CENA 1: Flavinho perde a paciência com a insistência de Bernadete sobre o assunto.
-Olha, você sabe que eu te adoro, não sabe? Mas não é porque tou morando na sua casa que eu vou ficar quieto diante desse tipo de situação. Bernadete, por favor, vê se entende: eu sempre fui, sou e sempre vou ser gay. É isso que eu sou. Não é doença, não é transtorno psicológico, não é amor menor. É meu jeito de amar. Só peço que respeite isso e não invada o meu espaço desse jeito... desculpa se eu peguei pesado.
-Eu entendo, meu querido. Mas também sei que tudo isso pode se reverter.
-Existe algo de errado para ser revertido?
-Não... não exatamente. Mas você acaba sofrendo com o preconceito das pessoas, a sociedade não entende, não aceita. As famílias expulsam de casa. Você não precisa sofrer.
-Você pensa que escolhi passar por tudo isso, Bernadete? Você mesma admitiu agora que não tem nada de errado comigo, mas com as pessoas... com a forma que elas encaram pessoas como eu. Pra que me entregar a esse jogo, me diz?
-Meu filho escolheu por um bom caminho.
-Por favor, Bernadete... já não é a primeira vez que ocê fala nisso. Pra que insistir nisso?
-Porque o exemplo de superação do meu falecido filho pode fazer você repensar sua vida... seus desejos, você me entende?
-Não entendo, não. Eu sei que eu gosto de meninos. Isso não vai mudar.
-Leonardo conseguiu mudar... eu sei que ele tinha esses... desejos indevidos. Mas foi forte, lutou, resistiu. Já estava liberto dessa tentação pouco antes de partir pra Minas...
-Ele conversava com você a respeito disso?
-Não. Sempre foi muito fechado...
-E com base no que você afirma que ele passou por tudo isso?
-Sou mãe, Flavinho... mãe sempre sabe de tudo. Eu pressenti todas essas coisas.
-Mas, mesmo assim... você pode ter presumido algumas coisas erradas, não?
-Não... na época eu andava cheia dos cansaços, antes de descobrir meu problema no coração. Acabei deixando na mão do Leopoldo que ele conversasse, apoiasse e ajudasse nosso filho.
-Peraí... quer dizer então que o Leopoldo repassava o que eles supostamente conversavam?
-Supostamente? Eles conversavam, sim... o Leopoldo jamais mentiria pra mim.
-Ah, claro... sim, isso deve ser verdade.
-Eu peço desculpa se te incomodei, Flavinho... mas precisava te dizer essas coisas. Porque gosto de você como um filho... e me preocupo dessa forma, entende? Não quero que você sofra...
-Já sofri e ainda sofro muitas coisas que independem da minha vontade, Bernadete... me acostumei com isso.
-Não leva a mal nada que eu disse, tá? É que eu realmente perdi o tato de lidar com certas coisas nos últimos anos...
-Tudo bem... só espero que não conversemos outra vez sobre isso, Bernadete. Gosto muito de você... mas tem certas coisas que acho que não vale a pena falar...
-Eu entendo. Bem, não vou ficar pedindo desculpa mais uma vez. Espero que você seja feliz... que supere esses sofrimentos. Eu vejo, percebo e sinto que você sofre...
-Você não faz ideia do quanto... mas não sei se quero falar sobre isso. Não sei se posso...
-Um dia, meu querido, se você quiser, eu vou estar aqui. Te ouvindo, procurando não julgar... sempre à sua disposição, tá? Não se esquece disso.
-Não vou esquecer... mas agora realmente preciso me organizar pra dormir... o dia foi bem longo e exaustivo pra mim, hoje...
-Tudo bem, querido. Durma com os anjos...
Bernadete deixa o quarto após dar um beijo em Flavinho e Flavinho senta perplexo em sua cama.
