sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

CAPÍTULO 17

CENA 1: Fábio se recusa a acreditar que se trate de Arlete morta sob o bloco de concreto.
-Isso deve ser um engano, senhora. Os documentos são dela, sim... mas não pode ser ela que tá morta ali em baixo...
-Como você se chama? Eu tirei esses documentos da bolsa da moça que morreu...
-Você podia ir pra cadeia, sabia? Tá mexendo na cena de uma morte! Eu preciso ver com meus próprios olhos. Não pode ser minha Arlete. Me dê os documentos dela, ela deve estar do lado de dentro do supermercado.
-Moço... o que você é dela?
-Noivo. A gente vai se casar.
A mulher compreende o estado de negação de Fábio e resolve se impor diante da multidão.
-Gente, cês querem fazer o favor de sair de cima da defunta? O noivo dela tá aqui! Se tem alguém que tem direito de ver a mulher, esse alguém é esse rapaz! Saiam de cima, por favor! - fala a mulher.
-Obrigado, senhora. Como a senhora se chama?
-Bruna. Rapaz, é melhor você se preparar pra ver uma cena que pode te deixar ainda pior... se quiser, vou com você e seguro sua mão. Cê tá tremendo feito vara verde...
Fábio dá a mão à mulher e vai até o corpo de Arlete, constatando que é ela. Fábio, desesperado, cai de joelhos diante do corpo de Arlete e é abraçado pela senhora, a chorar.
-Bota pra fora, filho... bota pra fora...
-Dona Bruna... eu acabei de perder o amor da minha vida!
Fábio chora desconsolado e a senhora segue a confortá-lo. Fábio se tranquiliza aos poucos.
-Você é uma mulher boa, dona Bruna. Desculpa pelo mal jeito quando te vi com os documentos da minha Arlete... me chamo Fábio.
-Era o nome do meu filho. Fábio... pena que ele morreu ainda adolescente. Também na queda de uma marquise. Até hoje ninguém foi responsabilizado... sei que é duro te dizer isso agora, querido... mas você precisa lutar pra que isso acabe.
-Não sei como, dona Bruna. Estou sem chão... sem saber o que fazer. A única coisa que penso agora é em ligar pro irmão dela... ele é mais forte e vai saber dar a notícia pra mãe deles...
-Faça isso, querido. Mas não se esqueça: isso que aconteceu hoje aqui é culpa da péssima administração dessa cidade. Informe pelo menos os familiares da sua noiva sobre isso.
-Um dia a justiça vai ser feita. Por seu filho, pela Arlete e por todos que morreram por esse descaso. Agora preciso ir... ligar pro meu cunhado. Não vai ser fácil...
Fábio se afasta e, dentro do supermercado, liga para José.
-Você ligando, Fábio? Já sei... quer falar sobre a Arlete. Olha, cara... eu já entendi que vocês se amam, nem precisa se dar ao trabalho de...
-José, me escute com atenção. É sobre a Arlete sim... mas não é nada do que você tá pensando. Infelizmente não é uma notícia boa.
-Notícia ruim, é? Se você tiver enganado minha irmã mais uma vez, vai se arrepender do dia que nasceu...
-Chega, José! Não é nada disso! Aconteceu uma tragédia. Arlete foi atingida por um bloco de concreto caído da marquise do supermercado. Eu nem sei como isso foi acontecer justo hoje...
-Me conta essa história direito, Fábio... como está a minha irmã? Ela tá muito machucada?
-Eu nem sei como começar a te dizer, José...
José cai sentado no sofá, ao compreender que sua irmã morreu.
-Não... não pode ser! A minha irmã? Isso é pegadinha de vocês dois, não é?
-Não é, José... como eu queria que fosse uma simples brincadeira. Hoje é o pior dia da minha vida... eu ia casar com a sua irmã...
-Ela ainda não foi recolhida?
-Não.
-Quando foi que isso aconteceu?
-Faz cerca de uma hora.
-Eu preciso desligar. Não tou legal.
José cai em prantos. CORTA A CENA.

