CENA 1: Cleusa, mãe de Flavinho, vai às lágrimas ao reconhecer o filho.
-Flávio, meu filho! Eu pensei que nunca mais ia te ver nessa vida! Como cê tá lindo, Flávio... tá com jeito de homem... mas tem uma tristeza no seu olhar...
-Ah, mãe... muita coisa aconteceu desde que eu tive que ir embora.
-Eu sinto tanto, meu filho... eu te mandei embora com o coração na mão...
-Quem sou eu pra julgar? O cafajeste me odiava...
-Mas eu não podia fazer o que eu fiz. Devia ter batido de frente com ele. Amor nenhum pode ser maior que o de uma mãe por um filho.
-Mãe... eu sei o que é estar apaixonado nessa vida. Mas chega de lamentação... eu quero saber do meu irmãozinho...
Cleusa faz uma expressão grave e Flavinho estranha.
-Falei alguma coisa que não devia?
-Não, querido... é que só agora eu percebi que a gente nunca se falou desde que ocê foi embora... aconteceu que ocê não ficou sabendo de nada que aconteceu depois daquela noite horrorosa...
-Sim... inclusive eu passei por uns perrengues que acho que a senhora nem merece saber... pra não ficar ainda mais culpada. Mas me diz... cadê meu irmãozinho?
-Flávio... você não tem irmãozinho nenhum.
-Não, pera... mas quando eu fui embora daqui ocê tava grávida de uns quase seis meses... o que aconteceu?
-Eu perdi o bebê...
Flavinho se choca.
-Como assim, mãe? A gravidez já tava bem avançada e...
-Não passei da vigésima sétima semana. Entrei em trabalho de parto e seu irmãozinho sobreviveu apenas por horas. Era prematuro demais. A incubadora do hospital tava quebrada... ele não resistiu.
-Nossa, mãe... mas você não tentou ter outro depois?
-Pra que? Seu padrasto diz pra mim até hoje que sou fracassada como mulher. Que não sei segurar nem filho macho dentro de mim, que só servi pra parir um viadinho, como ele diz...
-Como é que ocê se sujeita a isso tudo ainda, mãe? Esse cara é um monstro!
-Você não entende, Flávio... ele não é esse monstro todo. Quando ele tá sóbrio, ele é a pessoa mais doce que já conheci na vida. Mário não é um monstro... só faz besteira quando bebe.
-O problema é que ele bebe todo dia, né? Não sei como ocê aguenta isso...
-Filho... eu sou a única pessoa que ele tem nessa vida. Não posso abandonar assim...
-Será que ele faria o mesmo por você? Tenho minhas dúvidas...
-Se ele faria ou não, não importa... ele continua sendo sozinho no mundo...
-Nem sei o motivo...
-Flávio, meu filho... não julga o Mário... seu padrasto é um homem bom.
-Como é que não vou julgar? O sujeito exige que ocê me mande embora e...
-Por favor, filho... não insiste nesse assunto. Ainda dói demais tudo isso em mim...
-Ah, é? E em mim, não dói? Sabe, mãe... eu tento passar por cima disso... mas fica difícil.
-Acho melhor você ir embora.
-Mas eu mal cheguei! Não vai nem me oferecer um café? Eu tou morando no Rio, sabia? Vim de lá até aqui e você me manda embora?
-Você pode se dar mal se ele aparecer por aqui...
-Então é assim, dona Cleusa? Eu me abalo de outro estado pra ver como ocê tá e você me manda embora?
-É pelo seu próprio bem, meu filho... não me leve a mal. Eu só te mandei embora daqui quando ocê tinha dezoito anos porque te queria vivo. No fundo eu sei que você sabe disso.
-Sei? Será que sei? E os dias que eu passei fome? E quando eu não tinha nem um teto pra dormir? Nisso você pensou, mãe?
-Mas você superou tudo isso, não? Tá no Rio... bem cuidado... deve estar com uma boa vida, num bom emprego...
-Você não tem ideia das coisas que eu passei. Mãe... você pode vir comigo, se quiser.
-Eu já disse que não posso. O Mário só tem a mim... não posso deixar seu padrasto sozinho.
-E você, mãe... tem a quem?
-Vai embora antes que ele chegue e cause uma tragédia...
-Você que sabe, mãe... eu vou deixar meus contatos, caso você mude de ideia...
Flavinho entrega uma folha que Cleusa dobra. Flavinho abraça sua mãe e parte, desolado. CORTA A CENA.
CENA 2: Cristina desabafa com sua mãe sobre sonho na noite anterior.
-Ai, mãe... eu não consigo esquecer daquele sonho esquisito que eu tive quando cochilei no sofá ontem...