-Aquele velho infeliz... ele manipulou a tudo e todos, o tempo todo! Que espécie de monstro é o seu Leopoldo, meu Deus? Ele anulou e apagou a dona Bernadete... aniquilou com a luz dela! Meu Deus, que horror!
Flavinho chora. CORTA A CENA.
CENA 2: Na manhã do dia seguinte, Daniella se preocupa com os horários de Gustavo.
-Já falei que não precisava se incomodar de me levar em casa... eu podia pegar um uber...
-Ah, mas ainda tá tão cedo, Dani! Depois, a sua irmã não veria muito problema se eu me atrasasse uma ou outra vez pra chegar na clínica...
-Bem, se é você que tá me dizendo... não quero saber da Cristina me enchendo os ouvidos depois dizendo que sou eu que tou desencaminhando você...
-Deixa de besteira...
Os dois descem e chegam à moto de Gustavo. Gustavo se sente observado e Daniella percebe súbita expressão tensa do namorado.
-De repente você ficou com uma cara, sua expressão se fechou do nada...
-Sabe o que é? Não vai ficar tensa, mas...
-Vai me deixar tensa se ficar nessa de fazer suspense, isso sim...
-Eu acho que tem alguém observando a gente. Senti isso claramente.
-Não quis te assustar, Gustavo... mas desde que a gente desceu pro estacionamento eu senti a mesma coisa. Mas... quem poderia estar nos observando numa hora dessas? Tomara que não seja assaltante...
-Meu medo é que seja a Patrícia...
-Deixa disso, amor... vai ver é só uma paranoia que a gente tá tendo agora. De qualquer forma, acho bom a gente tomar cuidado redobrado saindo daqui...
Daniella sobe na garupa da moto.
-Tá certo. Se a gente notar qualquer movimentação diferente, ocê se segura firme que eu meto a mão no acelerador...
Os dois partem e não notam nada demais.
-Menos mal, amor... viu? Nem tinha Patrícia nenhuma...
-Muito menos assaltante. Acho que a gente anda precisando é relaxar.
-Gustavo, por que você não fica pro café da manhã lá em casa?
-E me atrasar mais ainda? Uma coisa é um atrasinho de leve, mas...
-A sua chefe ainda mora na minha casa, esqueceu disso? Ela te vendo chegar comigo, vai saber que cê não tá inventando desculpa nenhuma...
-Tá... eu vou... mas espero que a sua irmã não fique brava comigo...
-Cê tá falando da mesma Cristina que eu conheço?
-É, só que uma é sua irmã. A outra é minha chefe.
-Ai, Gustavo, às vezes você chega a ser cansativo de tão certinho, pelo amor de Inês Brasil...
-Tá, não vou mais me preocupar com isso.
-Acho bom mesmo, viu? Afinal de contas, tá comigo, tá com Deus!
-Você se acha um bocado, Dani...
-Mas é assim que você me ama, não é?
Os dois riem e seguem rumando para casa de Daniella. CORTA A CENA.
CENA 3: Após o café da manhã, Flavinho lê um livro em seu quarto antes de partir para mais um dia de trabalho, quando é surpreendido por Leopoldo batendo em sua porta.
-Desculpe se interrompi sua leitura... mas queria levar um papo contigo.
-Comigo, seu Leopoldo? Resolveu lembrar que eu também sou gente? Eu, hein...
-Dispenso suas ironias, Flávio. Eu realmente preciso falar com você.
-Então desembucha logo, porque não falta muito pra dar minha hora de sair pra trabalhar.
-Eu vim tentar entender porque você foi tão seco comigo hoje mais cedo, na mesa do café da manhã... mal tocou nas coisas que tinham pro desjejum...
-Nossa, você preocupado comigo? Com um sujeito que, como você mesmo disse uma vez e eu nunca esqueci, não merece nem ser chamado de gente? Tá treinando pra ser canonizado pela sua amada igreja católica depois que passar dessa pruma melhor, é?
-Eu não vim brigar. Eu realmente fiquei intrigado... quase preocupado com a sua postura. Aconteceu alguma coisa?