CENA 2: Cristina se interna voluntariamente no hospital e liga para a casa de seus pais, para comunicá-los de sua decisão.
-Oi... pai? Tudo bem por aí?
-Tudo bem, querida. Precisando falar comigo?
-Com você e com a mãe. Tem como colocar a ligação no viva voz?
-Claro, Cristina... Nicole, a Cristina quer falar com a gente pelo viva voz, vem!
Nicole se aproxima.
-Oi, filha. Pode falar. - fala Nicole.
-Mãe, pai... eu tou ligando pra vocês do hospital. Não se assustem, tou bem de saúde... mas resolvi me internar. Tomei a decisão de fazer o transplante experimental de córneas e retinas... e preferi essa internação voluntária pra evitar acidentes de percurso no dia a dia. - fala Cristina.
Nicole e Sérgio se surpreendem.
-Mas minha querida... até outro dia você tava decidida a não fazer esse transplante... - observa Sérgio.
-Verdade, Cris... seu pai tá confuso e eu confesso que também tou confusa. Claro que nem vou reclamar, porque no fundo eu tinha esperança que você mudasse de ideia, mas... você tá certa de que é isso mesmo que você quer? - questiona Nicole.
-Sim, mãe... eu entendo a confusão de vocês. Andei pensando em tudo... em mim no futuro. Não consegui me imaginar cega. Preciso me dar essa chance... mesmo que isso não dê em nada no futuro. Foi um processo difícil, lidar com a ideia de que alguém tem que morrer, mas... já superei isso. - explica Cristina.
-Só resta desejar boa sorte, minha filha. Você quer que a gente leve alguma coisa pra você daqui de casa? - pergunta Nicole.
-Por enquanto tou ótima por aqui. Mas se quiserem visitar, não precisam arranjar pretexto, viu? - fala Cristina.
-A gente também não quer incomodar, querida. Se você preferir, te deixamos sozinha. - pondera Sérgio.
-Vocês nunca incomodam, de verdade. Só acho que hoje talvez não role a visita de vocês. Tá tudo meio corrido, ainda. Foi duro convencer os médicos a me manterem internada. - explica Cristina.
-A gente vai desligar agora, tá? Fica com Deus e tenha fé. Vai dar tudo certo, minha filha. - fala Sérgio.
-Te amamos. Nunca se esqueça disso, Cristina. Seja o que for que aconteça, vamos estar por perto. - finaliza Nicole.
CORTA A CENA.

