CENA 1: A cirurgia de Cristina começa e Hugo se distrai ao ver Idalina e José chorando, sem fazer a mínima ideia de que eles são mãe e irmão da doadora morta. Hugo tenta se aproximar de Sérgio e Nicole, mas teme ser hostilizado pelo sogro. Daniella percebe receio de Hugo e se aproxima do cunhado.
-Ei... fica assim, não... tá todo mundo meio nervoso aqui.
-Ah, Dani... você é sempre a mais compreensiva. O estranhamento do seu pai comigo vem de antes...
-Não é hora de pensar nisso, Hugo. Agora a gente tá aqui, unido e torcendo pela mesma coisa. É isso que importa. Não precisa ficar com essa preocupação toda.
-Sabe o que é, Dani? Acho irônico tudo isso.
-Por que? Não entendi onde você quer chegar...
-Nessa coisa dual da vida. A gente aqui, vivendo esse momento de felicidade e expectativa pela Cristina... enquanto pelo menos duas famílias sofrem agora.
-Do que cê tá falando, Hugo?
-Da família que perdeu um parente, que tá doando as retinas e as córneas pra Cristina... e aqueles outros dois que choram baixinho logo ali, abraçados. Parecem mãe e filho. Devem ter perdido alguém muito querido também... isso tudo me deixa meio pensativo.
Daniella vê Idalina e José logo adiante, abraçados e consolando um ao outro.
-Ah, entendi... bem, a gente tá num hospital, querido... a gente vê de tudo, mesmo.
-Você fala nisso com tanta naturalidade...
-A mesma naturalidade que a sua noiva, que é médica, procura encarar essas coisas. Agora que tou no lugar dela, temporariamente, compreendo melhor... a gente lida com a morte e com o renascimento das esperanças todos os dias. Cria uma casca... se prepara pro pior, mesmo que o pior não venha.
-Mas até com as criancinhas da clínica?
-Principalmente, Hugo. Crianças também morrem. Não é justo, mas...
CENA 1 – PARTE 2: Horas depois, o médico chega com informações sobre a cirurgia de Cristina, já com a madrugada avançando.
-E então, doutor Walter? Minha irmã já fez a cirurgia? - pergunta Daniella.
-A cirurgia acabou de ser concluída. O procedimento foi um sucesso e em cerca de dois dias, a Cristina vai poder tirar os primeiros curativos dos olhos. Importante ressaltar que nessa primeira semana, ela precisa ser reintroduzida aos poucos à luminosidade, então ela ainda vai ficar baixada. - explica o médico.
-Graças a Deus que tudo deu certo! Eu sabia que minha filha ia ter essa chance! - vibra Nicole.
-A senhora falou certo: é uma chance. É preciso que todos tenham em mente que esse procedimento feito hoje é ainda bastante experimental e recente na nossa medicina. - prossegue o médico.
-Vocês ficam falando o tempo todo sobre isso ser experimental, mas... gente, não é um transplante? - questiona Sérgio?
-Não é tão simples assim, senhor. Existem casos e casos. Não temos ainda dados concretos ou mesmo animadores a respeito do transplante de retina. Não há um percentual de garantia que eu possa dar que a Cristina vá continuar a enxergar. Fazemos o que podemos, mas as possibilidades de rejeição são reais e ela ainda corre o risco de, a longo prazo, perder a visão. Os riscos estão evidentemente diminuídos, mas permanecem presentes. É importante que vocês todos tenham em mente isso. - explica o médico.
-De qualquer maneira, eu sei que minha noiva vai sair dessa e não vai ficar cega! - fala Hugo.
-Taí... não esperava esse otimismo todo, Hugo... - provoca Sérgio.
Daniella percebe e censura o pai, chamando-o num canto.
-Quer parar com isso, pai? Respeita pelo menos a alegria do momento. Resolve as diferenças com o Hugo depois, pode ser?
CORTA A CENA.
CENA 2: Na manhã seguinte, Leonardo acorda-se animado e prepara um caprichado café da manhã para Flavinho e Valéria.
-Nossa, amigo! Se acordou inspirado, hoje? - questiona Valéria.
