segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CAPÍTULO 37

CENA 1: Hugo percebe que Valéria se assustou e se arrepende de ter tomado a iniciativa do beijo.
-Valéria... eu nem sei o que dizer. Desculpa...
-Que isso, Hugo... nem se preocupa. Quem te deve desculpas sou eu... eu quis esse beijo tanto quanto você.
-Só que foi estranho. Não devia ter acontecido. Não sei o que me deu.
-E você diz isso pra mim? Acho que a gente tá sensível... confundiu as coisas. Isso não vai acontecer outra vez, tá?
-Não... pode ficar tranquila. Eu sei que foi algo impensado.
-Foi. Eu cheguei aqui e te vi chorando. Não me arrependo de ter te abraçado. Acho que esse foi um momento de ternura entre a gente...
-Concordo. Eu fico feliz de verdade por ter você por perto... sua amizade. Confundi um pouco as estações.
-Eu também confundi. Mas você vai rir se eu te contar porque eu confundi.
-E se eu rir, você vai ficar brava?
-Não, eu também acho isso engraçado.
-Então pode começar a dizer...
-O Flavinho... a pilha que ele meteu em mim, dá pra acreditar?
-Ah! Eu sabia! Tinha que ter dedo dele nisso. Ele é ótimo, mas às vezes dá umas piradas...
-Não é, menino? Ói pra isso que a gente fez... ele anda tentando me convencer, olha só pra isso, que eu ia me apaixonar justo por você. Vê se pode um trem desses?
-Esse Flavinho... o que tem de generoso, tem de atrapalhado... mas vem cá: eu sou tão não apaixonante assim?
-Ai Hugo, não me coloca nessa saia justa! Eu não disse isso. Só que convenhamos que nenhum de nós aqui tá num momento muito favorável da vida pra pensar justamente nisso. Ocê vai casar com a Cristina, é amante da víbora da Giovanna... um troço desses que o Flavinho sugere nem tinha condição de acontecer, uai.
-Pois eu digo que se não fosse essa coisa toda que eu me enrolei nesses últimos anos, me apaixonaria facilmente por você. Você é uma menina boa... dá pra ver no olho, non seu jeito de cuidar de tudo... eu nunca vou me cansar de te pedir desculpa pelas merdas que eu te disse quando te conheci.
-Deixa disso, Hugo... isso já passou. E eu também não tive muita boa vontade com você. Peguei implicância pra devolver a implicância que ocê teve comigo.
-É perfeitamente justificável, Valéria... eu quase fiz da sua vida um inferno.
-Mas olha só como tudo isso foi maravilhoso no fim das contas: o seu pai acabou chamando o Flavinho pra morar aqui com a gente e ocê ainda ganhou dois amigos, é mole?
-Você é sempre otimista assim, Valéria? Impressionante como você consegue, depois de toda a barra que você passou...
-Não sei se isso é otimismo. Acho que eu gosto é de ver o lado positivo das coisas. Não vai adiantar remoer sofrimentos pra sempre comigo. Dói ter sido enganada e abandonada pelo meu ex? Com certeza. Mas eu sou de impulso, às vezes... de cabeça quente eu menti pra ele que a gravidez era alarme falso... e ele se mandou.
-É compreensível, depois que você descobriu que ele era uma mentira completa. Enfim... eu adoraria continuar esse papo, mas preciso urgentemente descansar. Amigos, então?
Valéria abraça Hugo.
-Sempre... amigos, com certeza! Conta comigo pro que precisar, viu? Não vou te julgar... ou pelo menos, vou tentar.
-E você conte comigo sempre. Nunca se esqueça disso. É bom saber que existe alguém nesse mundo por quem eu possa fazer algum bem...
CORTA A CENA.

