CENA 1: Valéria se acorda do desmaio sem entender o que está acontecendo. Uma ambulância se aproxima instantes depois e os médicos vão verificar o carro capotado de Leonardo. Um dos médicos examina Leonardo, enquanto o outro observa.
-E então, Pedro?
-É, Fernando... o motorista não resistiu. Está morto.
-Acho que esse celular caído aqui ao lado é dele. Vou ver se está funcionando, pelo menos pra ver a agenda de contatos.
-Faça isso. Os familiares precisam ser comunicados. Vou ver se encontro a identidade do rapaz.
O médico encontra a carteira com a identidade.
-Aqui, Fernando. O rapaz se chamava Leonardo di Fiori. Tão jovem, ele! Tinha feito vinte e sete anos em julho...
-É difícil acostumar com essas fatalidades, não importa o tempo que a gente passe vendo essas coisas...
-Nem me fale. Achou algum contato relevante?
-Tem um telefone residencial do Rio de Janeiro que diz casa. Deve ser pra lá que é preciso ligar.
-Faça isso... mas deixe que ligo de meu telefone, pra não dar problema. Tem como me passar o número?
-Claro...
Enquanto isso, outro médico socorre Valéria, que repete frases desconexas.
-A casa... o Gustavo, a música do Ricky... - fala Valéria.
-Está em choque... - constata o médico.
O médico tenta, ainda assim, conversar com Valéria.
-Garota... você está me ouvindo? Consegue me entender?
-Eu te ouço. Mas não conheço esse lugar. É meio úmido aqui, não parece com o carro do Leo...
-Moça, você sofreu um acidente. Foi lançada pra fora do carro durante a capotagem.
-Eu não entendo isso que ocê diz. Eu sinto dor, mas não lembro desse trem. Eu quero dormir, seu moço...
-Por favor, não durma. Você pode ter sofrido uma concussão. Qual seu nome?
-Valéria Varela de Andrade.
-Valéria, você precisa se manter acordada. Deve ter batido com a cabeça e sofrido outras lesões ao ser jogada pra fora do carro.
Valéria começa a se lembrar do acidente...
-Meu Deus... eu tou lembrando! Eu tinha ido pro banco de trás porque senti sono. O Leo pediu pra eu colocar o cinto de segurança... eu tava indo colocar, quando vi um tronco cair do caminhão da frente... o meu amigo! Como tá o meu amigo?
-Se preocupe com você agora, Valéria. Seu amigo tá sendo atendido por meus colegas.
-Salva meu filho, seu moço. Salva meu filho!
-Peraí... que filho? Tinha um bebê ali dentro do carro?
-Não. Eu tou grávida. Não quero perder o meu bebê. Salva meu filho, seu médico! Salva meu filho!
Valéria entra novamente em choque por conta do estresse e do desespero diante da situação.
-Entrou em choque outra vez. Moça, tenta ficar calma, viu? Não se mexe tanto. A gente já vai te colocar na maca e levar pro hospital. Vai dar tudo certo, confia! - finaliza o médico.
CORTA A CENA.
CENA 2: Hugo se surpreende ao ver Leopoldo ainda na sala, ao chegar em casa.
-Acordado uma hora dessas, pai?
-Sua mãe ficou insone, na ansiedade de ver o Leo chegar...
-Falar nisso... ele já chegou?
-Ainda não. Tou achando até esquisito, porque uma hora dessas, já era pra ele ter chegado...
-E a mãe?
-Tá lá... dormindo no quarto dele. Acabou pegando no sono por lá mesmo.
-Essa minha mãe... deve estar cheia de expectativa. E acho bom você não destratar o Leo...
-Nem vem, Hugo. Não é hora pra falar nisso.
-Que seja...
-Você demorou hoje... tava até essa hora lá no hospital com a Cristina?
-Tava... sabe, pai... quando eu tava quase indo embora, ela disse que não sabia se era a mulher certa pra mim. Fiquei pensando no que ela quis dizer com isso.