-Não que eu te deva satisfação, mas sim... aconteceu. Melhor dizendo: vem acontecendo há anos, muito antes de eu sonhar que ia acabar morando nessa casa.
-Pode ser mais claro? Ainda não entendi onde você deseja chegar.
-Na parte que eu sei de tudo o que você fez e andou fazendo nos últimos anos. Sobre as mentiras que você contou pra sua mulher. Sobre como você deixou o Leo acuado, sendo abusivo com ele.
-Você não sabe do que tá falando. Não tem como saber, não estava aqui... não sabe o que passei.
-Não sei? Pois posso presumir muito bem.
-Com base no que?
-A sua mulher é uma amiga querida minha. Quase uma segunda mãe... a gente conversa sobre muita coisa, ela me confidencia tanta coisa que ocê nem imagina. E numa dessas conversas, ela deixou claro que você levou ela a crer que o Leo tinha “se curado” do “problema” dele. Você induziu ela a pensar assim, a acreditar nessas coisas. Você manipulou tudo e todos como bem quis. Me pergunto qual é o real motivo dessa sua súbita preocupação comigo... ao que me consta, você nunca me suportou, muito menos eu te suportei. Será medo de que a sua máscara de bom pai caia e se espatife no chão?
-Você não sabe do que tá falando, Flavinho... eu não tive saída. Sou de um outro tempo, de outra formação.
-Resolveu me chamar pelo apelido, agora? Você realmente anda mudado, seu Leopoldo... não importa o seu tempo ou a sua formação. Caráter é uma coisa que independe de todas essas fugas e desculpas.
-Você poderia ser menos atrevido, rapazinho...
-E você poderia se colocar no seu lugar de vez em quando. Essa casa não é minha nem sua, é da sua mulher. Agora me dá licença que eu tenho mais o que fazer e não posso me atrasar pro meu trabalho...
CORTA A CENA.
CENA 4: Valéria passa pelo corredor e acaba se deparando com a porta do quarto de Hugo entreaberta e ele ainda dormindo.
-Hugo... acorda. Daqui a pouco é capaz da Giovanna materializar aqui cobrando pelo seu atraso...
Hugo se espreguiça.
-Que horas são, Valéria? Bom dia...
-Já passa das oito.
-Maravilha! Consegui dormir até depois das seis e meia...
-Mas ocê não tá nem um tantinho preocupado?
-Não. Tirei o dia de folga, hoje. Avisei a Giovanna antes. Hoje, nem ela nem ninguém vai me incomodar.
-Ai, eu não sabia... desculpa, acabei acordando você...
-Relaxa, eu já tava pra me levantar. Mesmo de folga nunca passo das nove, você sabe disso...
-Bem, se tá tudo certo, desce comigo! Sua mãe fez aquela torta de maçã que você costuma adorar...
CORTA A CENA.
CENA 5: Cristina termina de passar instruções a uma das enfermeiras e volta a sua sala. Ao tentar se concentrar em seu trabalho, acaba lembrando dos momentos que passou ao lado de Fábio.
-Ai, meu Deus... o que é que eu faço pra tirar você da minha cabeça, Fábio?
Cristina tenta se concentrar em seu trabalho, mas não consegue.
-E esse coração que não para de disparar só de lembar dele... foco, Cristina, foco! Você vai casar com o Hugo! Melhor fingir que o Fábio nunca existiu, que foi só uma... criação, uma ilusão da sua mente...
Cristina tenta novamente se concentrar no seu trabalho.
-Vamos, Cristina... foco! Você precisa ver como fica a escala de trabalho da Adriana pra próxima semana, isso precisa se resolver antes das cinco...
Cristina consegue ajustar escala de trabalho de sua funcionária.
-Isso! Tudo certo, agora...
Cristina novamente se distrai e lembra dos momentos que passou ao lado de Fábio, começando a chorar.