CENA 2: No dia seguinte, após café da manhã, Flavinho vai atrás de Valéria até o quarto dela.
-Posso entrar, Valéria?
-Claro que pode, Flavinho...
-Eu queria te pedir desculpa... por qualquer coisa que tenha te irritado.
-Você não me deve desculpas por nada, Flavinho... de verdade. Ocê só disse o que o seu coração mandou dizer. Acho que eu que pisei na bola, isso sim. Não tinha motivo pra gritar daquele jeito. Posso te pedir um abraço?
-Ai, sua bandida! Vai me fazer chorar agora? O natal foi ontem, manda esse clima pra longe...
Flavinho abraça Valéria.
-Você é meu irmãozinho do coração, nunca esquece disso, tá?
-É assim que eu te sinto também, sua bobona. Mas deixa eu te contar um negócio maluco que aconteceu...
-Também tenho uma coisa doida pra te falar, mas fala ocê primeiro...
-Certo... dá pra acreditar que a dona Bernadete veio com um papo de que eu vou acabar encontrando uma mulher pra mim? Fiquei passado...
-O que? Mas ela realmente pensa que ocê pode ter alguma coisa com alguma mulher?
-Menina, fiquei mais que passado... fiquei chocado com o que ela disse. Ela ainda continuou, dizendo que o Leonardo tinha passado por uma “confusão”, mas que tinha superado, fazendo um filho n'ocê... eu saí atordoado dessa conversa.
-Não é pra menos... que situação! Ela parece ser tão compreensiva... tão boa! Não entendi essa atitude dela... parece que ela finge que homossexualidade não existe. Ou que pode ser revertida. Eu não sei sinceramente o que pensar disso...
-Muito menos eu. Mas prefiro nem pensar muito nisso... gosot muito dela, mas ela pisou na bola comigo. Ocê disse que tinha um troço pra me contar... o que é?
-É sobre o Hugo... eu vi ele chorando ontem no quintal. Não sei o que me deu na hora, mas senti um aperto no peito... não pensei, só fiz o que o coração mandou. Abracei ele.
-Ah, até aí, tudo bem... ele ficou melhor, depois?
-Menino... o que aconteceu depois fugiu do nosso controle. Acabei desabafando um pouco sobre a merda toda que aconteceu com o William... ficamos os dois vulneráveis. Surgiu uma ternura...
-Ternura? Sei... já vi tudo.
-A gente se beijou.
-Eu sabia! Vai me dizer que não tá se apaixonando por ele, agora?
-Não vou dizer nem que sim, nem que não... eu realmente não sei, Flavinho... mas sei que estava eu e ele... ali. Os dois fragilizados... aconteceu. Mas não pode acontecer de novo. Somos amigos antes de mais nada. Foi só um momento de ternura... a gente acabou confundindo as coisas...
-Olha... ocê pode até brigar comigo de novo, mas acho que vocês ainda ficam juntos.
-Não dá, Flavinho. Eu tenho essa farsa pra sustentar. Ele tem aquele caso secreto com a Giovanna e a Cristina pra casar. É impraticável... não tem jeito. Nem é uma coisa que se possa cogitar... a gente só tava vulnerável. Só isso...
Valéria e Flavinho seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 3: José liga para Idina.
-Oi, Idina... tá podendo falar agora?
-Ainda tenho alguns minutos livre. Meu cliente se atrasou. Tá precisando conversar?
-Sim... sobre nós dois.
-Não entendi. O que tem nós dois? Você é um grande amigo... só isso.
-Tem certeza que é só isso, Idina?
-Olha, José... eu sei que aquele nosso beijo foi algo maravilhoso. Mas precisamos ser realistas.
-Engraçado você me falar de realismo. Se ser realista é encarar os fatos, então eu quero ser realista e encarar o fato de que tou me apaixonando por você.
-José... pensa com calma. Analisa tudo isso com serenidade. Você não acha que tá tudo muito recente na sua vida? Querendo ou não, até outro dia você era casado com a Maria Susana e sofreu um bocado pelos seus próprios erros.
-Eu sei de tudo isso. Só não sei em que ponto isso impede que eu esteja gostando de você.
-Impedir não impede... mas me pergunto até que ponto o seu gostar é de verdade. Pode ser que seja uma forma de compensação. De minimizar as suas perdas...
-Você realmente acredita que eu te trataria como estepe?
-Eu não disse nada disso, José...
-E precisava dizer? Já ficou subentendido...
-Me escuta, cara... eu gosto de você. Sinto amizade de verdade por você.
-Mas é só amizade, não é isso?
-Eu não sei. Não posso te garantir isso.
-Então eu tenho chances?
-Não vou mentir... tem sim. Mas eu mesma preciso entender isso tudo que tá começando a acontecer entre a gente. Eu não planejei isso... e a ideia de que tudo isso pode estar se tornando maior que nós me deixa um tanto quanto inquieta.
-Engraçado você dizer isso, Idina... logo você, que largou a sua vida confortável na França pra fazer sua carreira e sua vida aqui. Cadê a sua ousadia?
-São coisas diferentes, José. Amor e planos pessoais não combinam necessariamente.
-Peraí... cê tá dizendo que pode estar me amando?
-Talvez. Eu não sei lidar muito bem com isso, ainda. Vivi os últimos anos focada estritamente nos meus trabalhos, nos meus negócios, no meu ativismo. Eu gostei do nosso beijo. Sinto alguma coisa por você... que é maior que uma simples amizade. Mas não quero dar um passo maior que a perna.
-Do jeito que você diz, faz parecer que você tem medo de amar.
-Não classifico como medo. Inabilidade, talvez. A gente se fala outra hora. A gente marca... mas agora eu preciso voltar ao trabalho.
-Quando a gente se vê?
-Ainda não sei. A gente vai vendo...
CORTA A CENA.