-Exatamente o que ela disse, ora bolas. Ela deve ter bem claro e cristalino na consciência dela que fez besteira com você... não me surpreende isso. É sinal de que ela tem escrúpulos e consideração por você.
-Não sei, pai... vai que ela talvez não esteja certa sobre o casamento?
-Surpresa nenhuma. É normal que ela precise de um tempo pra avaliar algumas coisas. O que importa é que vocês se acertaram.
-Verdade... depois, ela acabou de ser transplantada. A gente nem sabe se ela ainda volta a enxergar normal ou se acaba ficando cega...
-Por isso mesmo, filho... melhor dar tempo ao tempo, pra ver como é que tudo vai se desenhando pra vocês. Ela deve estar cheia de medos com essa cirurgia. Não pode nem ver ainda, por causa dos curativos...
De repente, o telefone toca.
-Ué... telefone residencial tocando depois da meia noite? Se for telemarketing, é bom se prepararem pra um processo por violação da lei “não perturbe”
-Quer que eu atenda, pai?
-Não... deixa que eu falo poucas e boas se for isso...
Leopoldo atende o telefone enquanto Hugo observa.
-Alô? (…) Sim, Leonardo é meu filho. Quem deseja? (…)
Leopoldo ouve a notícia da morte de Leonardo e fica chocado.
-Como isso aconteceu? (…) Onde, em que altura da estrada? (…) pra onde cês levaram meu filho? (…) Tá certo... nós estaremos aí, antes mesmo de amanhecer.
Leopoldo desliga, lívido. Hugo estranha e se assusta.
-O que aconteceu, pai?
-Uma tragédia, Hugo... não sei nem por onde começar.
-Pelo começo. Fala o que tá pegando, tá me assustando...
-O seu irmão... ele... ele não está mais entre nós.
Hugo se desespera e chora, abraçando Leopoldo, que não consegue chorar, diante do choque.
-A gente precisa avisar sua mãe...
-E acordar ela agora? Você não disse que ela demorou pra dormir? Como que a gente vai contar uma coisa horrível dessas?
-Nem fale, filho... e se a Bernadete não aguentar essa dor, como vai ser?
CORTA A CENA.
CENA 3: Bernadete, adormecida na cama de Leonardo, sonha com a chegada do filho. No sonho, vê Leonardo chegando a sorrir, de braços abertos.
-Meu filho, que bom que você veio! Eu senti tanto a sua falta nesses três anos...
-Nem me fale, mãe... morri de saudade todos os dias.
-Quanto tempo você vem pra ficar, filho?
-O tempo necessário pra poder me despedir de novo.
-Não entendi.
-Deixa pra lá... deixa eu te abraçar, mãezinha... que falta que esse teu aconchego me fez!
Após o abraço, Leonardo se afasta. Bernadete estranha.
-Tá com pressa de alguma coisa, Leonardo? Já sei: deve estar morto de fome. Vou ver o que tem na cozinha pra você, tá?
-Não, mãe... eu já preciso ir.
-Mas como? Você mal chegou. Onde estão suas malas?
-Malas, que malas? Mãe... me escuta... eu preciso ir. Mas eu volto outra vez. Eu prometo.
Bernadete desperta e constata que tudo não passou de um sonho. Ao olhar o relógio, percebe que já é de madrugada e fica apreensiva.
-Ele já deve ter chegado. Deve estar pela casa...
Bernadete se levanta, vaga pelos corredores a chamar pelo filho.
-Leonardo! Você já veio?
Bernadete desce as escadas a procurar pelo filho e se depara com Hugo chorando nos braços de Leopoldo, que está imóvel.
-Gente, por que cês tão assim? O Leo já chegou, não chegou? - pergunta Bernadete.
Hugo toma coragem pra falar...
-Mãe... eu preciso que a senhora escute com atenção. O Leonardo não veio. E não vai mais vir...