CENA 3: Idalina, mãe de José e Arlete, chega à casa do filho e da nora Maria Susana.
-Estranhei você me chamar uma hora dessas, filho... não é nem hora de lanche da tarde... - fala Idalina.
-Mãe... eu chamei porque a gente precisa conversar. - fala José.
-Olha, se for sobre os desentendimentos que você tem com a Maria Susana, já deixei claro que não vou passar a mão na sua cabeça por você ser meu filho... - fala Idalina.
-Não, minha sogra... dessa vez não tem a ver com a gente. Tem a ver com a Arlete. - fala Maria Susana.
-O que tem a Arlete? Ela não foi pra Paris com o Fábio? - questiona Idalina.
-Mãe... eles voltaram antes da hora. Estavam preparando o apartamento que iam dividir depois do casamento. Não queriam ser incomodados por ninguém. - esclarece José.
-Por que você tá falando tudo no passado, filho? Que caras são essas que vocês estão? Parece que aconteceu alguma coisa... - intriga-se Idalina.
-Presta atenção, mãe... é melhor você sentar. Vem com a gente pro sofá. - fala José.
Idalina tem um mau pressentimento e Maria Susana percebe.
-Minha sogra... o que a gente tem pra contar é difícil. A gente nem sabe por onde começar... - fala Maria Susana.
-Comecem pelo começo. Eu só pareço frágil, mas aguento qualquer coisa. O que foi que a Arlete aprontou dessa vez? - pergunta Idalina.
-Mãe... ela não aprontou nada. Foi o destino, a vida, chame como quiser. Uma parte da marquise do supermercado perto do apartamento dela caiu essa manhã. Arlete foi atingida... ela não resistiu, mãe. Não tem outro jeito de te contar isso... - fala José, chorando.
Idalina se desespera.
-Minha filhinha? Minha caçula que eu tanto amo? Me diz que isso é um engano! Onde é que ela tá? - desnorteia-se Idalina.
-Dona Idalina... a Arlete foi levada pro hospital. A informação que a gente recebeu é que a pancada foi muito forte na cabeça. Encontraram nas coisas dela a carteira de doadora de órgãos... e só por isso estão mantendo o corpo dela ligado nos aparelhos. Os médicos confirmaram que houve morte cerebral. A Arlete se foi... - fala Maria Susana.
Idalina chora abraçada no filho e na nora. Aos poucos, se tranquiliza e é tomada por uma inesperada serenidade.
-A minha menina sempre disse que queria doar os órgãos dela... tudo o que pudesse ser utilizado para salvar outras vidas. Por isso que ela era doadora registrada. A gente precisa fazer a vontade da minha menina. - determina Idalina.
José se perturba.
-Mãe, o que você tá falando? A Arlete acaba de morrer e você fala com toda a frieza que vai permitir a doação dos órgãos dela? - espanta-se José.
-Deixar de doar os órgãos bons dela vai trazer a minha menina de volta, José? Não vai. Isso não tem mais jeito. O mínimo que a gente pode fazer é respeitar e honrar a memória da Arlete. Ela sempre deixou claro em vida que queria doar tudo o que pudesse, caso morresse de acidente. Parece que sabia, que pressentia... - argumenta Idalina.
-José, sua mãe tá certa. A gente tá passando por um momento de dor e luto. Mas podemos suavizar essa dor, fazendo a vontade da Arlete e dando novas oportunidades pra quem ainda tá aqui nesse mundo, precisando de uma salvação que pode vir dela. - argumenta Maria Susana.
-Eu preciso de um tempo pra pensar nisso tudo... - fala José.
CORTA A CENA.

CENA 4: Maurício desliga o telefone após falar com Fábio e vai até Elisabete.
-Mãe... o pai acabou de me ligar.
-Percebe-se. Tava falando dos grandes planos que ele tem com a traidora?
-Para com isso, mãe... você não faz ideia do que aconteceu.
-Não faço, mesmo. Foi algum terremoto?
-Sem ironias, mãe... o pai me ligou pra contar que aconteceu uma tragédia.
-Já sei... a Arlete ficou sem a manicure dela, nossa... que drama, hein?
-Mãe, para de ser irônica, porra! A Arlete morreu!
-Que? Não, gente... deve ser um engano. Uma mulher de trinta e oito anos, cheia de saúde... não acredito que seu pai inventou isso.
-Presta atenção, mãe... caiu um pedaço da marquise do supermercado que fica perto do apartamento deles. Esse bloco de concreto atingiu a Arlete em cheio. Ela está morta.
Elisabete fica sem reação.
-Fala alguma coisa, mãe!
-Não sei o que dizer. A vida é mais frágil do que eu pensei... agora veja você, como é irônico tudo isso...
-Irônico? Não tou entendendo, mãe...
-Ela me rouba seu pai, mas morre antes de casar. Parece que Deus não gostou muito da atitude dela...
-Não acredito nisso, mãe... não envolva Deus nisso. Deus não tem nada a ver com isso.
-Pelo menos agora eu não preciso assinar o divórcio...
-Chega, mãe. Você passou dos limites. Não percebe que isso é uma tragédia? Não percebe a dor que o pai deve estar sentindo?
-Mas, filho...
-Não tem defesa pra essa sua atitude, dona Elisabete. Vergonha de você... não te reconheço mais.
Maurício se retira, deixando Elisabete perplexa. CORTA A CENA.