-Por que tinha de ser assim? Por que tanto amor? Por que agora? Por que você não apareceu na minha vida há três anos, hein Fábio?
Cristina se refaz do choro, mas ainda suspira apaixonada.
-Fazer o que... pelo menos tenho um grande amor pra lembrar. Muita gente passa pela vida sem isso...
Cristina sai de sua sala e anda pela clínica, tentando afastar seus pensamentos recorrentes. CORTA A CENA.
CENA 6: Flavinho aproveita seu horário de intervalo e vai almoçar em casa. Ao chegar, Bernadete o recebe.
-Querido... que bom que você veio almoçar em casa. Fiquei martelando sobre aquela nossa conversa...
-Que conversa, Bernadete? A gente fala tanto sobre tanta coisa...
-Aquela que eu me meti onde não devia me meter. Eu sei que agi errado, Flavinho... e te peço desculpas por isso.
-Deixa disso, Bernadete... você não me deve desculpas... mesmo.
-Claro que devo, meu filho... não fui correta nem justa de te tomar daquele jeito. De me meter na sua vida afetiva da maneira que quis me meter.
-Bernadete... isso já passou. De verdade. Só que você faz o que pode. Não sou capaz de te julgar por causa disso. Você não tem culpa diretamente por pensar da maneira que pensa... foi levada a isso. Foram os condicionamentos que a vida criou a você.
-Você é tão sábio, meu querido... me faz sentir tão pequenina diante dessas coisas, sabe? Não quero perder essa sintonia com você nunca...
-E não vai perder, se não quiser. Gosto de você como um filho gosta de uma mãe. Mas você precisa entender que nem todas as coisas nessa vida funcionam como os mais velhos dizem pra gente. Na teoria tudo pode se resolver fácil, quando a solução mágica se trata do alheio. Mas na vida real, tudo isso é muito diferente do que essas teorias católicas de mundo perfeito...
-Mas nem religião eu tenho, querido... não agi certo com você. Não tenho pensado o certo sobre a vida.
-Bem... isso é uma questão que você vai precisar resolver, mais cedo ou mais tarde, buscando a origem de tudo isso...
-Verdade. Você gosta de omelete de espinafre?
-Nossa, amo!
-Então vem almoçar logo antes que você perca a hora...
CORTA A CENA.
CENA 7: Hugo vai ao quarto de Valéria enquanto ela descansa assistindo TV.
-Vai passar a tarde toda aí, morgando na frente da TV?
-Fazer o que, ué? Se ocê me arranjar o que fazer, eu desligo essa TV na hora!
-Pois eu tenho um desafio, Valéria...
-Vish... lá vem. O que é que ocê tá tramando, posso saber?
-Você gosta de jogar?
-Essa pergunta é muito vaga, uai. Depende do jogo...
-War?
-Menino, eu era viciada nesse jogo! Sempre dava uma surra no Gustavo! Tinha que ver! Meu irmão todo cheio de si e sempre apanhando da caçulinha aqui...
-Ah, é? Será que é tão boa assim? Deixa eu pegar aqui em cima do armário...
-Não brinca que ocê tem War aí e eu não sabia?
-E no seu quarto, ainda por cima.
-Então se prepara pra surra, Hugo. Não jogo pra perder, teje avisado!
Hugo pega o tabuleiro e com a ajuda de Valéria, abre o jogo sobre a cama.
-Vamos ver se essa sua marra toda vai se confirmar jogando. Você tá falando com o maior mestre estrategista que já jogou War nessa casa, Valerinha...
-Ói pra isso, gente! Depois eu é que tou cheia da marra...
Hugo e Valéria se divertem jogando War. Bernadete passa pelo corredor nesse momento e flagra interação animada entre os dois. Bernadete se alegra e percebe o clima entre os dois, mas prefere não se mater e nem se fazer vista. CORTA A CENA.
CENA 8: Horas depois, Cristina encontra Giovanna no shopping.
-Olha ela! Chegou antes da hora marcada, amei!