-Não tou entendendo... o que significa isso? Ele nem ligou avisando que não vinha mais... - estranha Bernadete.
Leopoldo toma coragem para falar o que Hugo não conseguiu dizer.
-Bernadete, meu amor... houve um acidente. Um acidente horrível... - fala Leopoldo.
Bernadete entra em negação.
-Não... vocês estão inventando isso... claro! Devem estar preocupados pela demora do Leonardo, mas vocês vão ver que no máximo em quinze minutos ele chega... - fala Bernadete.
Hugo, chorando, abraça a mãe.
-Não me abraça, Hugo! O seu irmão vem, eu sei, eu vi! Eu sonhei com ele ainda agora!
-Mãe... o Leonardo não vem... eu nem sei como começar a te dizer isso...
Bernadete cai em si e constata que o filho morreu.
-Não... não. Meu Leozinho não! Não pode ser! Não aceito! Não! - grita Bernadete, entrando em desespero e sendo amparada por Leopoldo. CORTA A CENA.
CENA 4: Ao amanhecer o dia, Leopoldo, Hugo e Bernadete chegam ao hospital onde está o corpo de Leonardo e Valéria internada. Ao avistar um médico, Bernadete tem o impulso de ir falar com ele, sendo detida por Leopoldo.
-Querida... pra que ir falar com o médico? Nosso filho não está mais entre nós...
-Mas eu quero ver o meu menino, pela última vez... antes dele ser colocado naquele caixão...
-Ainda acho que você deve evitar mais essa dor, mãe... - fala Hugo.
-Vocês subestimam minha força. Sofro do coração, mas vou sobreviver. Mais destruída do que tou agora, é impossível eu ficar... - argumenta Bernadete.
-Está bem. Vá procurar algum médico. Só tenta não desesperar... - fala Leopoldo.
Bernadete aborda um médico, que é justamente quem constatou o óbito de Leonardo.
-Por favor... eu sou a mãe de Leonardo di Fiori. Me chamo Bernadete di Fiori... queria ver meu filho uma última vez, antes dele ser encaminhado pra autópsia, essas coisas...
-Eu sinto muito pela sua perda, dona Bernadete. Me chamo Pedro... fui eu o médico que atendeu o acidente na estrada. Fui eu que constatei que seu filho estava morto... mas se isso te serve de consolo, a garota que veio com ele está bem. E é praticamente um milagre, mas ela também não perdeu o bebê.
Bernadete não acredita no que ouve.
-Bebê? A garota está esperando um bebê? Você tem certeza que é Valéria de Andrade?
-Ela mesma, dona Bernadete. Valéria Varela de Andrade. Está grávida de aproximadamente cinco ou seis semanas, no máximo sete.
-Isso é uma bênção, doutor Pedro! Um verdadeiro milagre... meu filho se foi... mas deixou um pedaço dele crescendo na namorada... - alegra-se Bernadete.
-Oi? O filho que a moça espera... claro! Eles vinham juntos... a sorte dessa menina, dona Bernadete, é que durante a capotagem ela foi lançada pra fora do carro... senão, provavelmente teria quebrado o pescoço, como seu filho... desculpe, não devia ter falado assim.
-Deixe de besteira, doutor Pedro. Você é médico... deve dizer a verdade. Eu prefiro saber como foi que meu filho se foi desse mundo... bem, se você não se importa, vou ali voltar com meu marido e com meu outro filho...
Bernadete vai empolgada falar com Hugo e Leopoldo.
-Vocês não sabem o que eu acabei de saber: a Valéria tá esperando um filho do nosso Leo! Não é um milagre?
Leopoldo e Hugo se encaram, tensos. CORTA A CENA.
CENA 5: Gustavo desperta em seu apartamento e olha no relógio as horas.
-Estranho... já são seis da manhã... a Valéria deveria ter chegado no começo da madrugada. Será que aconteceu alguma coisa?
Gustavo olha para o celular.