-Filha... eu preferi não te dizer muito na hora pra não te deixar mais impressionada ainda, mas... talvez você esteja grávida.
-Que? Que afirmação sem pé ne cabeça é essa, mãe? Logo você falando um negócio desses?
-Porque eu passei pela mesma coisa.
-Oi? Desculpa, mas que mesma coisa?
-O sonho, lógico... não exatamente do mesmo jeito que você me descreveu ontem, ainda assustada, mas...
-Mas o que?
-Quando eu engravidei de você, antes de saber que tava grávida ou mesmo antes de sentir os sintomas clássicos, eu tive um sonho.
-E como era esse sonho?
-Também era na beira da praia. Só que não tinha babá nenhuma. Era eu mesma que andava, tranquilamente, carregando um bebê no meu colo. Eu pensava que estivesse segurando o filho de alguém. Mas ninguém aparecia. Anoitecia... e eu entendia que aquela menininha que eu carregava no colo só podia ser minha...
-E isso não te deixou impressionada?
-Não. Era um contexto diferente. Embora eu fosse mais jovem do que você é agora, eu tava casada com seu pai e nós estávamos tentando engravidar fazia pelo menos um ano.
-É... só que não é meu caso. Não estou casada. E espero não estar grávida... porque se estiver, esse bebê só pode ser do Fábio, que nem no país tá agora...
-Mas se você estiver? O que você vai fazer?
-Eu não sei, mãe... eu nunca pensei nisso. Mas só de pensar que pode haver uma vida crescendo aqui, eu me encho de ternura... pensei que poderia querer tirar, mas... se eu realmente estiver esperando um bebê... eu não sei se teria estrutura pra fazer isso.
-Menos mal, filha. Confesso que me sinto jovem pra ser avó... mas se for pra ser... que assim seja.
-E eu me sinto completamente despreparada pra ser mãe... eu sei que eu completo trinta anos esse ano, mas mesmo assim...
-Tenta não pensar muito nisso, Cris...
-Impossível, mãe. A semente da dúvida já tá plantada por aqui.
-E o que você vai fazer?
-Ainda não sei. Vou tentar dar um tempo pra ver se aparece algum indício concreto. Antes disso, acho inútil eu solicitar um exame...
CORTA A CENA.
CENA 3: No meio da tarde, Flavinho retorna da viagem que fez para visitar sua mãe e Bernadete estranha ao vê-lo ir diretamente ao quarto, sem cumprimentar ninguém.
-Tá tudo bem, filho? Você chegou e foi disparado pra cá...
-Não tá nada bem, Bernadete... nada bem!
Flavinho chora e Bernadete o afaga.
-Você consegue falar agora sobre como foi? Se quiser, nem precisa falar...
-Eu quero falar, só que nem sei por onde começar...
-Eu vou ouvir o que você precisa falar... e você sabe que não vou julgar.
-Ai, Bernadete... hoje eu percebi que não tem jeito de tirar minha mãe daquela vida...
-A coisa tá tão ruim assim?
-Ruim é apelido... minha mãe é só a sombra do que ela foi um dia.
-O tempo foi tão cruel assim com ela?
-Mais que cruel... foi implacável. Ela não teve o meu irmãozinho. O parto foi prematuro... ele não sobreviveu. Ela só ficou nessa vida de aguentar a manguaça quase diária do meu padrasto. E diz que ainda sente pena dele... que ele só tem a ela na vida... Bernadete, ela apanha do marido! E não faz nada pra reagir! Ele acusa ela de não ter sido competente pra gerar um filho macho e ter parido um viadinho feito eu...
Flavinho chora. Bernadete tenta consolá-lo.
-Se eu soubesse que ia ser traumático desse jeito, eu teria pensado duas vezes antes de te estimular a ir ver sua mãe...
-Eu precisava saber disso... era melhor do que viver na dúvida. O que me dói é ver minha mãe daquele jeito... aquela mulher ali, no lugar dela, não é mais a minha mãe... quem tá ali é alguém que desistiu de si mesma... e que aceitou isso.
-Sinceramente, nem sei o que posso te dizer agora, meu querido... mas posso te garantir que aqui você tem uma família. Não é de sangue, mas é de coração.
-Eu sei disso... e sou grato demais. O duro é saber que não tem como tirar minha mãe da realidade que ela vive. Ela não conhece nada além daquilo... e tem medo.
CORTA A CENA.
CENA 4: Na manhã do dia seguinte, Cristina procura Daniella em seu quarto.
-Te acordei, mana?
-Não... já tomei meu café básico pra acordar. Tá precisando de algum favor?
-Nossa, que juízo que você faz de mim, Dani... não posso nem vir conversar com a minha pimentinha...
-Quem não te conhece que te compre, Cristina. Melhor ir direto ao ponto. Objetividade, por favor.