CENA 4: Nicole percebe Sérgio seco com ela.
-Não tou entendendo esse seu jeito comigo, Sérgio. Não te fiz nada.
-E precisa fazer pra mim? Você fez pra nossa filha...
-Do que você tá falando? Se for pra vir com aquele papo absurdo de achar bonito que a Cristina abandone o Hugo outra vez pra seguir o próprio coração, você é mais inconsequente do que eu imaginei.
-Se eu sou inconsequente, você é o que, Marilu? Uma dondoca fútil que só pensa na própria reputação!
-Você nem sabe o que tá dizendo! Estamos casados há trinta anos e você me faz uma acusação dessas? Você realmente não sabe quem eu sou, definitivamente não sabe!
-Tem razão... eu não sei. Você nega seu próprio nome de batismo e quer que eu pense o que?
-Não acredito que você tá me julgando dessa maneira tão rasa. Você já foi mais compreensivo, Sérgio.
-Talvez tenha sido esse o meu erro. Eu te dei asas demais, quando deveria ter falado umas verdades... há muito tempo!
-Que verdades são essas? Você é falso, Sérgio. Duas caras... vive mudando de opinião sobre tudo. Não sustenta nada. Quem é você pra falar em verdade?
-Pelo menos eu não almejo a alta sociedade, Marilu, ao contrário de você.
-Não me chama desse nome! Você sabe que eu odeio!
-Tá vendo? Nega o próprio nome e ainda quer ter razão.
-Você tá ficando um velho insuportável. Sérgio.
Nicole parte intempestivamente e Sérgio vai atrás.
-Onde cê pensa que vai?
-Eu não penso, meu querido. Eu vou! Vou visitar a Dete que eu ganho mais!
CORTA A CENA.