-Verdade, amor... até eu que tou acostumado com seus mimos tou estranhando esse capricho todo num simples café da manhã... - fala Flavinho.
-Cês esqueceram pelo visto que dia é hoje, né? É dia de eu ir pro Rio visitar minha mãe. Isso significa que é o último dia da Valéria aqui com a gente em BH. - explica Leonardo.
-Tá, deixa ver se entendi. Esse capricho todo e esse monte de delícia é por mim? - espanta-se Valéria.
-E por que não haveria de ser? Você passou por muita coisa nesses últimos tempos. Barras pesadíssimas... o mínimo que você merece é uma despedida feliz daqui. Você é uma irmã pra mim e pro Flavinho... - fala Leonardo.
-É verdade, Valéria. Você é nossa família. A gente vai sentir muito a sua falta... mas sei que é melhor que você vá pro Rio... pelo menos pelos próximos tempos. - conforma-se Flavinho.
-Ai gente, cês querem me fazer chorar? Eu não queria ir embora... mas não tem outro jeito. Não quero ser um peso na vida de vocês e pelo menos durante minha gravidez, não tenho nem como contribuir com as finanças aqui de casa... a coisa foi ficando difícil. Não é o que eu queria... mas é o que eu preciso... - fala Valéria.
-Por isso mesmo, querida... a gente precisa ter o melhor dia das nossas vidas. Hoje precisa ser um dia inesquecível. Custe o que custar! - anima-se Leonardo.
-Eita, Giovanna! Tá a fim de derrubar vários forninhos, mesmo! - empolga-se Flavinho.
-É, mas se lembrem que eu não posso beber porque tou grávida e você, Leo, nem pense em chegar perto de uma cerveja, afinal o motorista vai ser você! - segue Valéria.
-E quem tá falando que a gente precisa encher a cara pra se divertir? Ai, amadores... até parece que a gente não tem como ir de novo no circo, no parque de diversões... ou simplesmente andar por aí fazendo o que der na telha. Sem chapar o coco... - conclui Leonardo.
-Sendo assim... eu pensei numa coisa bem besta pra começo de história... - fala Valéria.
-Já até tou vendo tudo... aposto que tem a ver com algodão doce! - fala Flavinho.
-Sou tão previsível assim, gente? Eu pensei que a gente podia comprar seis deles. - fala Valéria.
-Tá maluca, Valéria? Eu e o Flavinho não damos conta de comer dois, não! - espanta-se Leonardo.
-Vocês comem um cada. Eu fico com os outros quatro. - completa Valéria, marota.
-Gente... desse jeito você vai explodir e ainda adquirir uma diabetes! - fala Leonardo.
-Deixa, amor... essa daí quando inventa de ter tara por algodão doce, não sossega. - fala Flavinho.
-Então tá certo. A gente sai pra comprar depois. Mas ainda temos que decidir o que fazer nessas horas que restam pra Valéria aqui com a gente... - fala Leonardo.
-Isso ocês deixem comigo, já que tou com essa moral toda, então eu mando! - finaliza Valéria.
CORTA A CENA.
CENA 3: Hugo percebe que Leopoldo está preocupado durante café da manhã, após Bernadete se retirar para tomar um banho.
-Você podia pelo menos aprender a disfarçar melhor a sua cara de quem tá morrendo de aflição perto da mãe, né...
-Por que você tá me tomando desse jeito, Hugo? Não falei nada, moleque...
-E precisava dizer? O seu silêncio hoje tem sido ensurdecedor. Não subestime a inteligência da dona Bernadete, seu Leopoldo.
-Lá vem você com seus enigmas. Não tou com paciência pra essa sua enrolação libriana. Quer fazer favor de ir direto ao ponto?
-Você mal consegue disfarçar diante de mim, muito menos diante da mãe, que tá completamente tomado pelo medo. E você sabe que esse medo é do Leonardo.
-Não tenho motivos pra ter medo do meu próprio filho, Hugo. Nunca ouvi uma bobagem tão grande.