-Consegui fechar a clínica uns quinze minutos antes, Giovanna. No sábado eu costumo me dar a esse luxo.
-Adorei. Já sabe por qual loja a gente começa?
-Eu tava pensando naquela que vende bijuterias que parecem joias.
-Tá maluca? Mulher, você é rica e fica pensando como pobre? Enfeite no vestido de casamento não tem que ter economia, não! Tem que ser lindo e fechativo, não importa o tanto que se gaste nele...
-Não falei pelo dinheiro, bobinha. É que eu amo aquela loja. Tem cada coisa linda lá que só vendo...
-Bem, se é você quem tá falando, quem sou eu na fila do INSS pra dizer que não...
-Boba. Vem comigo... você vai ver como tudo naquela loja é de excelente gosto.
-Vamos... ei, impressão minha ou a senhorita anda desanimada mais uma vez?
-Deve ser impressão sua. Giovanna.
-Impressão ou não, fico preocupada.
-Dessa vez não vejo razão pra preocupação.
-Bem, se é você quem diz, vou confiar. Mas é que às vezes aquelas nossas conversas acabam martelando na minha cabeça. Longe de mim querer me meter...
-Você pode se meter, boba... a gente é amiga. Te confidenciei muita coisa, inclusive que me envolvi com outro cara. Mas fica tranquila, porque uma das poucas certezas que tenho nessa vida é que eu vou me casar com o Hugo sim, é o melhor a se fazer. Melhor pra todos nós...
-Você não faz ideia do quanto isso me anima e me tranquiliza.
-Imagino, sim. Você às vezes parece mais animada com esse casamento do que eu ou o Hugo...
-Boba. É a primeira vez que vou ser madrinha de um casamento. Claro que quero ajudar com tudo o que puder...
-Tá, chega de enrolação que a gente precisa escolher ainda o que vai pro meu vestido.
CORTA A CENA.
CENA 9: Durante a noite, Flavinho dorme e acaba tendo um sonho com Leonardo. No sonho, eles ainda vivem na casa de Belo Horizonte e aguardam a chegada de Valéria.
-Amor, ocê não acha que a Valéria já tá demorando demais?
-Nada, Flavinho! Cê sabe como ela costuma demorar quando vai fazer exame pré natal. Ela e o William ficam tão empolgados que sempre dão um jeito de parar em algum lugar depois...
Flavinho escuta um barulho de chave na porta.
-Vish, amor... acho que ela chegou e mais uma vez não tá conseguindo abrir a porta. Já falei procê que era pra trocar essa fechadura... abre pra ela?
-Claro, amor...
Leonardo ruma à porta e quando a abre, Flavinho vê uma sombra puxando Leonardo pra fora. Leonardo se segura na porta e pede socorro.
-Flavinho, socorro! Me ajuda aqui! Eles querem me levar embora! Não deixa!
Flavinho se desespera e tenta puxar Leonardo de volta.
-Calma, Leo... eu tou te puxando...
-Faz mais força! Eu não tou aguentando isso mais!
Flavinho faz toda a força que pode, mas a cada vez que se esforça para puxar Leonardo pra dentro, mais ele é puxado pela sombra densa.
-Faz mais força, Flavinho! Eles estão me levando! Eu não quero ir embora, não agora! Eu te amo!
Leonardo é tragado pela sombra e Flavinho se acorda assustado gritando por ele. Bernadete escuta e tranquiliza Flavinho, que apenas chora e não consegue dizer nada. CORTA A CENA.
CENA 10: No dia seguinte, Daniella se exercita correndo na praia. De repente, se sente observada, mas prefere seguir correndo.
-Tira isso da cabeça, mulher! Chega de alimentar paranoia...
De repente, Daniella acaba esbarrando em Patrícia, que havia parado para amarrar seu tênis.
-Patrícia? Você tava me seguindo? O que tá acontecendo aqui?
Patrícia encara Daniella, assustada. FIM DO CAPÍTULO 42.