-Mais estranho ainda... não tem uma chamada não atendida pra contar história... só falta essa avoada ter esquecido de carregar o celular...
Gustavo tenta discar para o telefone da irmã.
-Não falei? Desligado... será que aconteceu alguma coisa? Não, Gustavo... para. Respira e tranquiliza... um celular desligado é só um celular desligado... ah, maninha... você me deu um horário certo pra chegar, não devia fazer isso comigo! Não posso ficar te esperando, Valéria... preciso ir trabalhar. Já sei! Vou deixar um bilhete pro porteiro, pra ele liberar sua entrada quando ocê chegar...
Gustavo escreve um rápido bilhete passando instruções para a irmã e vai à portaria do prédio.
-Bom dia, seu Renato. Eu posso deixar esse bilhete com o senhor?
-Claro, Gustavo.
-Minha irmã tá pra chegar de BH. O nome dela é Valéria. Quando ela chegar, se eu já tiver saído pro trabalho, você entrega pra ela esse bilhete que eu deixei as coordenadas, o número do apartamento e a cópia das chaves que ela vai precisar. Tudo bem pra você?
-Perfeito. Me entrega a cópia das chaves, por favor?
-Ah, claro... já ia esquecendo.
Gustavo entrega a cópia das chaves pro porteiro.
-Está feito. Vá trabalhar tranquilo que eu sigo tudo certinho quando ela chegar.
CORTA A CENA.
CENA 6: Daniella, Nicole e Sérgio visitam Cristina ainda no quarto do hospital pela manhã. Cristina resolve contar a eles sobre tragédia ocorrida com os di Fiori.
-Gente, cês ficaram sabendo daquele acidente horroroso que aconteceu? - questiona Cristina.
-Que acidente, mana? Não fiquei sabendo de nada. Com quem? - pergunta Daniella.
-Fala logo, Cristina... tá me deixando preocupada, filha... - fala Nicole.
-Uma verdadeira tragédia, gente... sabem o Leonardo, o filho mais novo da Bernadete, não sabem? Sofreu um acidente vindo de BH pra cá, capotou... infelizmente ele não resistiu. A menina que tava junto com ele, a Valéria, tá viva. Hugo acabou de ligar me contando sobre tudo... - fala Cristina.
Sérgio e Nicole ficam chocados e perplexos diante da notícia.
-Meu Deus... que horror! A gente praticamente viu esse menino nascer! Que tragédia bem horrível... - fala Sérgio.
-E a Bernadete, meu Deus? Como tá minha amiga diante disso? - pergunta Nicole.
-Essa Valéria é irmã do Gustavo, meu Deus... será que ele ficou sabendo disso? Como vou dizer pra ele? - preocupa-se Daniella.
-A Valéria tá bem, na medida do possível. Ela e o bebê não correm risco de morte. - explica Cristina.
-Pera... a garota tá grávida? Bem, pelo menos algo de bom permanece no meio dessa dor toda... - fala Sérgio.
-Eu já sabia da gravidez da minha cunhada. Gustavo me contou. Chega a ser meio insensível dizer isso agora, mas pelo menos ela não perdeu a criança no acidente... cês me deem licença... preciso ir, senão atraso pra abrir a clínica. Vou ter que arranjar um jeito de contar isso pro Gustavo, ainda... meu Deus, que situação horrorosa! - fala Daniella.
-Vai lá, mana. Boa sorte... - fala Cristina.
CORTA A CENA.
CENA 7: Gustavo chega à clínica para mais um dia de trabalho e se depara com Daniella na sua sala.
-Oi, amor... resolveu fazer surpresa logo cedo? Adorei...
Daniella olha séria para Gustavo.
-Amor... infelizmente eu não vim pra falar coisa boa.
-Ih, Dani... tá me deixando preocupado.
-Por favor, Gustavo... você não precisa se preocupar. Pelo menos, não tanto...