-Você sabe e eu sei que você tem motivos, sim. Você tá apavorado com a volta dele. Sabe, eu não consigo entender essa sua lógica... fica difícil de acompanhar. Você se abala até Belo Horizonte, vai até a casa dele, pede pra ele vir visitar a mãe, com medo que ela não tenha tempo de matar saudade do próprio filho e depois que enfim o Leonardo decide por vir, você fica com essa cara de quem tá com medo de uma hecatombe nuclear, de um apocalipse.
-Claro que fico com medo, Hugo! Vai que dá na cabeça daquele inconsequente de desfazer o nosso combinado?
-Combinado? Achei que você ia ser mais honesto consigo mesmo e chamar essa palhaçada de farsa.
-Veja como fala comigo, moleque! Não te dei essa liberdade, não!
-Vai fazer o que, me bater? Olha pra você, cara... olha a que ponto você deixou as coisas chegarem!
-A culpa é do seu irmão. Do que ele é.
-Ninguém tem culpa. Você é que sempre procura a quem culpar. Não assume responsabilidades, mas joga responsabilidades imensas nas costas dos outros. Você devia saber que não tem poder nem controle sobre a vida de todos.
-De controle, a Giovanna entende muito bem. Você tá criticando a pessoa errada.
-Eu sei porque você não vai com a cara dela. É o espelho que reflete. Você não gosta de ver.
-Chega dessa conversa, Hugo.
-Não chega de conversa nenhuma não, pai! Você precisa relaxar. O Leo vem e isso já tá resolvido. Pelo menos seja cordial com seu próprio filho, já que não consegue amar.
-Você não sabe de nada, Hugo. Tudo o que eu tenho feito é por amor.
-Amor? Há controvérsias.
-Você faz ideia que se o seu irmão simplesmente revelar toda a verdade, a sua mãe pode não aguentar? É disso que tenho medo. Dele chegar aqui e instaurar o caos.
-Caos que você fez questão de alimentar.
-Chega, Hugo.
Leopoldo deixa a mesa, atordoado. CORTA A CENA.
CENA 4: Fábio acompanha Idalina, José e Maria Susana no velório de Arlete. José abraça Fábio.
-É, meu amigo... e por tanto tempo eu impliquei com você... duvidei do seu amor pela minha irmã. Hoje eu sei que você fez tudo por ela... a fez feliz. Vou ser eternamente grato por isso. - fala José, emocionado.
Fábio se emociona.
-José... já passou. Eu sei como era difícil acreditar em mim nos primeiros anos. A Elisabete nunca facilitou minha vida. Mas nada disso mais importa. - fala Fábio, comovido.
-É tão triste, tudo isso... Arlete era tão cheia de vida, de planos. Tão jovem ainda... tinha a minha idade. Às vezes parece que tudo isso é um engano, um sonho ruim, que a gente vai acordar a qualquer momento e ver que tudo isso não passou de um engano... - divaga Maria Susana.
Todos velam Arlete, quando Elisabete e Maurício chegam, para surpresa de Fábio.
-Meu filho... Elisabete... eu realmente não pensei que vocês viriam. Vocês não sabem o quanto isso significa pra mim... - emociona-se Fábio.
-Não vou dizer nada, meu querido. Tudo isso é triste demais. Uma tragédia. Arlete um dia foi minha amiga, também... - fala Elisabete, emocionada.
Maurício e Elisabete abraçam Fábio.
-Pai... a gente nunca vai deixar de te apoiar. Nunca se esqueça disso. - fala Maurício.
-Eu fico comovido com a nobreza de você ter vindo, Elisabete. Não esperava por isso... - fala José.
-Sempre gostei muito de você, querida. Minha filha sentia sua falta, acredite. - fala Idalina.
Todos seguem velando Arlete. CORTA A CENA.
CENA 5: Sérgio e Nicole procuram doutor Walter.
-Doutor... a gente gostaria de falar com você... - fala Nicole.
-É sobre a pessoa que doou as córneas e retinas pra Cristina... - explica Sérgio.
-Ah, sim... foi uma mulher, de aproximadamente trinta e oito anos, que morreu num acidente, na queda de uma marquise. - explica o médico.