CENA 5: No hospital, Idalina insiste em conversar com José sobre Arlete.
-Filho, procura entender... sua irmã era cadastrada como doadora! Foi um desejo manifestado e oficializado em vida por ela. Não torne as coisas piores do que elas já são...
-Pior que tá, não fica. Sabe, mãe... eu nunca pensei que viveria o suficiente pra ver minha caçulinha morrer desse jeito tão estúpido... queria que ela vivesse mais que eu. É a ordem natural das coisas.
-Por isso mesmo que tou falando, meu filho... para e pensa: tem uma maneira melhor de fazer a Arlete ser eterna do que permitindo que pessoas se beneficiem dos órgãos que ela puder doar?
-Ai, mãe... você venceu. Estou cansado... triste, exausto. Não tenho forças pra impedir algo que minha irmã decidiu antes de morrer. Parece que sabia que ia viver pouco...
-Então tá feito. Eu vou dizer aos médicos que eles podem tirar os órgãos que puderem tirar dela. Não tem sentido mantê-la clinicamente viva. Ela já se foi... com ou sem a sua permissão, ela tinha decidido em vida que ia ser doadora...
José e Idalina se abraçam, emocionados. CORTA A CENA.

CENA 6: Maurício está na sala assistindo TV e Elisabete tenta falar com o filho.
-Filho... será que a gente pode conversar um pouco?
-E por que não? Nunca deixei de te ouvir, mãe...
-Eu queria te pedir desculpa pelo que eu disse mais cedo, eu realmente sinto muito.
-Mãe... me escuta bem: você não tem que pedir desculpas pra mim.
-Como não? O que eu disse foi absurdo. Cruel, insensível...
-Engraçado... não sinto verdade ainda no que você diz.
-Mas eu não estou mentindo, Maurício... você sabe que eu não sou de mentir.
-Tá certo. Só que ainda assim, não é a mim que você deve desculpas. Mãe... me escuta: um pedido de desculpas não vai resolver nada.
-Mas então a quem devo pedir desculpas?
-A ninguém, mãe.
-Não estou entendendo o que você quer dizer, meu filho...
-Você não precisa pedir desculpas, simplesmente.
-Então preciso fazer o que, Maurício? Olha, eu sei que errei em dizer aquelas coisas quando soube da morte da Arlete...
-Você precisa rever seus valores, mãe. Veja a que ponto você chegou nessa obsessão em manter o casamento com o pai.
-Não foi bem o que eu pensei pra minha vida... eu juro.
-Então! Aproveita isso, mãe. Se reinventa!
-Não sei como me reinventar, meu filho... acho que nem sei viver direito...
-A vida não tem manual de instruções, mãe... você vai conseguir.
-Como?
-Vendo as coisas por si mesma...
-Eu te amo, Maurício... você é o melhor filho que uma mãe poderia sonhar em ter.
-Eu te amo também, viu? Nunca se esqueça disso.
Maurício afaga Elisabete. CORTA A CENA.

CENA 7: O médico vai ao quarto de Cristina lhe contar uma novidade.
-Cristina, incomodo?
-Imagina, doutor Walter. Estou sem fazer nada por aqui. Tem alguma coisa pra me contar?
-Ótimas notícias pra você, Cristina. Uma mulher com aproximadamente trinta e oito anos morreu num desastre de um desabamento. Essa mulher é cadastrada como doadora universal de órgãos. Sabe o que isso significa?
-Posso imaginar...
-É isso mesmo que você tá pensando: vamos avaliar se ela possuía córneas saudáveis e, se for o caso, vamos poder efetuar o transplante de retinas e córneas.
Cristina se anima.
-Nossa... eu nunca pensei que ia ficar empolgada ao saber da morte trágica de alguém. Isso significa que ainda vou ter uma chance de não ficar completamente cega...
-Isso mesmo. Não sou espiritualista, mas garanto que manter o pensamento positivo é fundamental.
-Tá falando isso pra mim, doutor? Sou a rainha do otimismo. E como médica, sei muito bem ao que você se refere.
-Você deseja saber maiores detalhes sobre a doadora mais tarde, caso a gente confirme que é possível efetuar o transplante?
-Olha... sinceramente essa curiosidade me parece um tanto mórbida no momento. Se tudo for liberado pro transplante, quando eu vou pra mesa de cirurgia?
-Hoje mesmo, à noite...
-Nossa! Eu realmente não imaginei que fosse ser tão rápido assim... devo ter nascido mesmo com a bunda virada pra lua...
-Eu volto mais tarde pra conversar com você. Espero que com notícias melhores ainda.
-Vão ser, doutor Walter... você vai ver.
-Quero muito que você esteja certa. Não quero perder uma colega de profissão tão carismática como você.
CORTA A CENA.