-Já tou preocupado. Minha irmã devia ter chegado no meu apartamento ainda de madrugada e não deu as caras por lá até agora.
-É justamente sobre ela... sobre isso que eu gostaria de falar.
-Fala logo, tá me assustando...
-Houve um acidente, Gustavo. Você sabe que ela vinha de carona com Leonardo, irmão do Hugo, certo?
-Sei. Ela está bem?
-A sua irmã sim. Ela e o bebê vão se salvar. Mas o mesmo não aconteceu com o Leonardo. Leonardo está morto.
-Meu Deus! Que tragédia! Em que hospital tá a minha irmã?
-A Cristina me ditou. Eu anotei aqui no celular. Se quiser, leva meu celular com você... eu te libero por hoje. Você precisa ver sua irmã...
-Eu vou aceitar, sim. Meu Deus... que coisa horrível! Tadinha da Valéria... coitado do Leonardo... imagina como deve estar o Flavinho, sem o amor da vida dele? Dói só de pensar num trem desses...
-Vai lá, querido. Vai logo. Sua irmã precisa de você.
-Eu vou, sim. Mas deixa que eu anoto o hospital no meu celular. Não preciso levar o seu, tudo bem?
-Tá certo... eu realmente sinto muito por tudo isso, Gustavo...
-Eu nem sei o que pensar. Por um lado fico feliz que minha irmã vai ficar boa... ela e o bebê. Mas e essa tragédia toda? É tudo tão triste...
-Vai lá... ela precisa de você.
CORTA A CENA.
CENA 8: Bernadete vai ao quarto onde está Valéria e se emociona ao vê-la.
-Olá, Valéria... eu sou a Bernadete. Lembra de mim?
-Claro... a mãe do Leo... eu sinto muito por tudo o que aconteceu...
-Dói demais, Valéria... mas é um milagre que depois do acidente você ainda esteja com o bebê salvo. Leonardo se foi, mas deixou uma sementinha... isso é um verdadeiro milagre...
Bernadete se emociona fortemente e Valéria tenta desfazer o mal entendido.
-Mas, dona Bernadete, eu...
Bernadete sente uma forte tontura e é amparada por Leopoldo e Hugo. Hugo a retira do quarto.
-Ela entendeu tudo errado!
Leopoldo encara Valéria.
-Valéria... eu sou Leopoldo, pai do Leonardo. A Bernadete não sabia que ele era gay. Eu preciso contar com você nisso. Você viu como a saúde dela é frágil, não viu? Ela não tem estrutura pra aguentar mais uma dor, nem uma decepção. Essa criança precisa ser filha do Leonardo...
-Mas não é...
-Sei que não é. Mas essa farsa precisa ser mantida, pela Bernadete. Eu te dou casa, comida, tudo o que você precisa. A Bernadete precisa de você...
Valéria fica chocada e pensativa. CORTA A CENA.
CENA 9: Instantes depois, Leopoldo flagra Hugo com o celular de Leonardo nas mãos.
-Que cê tá fazendo com o celular do seu irmão? Não vai ligar praquele...
-Pro namorado dele? Claro que vou! Ele tem direito de saber o que aconteceu!
-Direito? Que direito tem um viadinho?
-Nem começa, pai. Independente das merdas que você diga, eu vou ligar pra ele sim! Basta eu achar o número dele na agenda...
Leopoldo encara Hugo, contrariado. CORTA A CENA.
CENA 10: O celular de Flavinho toca durante expediente e ele pede licença para sua chefe.
-Júlia... Leonardo ligando. Vou ali atender, com licença.
Flavinho atende.
-Oi, am... (…) ah, oi, Hugo. Tudo bem? (…) Que? O que aconteceu? (…)
Flavinho paralisa.
-Como? (…) Quando? (…) Onde? (…) Tá, eu vou...
Flavinho chora silenciosamente e o celular cai de sua mão. FIM DO CAPÍTULO 20.
Nenhum comentário:
Postar um comentário