-Entendo. Doutor Walter... na verdade, nós gostaríamos de saber os dados sobre essa mulher. Nome, essas coisas. - fala Nicole.
-Queridos, eu entendo que a curiosidade faça parte desse processo, afinal de contas um transplante sempre levanta esses questionamentos no próprio transplantado e nos familiares. Mas devo alertar que não é aconselhável que vocês procurem manter contato com a família da morta, por exemplo. Do ponto de vista da psicologia, isso pode gerar sentimentos difusos, confusos entre si. Pode acabar gerando conflitos e até mesmo ódios podem surgir disso. Não aconselho buscarem contato com a família. - alerta o médico.
-Doutor... não é bem isso que a gente procura. É só pra saber alguma coisa sobre a doadora, mesmo. - contemporiza Sérgio.
-Bem, nesse caso eu não posso impedir vocês de saberem. Estão aqui os dados da doadora. - fala o médico, entregando uma folha para os dois.
Nicole lê os dados.
-Arlete Lombardi Ricci, nascida em 13 de agosto de 1978 e morta em 1 de dezembro de 2016... - fala Nicole.
-Muito obrigado, doutor Walter. Era o que queríamos... - fala Sérgio.
-Vocês precisam prometer que vão tentar evitar conhecer a família dela, certo? - alerta o médico.
Sérgio e Nicole se olham com cumplicidade. CORTA A CENA.
CENA 6: Daniella atende o celular e se surpreende ao ver que é Cristina.
-Mana, como é que cê conseguiu me ligar? - questiona Daniella.
-Ah, Dani... não foi fácil. Ainda tou sem enxergar nada, mas acabei acertando. Queria saber como andam as coisas aí na clínica.
-Estão cada vez melhores, mas vou te contar uma coisa: mulher, esse trabalho é cansativo demais, muito mais que pensei!
-Te falei que não era café pequeno, mulher... mas sabia que você saberia dar conta, afinal de contas é a minha irmãzinha querida.
-Vish, deu pra ser melosa agora? Qual é o favor que cê quer me pedir, dona Cristina?
-Ai, que absurdo! Até parece que preciso de desculpa pra ser carinhosa...
-Quem não te conhece que te compre, mana...
-Mas é verdade. Liguei pra saber como anda tudo com a clínica.
-Tá tudo indo na mais perfeita harmonia. Mas, sinceramente, não vejo a hora de você voltar e assumir o seu lugar aqui.
-Quero voltar logo, mana. Acredite nisso.
-Eu acredito. Agora é esperar pela sua recuperação.
-Tenho muita confiança, muita fé de que essa cirurgia deu certo. Eu sei, eu sinto lá no fundo que eu não vou ficar mais cega.
-É muito bom que você pense assim. Mas, caso isso não aconteça, já sei que a senhora sabe ser a ninja que liga pros outros sem ver nada no visor do celular!
-Boba.
-Mas tou mentindo?
-Mentindo não tá, mas vamos pensar mais positivamente...
-Eu confio na sua recuperação, Cris... de verdade.
-Confesso que já tou bem ansiosa pra tirar esses curativos todos. Mal posso esperar pra ver outra vez. E sem aquelas falhas repentinas na visão.
-Vai dar certo, mana... cê vai ver. Preciso desligar agora, cê sabe que não posso ficar jogando conversa fora agora... beijo, te amo.
CORTA A CENA.
CENA 7: Durante passeio, Leonardo e Flavinho dão risada de Valéria.
-Ai gente, não sei como ocê não tá enjoada de comer tanto algodão doce em pouco tempo! Acabou de mandar o sétimo pra dentro e eu pensando que ia parar em quatro! - diverte-se Flavinho.
-Isso é pra essa gente que pensa que grávida enjoa por tudo. Cadê o Deus deles agora? - brinca Leonardo.
-Ai, meninos... me deu um negócio... eu sempre amei algodão doce, mas hoje, esses daqui estavam especialmente maravilhosos! - fala Valéria,
-E você não ficou cheia, menina? Deus é mais! - segue Leonardo.
-Cheia, eu? Que nada, gente! Agora eu preciso de um troço salgado pra equilibrar, isso sim! - fala Valéria.