CENA 5: Nicole pede desculpas a Bernadete por ter vindo sem se anunciar.
-Eu sei que devia ter ligado antes, Dete... mas do jeito que a coisa ficou insuportável lá em casa, eu mal pensei... só vim pra cá. Desculpa...
-Que isso, Marilu... as portas dessa casa estão sempre abertas pra você e pro Sérgio. Sempre.
-O Sérgio tá fora de si. Primeiro ele estimula a Cristina a abrir mão do casamento dela com o seu filho simplesmente porque ele encasquetou pouco antes do transplante que o Hugo não é o cara certo pra ela... e ainda me acusa de ser fútil! Logo eu, Bernadete, logo eu! Olha, não vou mentir, adoro ser rica, adoro as festas da alta sociedade, mas você acha que eu tenho cabeça pra pensar em fazer bonito em coluna social com a iminência do mundo desabar sobre as nossas cabeças?
-Ah, minha amiga... eu sinceramente nem sei o que te dizer. Eu gosto muito da Cristina e me agrada muito a ideia de que ela possa ser minha nora. Mas se o Sérgio tem razões pra acreditar que ela não vai ser feliz... você precisa pelo menos entender o lado dele... e da Cristina, principalmente.
-Mas a amizade das nossas famílias, como fica?
-No que depender de mim, a mesma coisa.
-É, mas duvido que o Leopoldo pense assim.
-Tem razão... bem, você quer um café? Acabei de passar...
-Vou querer, sim. Sabe, Dete... eu sou eternamente grata por você ter aberto mão do Sérgio para ele ficar comigo... mas hoje eu não sei se quero continuar com ele. Tudo muda, o tempo todo...
-E eu não sei... ainda dói saber que meu filho querido se foi... a gente sobrevive como pode... mas estaria mentindo se dissesse que aceito o rumo das coisas...
CORTA A CENA.

CENA 6: Horas depois, Daniella deixa o ensaio no grupo de dança e esbarra em Patrícia.
-Você aqui? Tava me esperando?
-Tava sim, Daniella... acho que a gente precisa conversar.
-Olha... você não me deve explicações de nada. Depois, eu achei o jantar agradável lá em casa, apesar de tudo...
-Apesar do que? Eu fiz alguma coisa errada?
-Não... você não fez. Eu e o Gustavo erramos um com o outro... bem, isso não importa mais. Demos um tempo.
-Eu realmente não quis causar isso.
-Não sei se deveria, mas... acredito em você, Patrícia. Simpatizo com você de graça, apesar desse jeito insólito, atravessado que a gente se conheceu.
-Nem sei o que te responder, Daniella... vou ser sincera com você: no começo eu te odiei.
-Eu sei disso. É justamente por isso que não te julgo. Porque sei que, apesar desse começo desastroso, existe uma amizade nascendo aqui.
-Você acha? Nunca tive amigas... na verdade, sempre vi tudo e todos como ameaça...
-Outra hora eu te explico melhor sobre a estrutura social que te levou a essa conduta... mas agora realmente preciso ir pra casa, tomar um belo de um banho. A gente se vê por aí...
CORTA A CENA.

CENA 7: Giovanna nota Hugo distante durante o trabalho.
-Impressão minha ou você nem tá aqui, Hugo?
-Eu hein, que pergunta mais sem sentido. Só tou concentrado. E adoraria que você me deixasse trabalhar.
-Você nunca falou desse jeito comigo. Sempre quis conversar comigo, não importava qual fosse o assunto. Tem alguma coisa nisso.
-Tem sim. Eu quero ficar quieto. Dá pra ser?
-Não dá... não posso deixar você quieto sem entender o que tá acontecendo com você.
-Pelo amor de Deus, dá pra me deixar na minha? Ou então eu pego o meu laptop e vou pra sala principal e fico trabalhando ao lado da Glória, que pelo menos não me enche o saco.
-Depois diz que não mudou. Você mudou comigo. Nunca foi grosseiro desse jeito comigo, em nenhum momento. Só falta mandar eu calar a boca.
-Se é por falta de cala a boca, cala a boca, Giovanna.
-Quem é ela?
-Mas que inferno! Dá pra me deixar trabalhar? Não tem ela nenhuma.
-Eu te conheço melhor que qualquer pessoa nesse mundo. Sei mais de você do que você mesmo sabe. Tem outra na jogada. E eu temo que pela primeira vez na vida, você esteja realmente apaixonado.
-Vai catar o que fazer, vai!
-Não tou falando? Perdendo a paciência, saindo pela tangente... tem outra. Só falta saber quem.
-Chega desse papo furado. Vou pra sala principal, satisfeita? Não enche, porra!
Giovanna se preocupa. CORTA A CENA.