CENA 8: Horas mais tarde, ao prepararem o jantar, Flavinho e Valéria percebem Leonardo distante.
-Impressão minha ou essa sua cabeça foi longe, agora? - pergunta Flavinho.
-É verdade... de repente ocê ficou com uma cara de quem tá pensando em alguma coisa distante daqui... - observa Valéria.
-Ai, gente. Eu sei que não devia. Que a gente ainda vai ter um pouco de diversão hoje e tudo mais... mas de repente, me deu uma espécie de melancolia... ou nostalgia, chamem como quiser... - fala Leonardo.
-Mas que conversa é essa, Leo? Nostalgia? Em que lugar do passado você ficou? - pergunta Valéria.
-Também não entendi, amor... até agora pouco, cê tava todo empolgado com a gente... - complementa Flavinho.
Leonardo resolve não falar sobre sensação que lhe acomete.
-Quer saber? Cês tem razão... a gente ainda tem um circo pra visitar antes de eu ir pro Rio e levar a Valéria junto! - afirma Leonardo, se animando novamente.
-Até que enfim, amigo! Só o que me faltava ocê ficar com cara de caneca logo agora! - fala Valéria.
-Cara de caneca? - perguntam Leonardo e Flavinho ao mesmo tempo.
-É, gente... sabe quando a gente é criança e espera um presente lindo daquele parente que só te vê uma vez na vida e outra na morte? Daí cê abre aquela embalagem linda e dá de cara com uma caneca. E a gente faz aquela cara de... caneca, sabe? - prossegue Valéria.
Os três riem, descontraídos. CORTA A CENA.

CENA 9: Nicole e Sérgio ligam para Daniella.
-Alô? Oi pai, oi mãe... - fala Daniella, atendendo o telefone da clínica.
-Querida... tem como fechar a clínica já ou ainda tá muito corrido pra isso? - pergunta Nicole.
-Acho que posso fechar sim, mas... alguma emergência? - pergunta Daniella.
-Filha... sua irmã vai fazer o transplante daqui a pouco. Apareceu uma doadora. Queremos que você esteja conosco no hospital. - fala Sérgio.
-Sem problemas. Eu deixo a clínica aos cuidados do Gustavo. - afirma Daniella.
-Maravilha. A gente espera você chegar em casa e daí partimos juntos pro hospital. - fala Nicole.
Daniella se empolga com a cirurgia de transplante da irmã. CORTA A CENA.

CENA 10: Instantes depois, Daniella está acompanhada de Sérgio e Nicole no hospital. Hugo chega logo em seguida.
-Oi, queridos! A Cris já entrou pro bloco cirúrgico? - pergunta Hugo.
-Oi, Hugo. Ainda não. Deve acontecer daqui menos de cinco minutos, pela previsão. Se entrou pra cirurgia, deve ter sido agorinha ainda. - fala Daniella.
-Surpreso de ver você aqui, Hugo. Pensei que estaria com sua sócia agora... - dispara Sérgio, irônico.
Hugo se faz de desentendido e não segue a conversa. Nicole percebe clima estranho e procura apaziguar.
-Bem... logo a nossa tensão vai acabar e a gente vai saber se a Cristina tem chance de não ficar cega.
Todos aguardam a conclusão da cirurgia de Cristina. FIM DO CAPÍTULO 17.

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