-Equilibrar o que? Orca a baleia assassina? - brinca Flavinho.
-Ai, não curti, amor. Gordofobia não é piada. - repreende Leonardo.
-Ih... saída pela esquerda. Vou pegar um risole pra Valéria, já volto... - fala Flavinho.
Quando Flavinho ruma ao local onde vai comprar o salgado, uma senhora se para em sua frente.
-Com licença, minha senhora... eu preciso passar. - fala Flavinho.
-Você tem um brilho especial, menino... - fala a senhora.
-Obrigado, mas realmente preciso passar... - impacienta-se Flavinho.
A senhora o segura pelo braço.
-Você precisa ser forte. Você é muito forte. Mas precisa aprender a lidar com o inevitável. - fala a senhora, indo embora.
-Mas... o que raios essa mulher quis dizer? - fala Flavinho, assustado.
CORTA A CENA.
CENA 8: Daniella olha para Gustavo apaixonadamente durante descanso deles.
-Impressão minha ou cê tá me olhando com cara de boba?
-Ai, Gustavo... acho que tou boba, sim. Boba de amor... eu acho que te amo. Pra valer...
Gustavo se emociona.
-Você não tem ideia do quanto me faz feliz por me dizer isso...
-Acho que sei. Deve ser a felicidade que eu sinto quando tou assim, pertinho de você. Quando tou te olhando... e percebendo o tanto que você é lindo... por dentro e por fora.
-Eu nunca pensei que você ia me dizer essas coisas, assim... desse jeito. Alguma coisa mudou?
-Meu sentimento por você só faz crescer. Eu não achei que fosse possível amar alguém do jeito que eu sinto que te amo.
-Então alguma coisa mudou... eu sempre quis isso. Eu espero o tempo que for preciso, meu amor... mas sei que um dia, a gente acaba se casando.
-Não, Gustavo... eu não me vejo presa a uma convenção. Nem a casamento, nem a nada disso. Eu te amo, sim... é real isso que existe entre a gente. Mas eu teria abrir mão de muita coisa.
-Você não precisa abrir mão de nada, se não quiser. Sei o quanto tudo é importante pra você... o teatro, a arte, a dança... tudo.
-Você diz isso agora, Gustavo... mas você ainda é homem. Pode acabar querendo me colocar algum cabresto...
-Juro que não, Daniella...
-Só peço que você me respeite. Que respeite meu tempo. Se um dia calhar da gente decidir se casar, a gente precisa decidir isso junto... eu preciso me sentir preparada pra isso... e não sei se esse dia vai chegar.
-Eu te amo de qualquer jeito, Daniella...
-Então é isso que nos basta...
Os dois se beijam. CORTA A CENA.
CENA 9: A caminho de casa, Valéria e Flavinho percebem expressão preocupada em Leonardo.
-Impressão minha ou você ficou caladão do nada, amor? - pergunta Flavinho.
-Também notei, Leo... de repente você ficou com uma cara... parece que viu fantasma... - fala Valéria.
-Ai gente... de repente me bateu um aperto no peito, sabe? Um medo de não dar tempo de ver minha mãe outra vez... nunca mais... - desabafa Leonardo.
-Deixa disso, amor... você deve estar só ansioso... afinal é daqui a pouco que você vai... você e a Valéria, por sinal... - fala Flavinho...
-Eu realmente espero que seja só ansiedade... - finaliza Leonardo, preocupado.
CORTA A CENA.
CENA 10: Giovanna chega ao quarto de Cristina, que percebe sua presença.
-Giovanna! Que bom que você veio, querida...
-Pera... como você sabe que sou eu? Ainda tá com os olhos cheios de curativos...
-Eu ouvi seus passos e senti seu perfume. Aliás, é o mesmo perfume que eu uso, não tinha como confundir.
-Vim ver como você tá, amiga...
-Ah, vou indo, cheia de expectativa... tenho certeza que não vou ficar cega. Mas ando pensando em outra coisa... sobre o Hugo. Eu não sei se quero casar com ele.
Giovanna fica perplexa. FIM DO CAPÍTULO 18.
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