fala engraçado. - observa Miguel.
-Desculpa o meu filho, Idina... ele fala o que dá na telha... - justifica José.
-Parecido com o pai, né? Eu vou explicar, meu querido: eu vivo há muitos anos aqui no Brasil, mas sou francesa. O jeito engraçado que você escuta no meu modo de falar se chama sotaque. - explica Idina.
-E onde eu peço pro pai comprar um sotaque? Onde vende? - pergunta Miguel.
Idina e José riem.
-Não, meu filho. Sotaque é uma coisa própria de cada pessoa, dependendo da região que ela vive. Até aqui no Brasil, temos uma infinidade de sotaques. Nós que somos cariocas, por exemplo, falamos diferente dos mineiros, entende? - explica José.
-Mas não se fala brasileiro só aqui no Brasil? - questiona Miguel.
-Não é brasileiro que chama, querido... é português, lembra? - diverte-se Idina.
-A senhora é bonita, dona Idina. A senhora é a namorada do meu pai? - dispara Miguel.
José se constrange e Idina gargalha.
-Não, meu filho... ela é só uma amiga.
José segue constrangido e Idina se diverte com espontaneidade de Miguel. CORTA A CENA.

CENA 8: Horas depois, Flavinho se junta a Gustavo durante horário de descanso.
-Posso sentar aqui com você?
-Claro que pode, Flavinho. Sabe que tou achando um barato ocê ter vindo pra cá pro Rio e ainda vir trabalhar na clínica? Me lembra dos bons tempos de BH...
-Nem me fala, Gustavo... um lado meu morre de saudade da minha terra. Mas hoje nem tem como pensar em voltar. Tudo o que ficou lá, deixado pra trás, ainda causa muita dor.
-Posso imaginar, Flavinho. Eu realmente sinto demais por tudo o que aconteceu.
-Nem precisava dizer... sabe, Gustavo, eu sempre soube que ocê é um cara bom... mas não pensei que fosse tanto.
-Uai, como assim? Não sou tudo isso, não...
-Claro que é! E ainda é humilde. Tudo o que você faz pelas crianças daqui... é lindo. É uma prova de amor... amor à vida, acima de qualquer coisa.
-Exagero seu, Flavinho... não faço nada mais que a minha obrigação... de verdade.
-Não, Gustavo... o que você faz é muito mais que a sua obrigação. É um gesto de amor, de doação, de mandar energias positivas para aqueles anjinhos... é quase uma energia de cura. Sabe, essas coisas me lembram demais o Leo... de como eu conheci ele, de como desde o primeiro momento eu me encantei... desculpa falar.
-Eu que peço desculpa, Flavinho... sei que não deve ser fácil procê lembrar de tudo, sabendo que ele não está mais aqui, entre nós...
-Já foi mais difícil... o luto continua, mas ando focado em substituir esse luto pela saudade. Aquela saudade gostosa, sabe? De quem sabe que foi feliz...
-Mas você ainda pode ser feliz, não pode? Tem toda uma vida pela frente, planos a fazer, essas coisas...
-Claro que eu posso. Mas não agora... eu preciso do meu tempo particular. Pra me refazer totalmente de tudo isso. E ainda tenho que sufocar grande parte dessa dor, por causa da farsa criada pelo pai dele... não é nem um pouco fácil lidar com isso, sufocando tanta coisa...
-Por que você não se junta mais vezes comigo pra alegrar os pequeninos? Não existe nada mais terapêutico nessa vida do que transmitir alegria e esperança pras crianças, vai por mim. É uma troca linda...
-Tou quase me inclinando a aceitar.
-Se eu fosse você, não pensava duas vezes...
CORTA A CENA.

CENA 9: Horas depois, Gustavo e Daniella descem da moto dele e rumam para o apartamento dele.
-Amor, cê não acha melhor colocar uma corrente na sua moto aqui no estacionamento?
-Não... já é fechado, não precisa de tanto.
-Cê parece que tá distante...
-Não é distante. Na verdade, pensando num trem que o Flavinho me disse hoje.
-O que ele disse, Gustavo?
-Que eu sou um cara bom... por alegrar as crianças, sabe? De alguma forma, isso me tocou.
-Bobinho... você precisa aprender a receber elogios, sabia? Se ele disse isso, foi de coração. E ele tem razão: você é maravilhoso, inclusive. Não é só bom. O que você faz por aquelas crianças é algo que precisa ser valorizado, com certeza.
-Mas não faço pelo reconhecimento... faço porque acho que é o mínimo que posso fazer.
-E ainda é humilde! Vamos subir, meu herói, que eu tou seca por uma bela pizza.
Patrícia observa os dois, de longe, sem ser notada.
-Então é aqui o teu QG, Gustavinho... achou que podia se esconder...
CORTA A CENA.

CENA 10: Flavinho chega em seu quarto e toma um susto ao ver Bernadete ali.
-Ai, que susto! Não sabia que você tava aqui. Tudo bem, Bernadete?
-Comigo tudo bem. Quero saber como andam as coisas com você. Eu sei que você sofre pela sua... condição.
-Oi? Não entendi.
-Você pode mudar de vida, basta querer. Se me permitir, eu posso te apresentar uma garota.
Flavinho se choca com as palavras de Bernadete. FIM DO CAPÍTULO 41.

Nenhum comentário:

Postar um comentário