-É que eu andei pensando no que você fez pela clínica quando eu precisei me ausentar.
-Lá vem bomba. Vai, fala de uma vez o que você tá tramando.
-Nossa, tou tramando nada, não... na verdade, é uma proposta que eu queria te fazer.
-De ficar mais um tempo no seu lugar? Nem pensar, queridinha. Tenho minha rotina, esqueceu?
-A minha proposta é mais flexível.
-Sei... bem, pelo menos fala. Não me custa ouvir...
-A ideia é que a gente reveze os dias da semana no comando da clínica. Eu queria te contratar, como efetiva. Você não seria apenas a minha irmã ou a minha tapa buraco... estaria no meu quadro de funcionários, como vice-diretora. Carteira assinada, décimo terceiro, tudo garantido...
-Mana... o problema não são os direitos, nem o dinheiro. Você sabe que não ligo muito pra essas coisas. O que tá em xeque aqui é a minha essência.
-Como assim, em xeque? Não entendi, Dani...
-Mana... eu tenho minha vida, meu trabalho, minha arte, meu ofício de artista. Você tem noção que, mesmo que você me contrate pra revezar em dias que eu não tenho ensaio, eu nem sempre vou poder estar disponível? Que em algum momento eu vou sair da cidade e do estado com alguma peça? Que, nem preciso ir tão longe, as datas definidas das apresentações não dependem de mim e podem conflituar com a minha escala, caso eu trabalhe na clínica? E se eu me perder da minha essência? E se eu esquecer que eu sou uma artista, como é que eu fico?
-Realmente... eu não tinha parado pra pensar por esse lado... você tem razão. Eu entendo você... desculpa qualquer coisa.
-Deixa disso. Mana, eu fico honrada pela confiança e pelo convite. Mas não vou poder aceitar. Se eu aceito hoje, amanhã eu posso me arrepender pro resto da vida...
CORTA A CENA.
CENA 5: Uma semana depois. Cristina está em sua sala verificando informações e percebe que precisa conferir os estoques de medicamento.
-Gente, será que tenho como falar com o Flavinho e com o Gustavo agora? Onde eles se enfiaram? - fala Cristina, consigo mesma.
Cristina encontra Flavinho trocando o soro de uma das crianças.
-Flavinho... que bom que te achei. Cê sabe onde tá o Gustavo? Achei que ele ia estar por aqui...
-Tá precisando falar com ele?
-Com vocês dois. Eu preciso que vocês confirmem comigo o quanto ainda temos de medicamentos no estoque, tou achando que não vamos dar vencimento até o fim da semana...
-Sem problema. Eu chamo o Gustavo aqui. Ele deve estar no duzentos e vinte...
Instantes depois, Flavinho chega com Gustavo e, quando Cristina vai começar a falar, Flavinho percebe que ela está pálida.
-Cê tá bem, Cristina? De repente ficou pálida... - observa Flavinho.
-Notei isso. Você tem se alimentado bem? - pergunta Gustavo.
-Tá tudo certo, gente... talvez eu tenha dormido de menos... bem, como eu falava...
A fala de Cristina é interrompida e ela se segura na parede, se sentindo tonta.
-O que tá acontecendo, Cristina? - preocupa-se Gustavo.
-Teto preto, teto preto... - fala Cristina.
Gustavo percebe que ela vai desmaiar e a segura. Flavinho dá suporte.
-Tenta reanimar ela, Flavinho... - ordena Gustavo.
Cristina desperta com os leves tapas de Flavinho.
-Acho que tive uma baixa de pressão... - fala Cristina.
-Acho que você tem que parar de bancar a durona e fazer exames, isso sim... - fala Flavinho.
-Concordo com o Flavinho. Mesmo que não seja nada, você como médica, precisa dar o exemplo... - complementa Gustavo.
CORTA A CENA.
CENA 6: Sérgio surpreende Nicole ao visitá-la sem avisar antes e trazer Mônica junto.
-Não esperava que você viesse... e você, é amiga do Sérgio? - questiona Nicole.
-Prazer... sou a Mônica. Você é a Nicole, certo? - fala Mônica.
-Sou sim. O prazer é meu. Entrem, por favor. - convida Nicole.
-Bem... eu trouxe a Mônica pra você conhecer porque queria comunicar diretamente pra você que eu e ela começamos a namorar... - fala Sérgio, receoso.
Nicole se alegra com notícia.
-Ai, que coisa boa! Até que enfim! Cê tava mesmo precisando de alguém que tivesse mais a ver com você! - vibra Nicole, abraçando Mônica.
Sérgio fica surpreso.
-Eu pensei que você fosse ter outra reação... - fala Sérgio.