CENA 8: Gustavo é surpreendido por Valéria na clínica.
-Que coisa boa, maninha! Nunca pensei que você ia vir aqui...
-Quis ver como é seu trabalho. Espero não atrapalhar.
-Não atrapalha nunca, bobinha. Acabei de sair da sala de um dos pacientes. O nome dele é Marcos, tem seis anos. Tá nas últimas sessões de quimioterapia. Ao que tudo indica, o transplante de medula óssea pegou nele.
-Que maravilha! Só que tou vendo uma tristeza nesse olhar... tem a ver com a Daniella, não tem?
-Claro que tem, mana. Tudo isso tá sendo uma barra difícil de segurar.
-Se você me der a permissão de contar tudo pra ela, sobre a Patrícia, eu conto. Você deixa?
-Não... melhor você não se meter nisso. Você sabe que ela pode ser perigosa.
-Sei, sim. Mas você acha justo essa coisa toda? Você e a Dani brigados de novo por causa dessa maluca... não é certo!
-Pode não ser certo. Mas a Dani errou comigo. Me julgou errado... e isso me ofendeu.
-Você precisa entender também o lado dela, uai.
-E o meu? Ela se preocupou em entender?
-Por isso que eu insisto, mano... acho que tá passando da hora de ocê chegar pra Dani e contar tudo. Todas as loucuras, todas as ameaças, toda a perseguição da Patrícia contigo. Tem que contar tudo.
-Não é o momento certo.
-E quando vai ser, Gustavo? Pelo amor de Deus, acorda! Quanto mais tempo esse trem levar, mais a Patrícia vai deitar e rolar, será que ocê não percebe isso?
-E o que eu posso fazer? É a palavra de um homem contra a palavra de uma mulher.
-Bem... você que sabe. Eu te dei a dica. Se você vai aceitar, já são outros quinhentos...
CORTA A CENA.

CENA 9: Horas depois, ao final do expediente, Cristina não se segura e acaba ligando para Fábio, que atende animado.
-Esperei tanto por essa sua ligação, Cristina... você não faz ideia do quanto!
-Acho que faço sim alguma ideia. O fato é que eu não me aguentei de saudades de você. Eu não queria ligar mais... mas foi mais forte que eu. Não deu pra segurar.
-Você quer me ver?
-Quero... só não sei como... nem quando.
-Por mim pode ser hoje à noite, mesmo.
-Mas eu tenho trabalho amanhã cedo, ainda assim...
-E daí? Vai protelar indeterminadamente?
-Tá certo... a gente se vê onde?
-Conheço um lugar ótimo. Você vai amar.
-Onde fica? Não me vem com lugar de velho que eu saio na hora...
-Você vai gostar. Anota aí o endereço...
CORTA A CENA.

CENA 10: Cristina e Fábio conversam e bebem animadamente no pub de Idina.
-Gente, que lugar maravilhoso! Se eu não tivesse que ir trabalhar amanhã, passava a noite toda aqui... que música sensacional, que ambiente incrível!
-Falei que você ia amar. Mas já tá ficando tarde... acho melhor pedirmos a conta.
-Não queria voltar pra casa... mas fazer o que, é a vida...
-Vem comigo pro meu apartamento. Assim a gente passa mais tempo junto e você ainda descansa...
Cristina e Fábio deixam o pub e vão ao apartamento dele.
-Só você mesmo pra me convencer tão facilmente...
-Não queria ficar longe de você tão rápido...
-Nem eu. Sabe, Fábio... cansei de resistir. Eu realmente tou apaixonada por você.
Fábio se surpreende com Cristina. FIM DO CAPÍTULO 37.

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