-Em outro tempo eu teria. Mas a gente se separou na hora certa, seu bobo. Nós dois percebemos que não tinha como a gente ser feliz juntos... tá tudo certo. - fala Nicole.
-Adorei você, Nicole! Gostei muito do seu astral. É de pessoas assim que o mundo precisa! - observa Mônica.
-Mas me fala você, Nicole... não se interessou por ninguém ainda? - pergunta Sérgio.
-Ah, tive um rolinho passageiro aí... não durou nem dois dias... não ando pensando muito nisso, pra ser bem sincera... - fala Nicole.
-Né não? Desculpa me meter, mas quer coisa melhor que a mulher se libertar depois de tantos anos presa numa convenção? - fala Mônica.
-É isso mesmo? Vocês duas se juntando contra mim em complô? - brinca Sérgio.
Os três seguem conversando animadamente. CORTA A CENA.
CENA 7: Carla procura Érico.
-Mano... tá muito ocupado?
-Nada que não possa esperar um pouco.
-Eu queria conversar um pouco com você... tentar desfazer algumas coisas...
-Não tem nada pra ser desfeito, mana... tá tudo certo.
-Pra você sim, mas pra mim não... eu fui muito injusta com você. Muitas vezes... e queria te pedir desculpa por isso.
-Carla... não precisa de nada disso... de verdade. Você não me deve desculpas. De verdade.
-Precisa pra eu ficar tranquila. Pra eu me redimir de certa forma.
-Redenção pra que? Tá tudo certo.
-Érico... eu te destratei demais... coloquei você pra baixo incontáveis vezes. Minhas palavras foram armas pra você... e você não merecia nada disso.
-Eu não guardei nada disso comigo. Claro, não me senti bem... mas escolhi não carregar isso comigo.
-Você é grande, meu irmão... maior do que pode imaginar. Eu te agradeço por ter essa visão sobre as coisas. E quero que você saiba que eu ando fazendo meu melhor pra melhorar... ser alguém que respeita na prática. Se você se sentir desrespeitado por mim, não pense duas vezes antes de me falar isso, viu? Sem medo.
-Te amo, Carla... sabia disso?
-Eu que te amo, fedelho.
Os dois se abraçam. Margarida ouve a tudo, emocionada.
CORTA A CENA.
CENA 8: Patrícia e Daniella almoçam juntas e conversam. Patrícia faz perguntas.
-Dani... eu tava pensando aqui num trem...
-Pode falar.
-Cê disse que é feminista, né?
-E sou...
-É por isso que ocê não desistiu de mim?
-Também... mas não só por isso. Te interessa saber mais sobre o feminismo, Pati?
-Eu não sei. Quer dizer, eu não sei nada de importante sobre o feminismo.
-Nadica de nada? Nunca ouviu nada sobre? Leituras?
-Só ouvi falar. Homens falando mal do feminismo, sabe? Acabou que eu fiquei com medo de ser feminista e nunca quis saber de nada.
-Sabia que isso é mais comum do que você pensa, né?
-É?
-Pati, você não faz ideia do quanto várias mulheres se afastam do feminismo por causa dessas noções erradas. Pior ainda: brigam entre si, criam um ambiente de disputa e competitividade que é consequência do machismo.
-Do machismo?
-Claro! Cê acha certo as mulheres brigarem disputando macho?
-Ah, mas tem umas pilantras aí que...
-Tá vendo? Você ainda separa as mulheres... as certinhas das vagabundas. Isso é consequência do machismo...
A conversa segue. CORTA A CENA.
CENA 9: Elisabete recebe mais uma chamada em vídeo de Fábio.
-Querido! Como vão as coisas aí em Londres?
-Vão indo...
-Tem saído bastante?
-Na verdade, não... tenho assistido muitos filmes, ido a restaurantes, essas coisas. Mas não é com tanta frequência.
-Nossa, Fábio... cê precisa aprender a aproveitar melhor esse tempo que você deu a si mesmo... onde já se viu? Vai pra outro país e mal aproveita...
-Tá... prometo que vou tentar fazer mais coisas aqui...
-Acho bem bom, viu? Onde já se viu jogar dinheiro fora desse jeito?
-Bem taurina, você... como vão as coisas por aí?
-O mesmo de sempre... Maurício fazendo as coisas dele, sempre discreto, eu aqui, dando meu jeito de sempre...
-E a Cristina?
A conversa segue. CORTA A CENA.
CENA 10: Já em casa, Cristina revira, em seu quarto, sua bolsa. Dela, retira um exame de farmácia.
-Melhor acabar de uma vez por todas com essa dúvida... coragem, Cristina. Coragem! - fala consigo mesma.
Cristina vai ao banheiro e lê as instruções.
-Certo... então eu tenho de esperar dois minutos pra verificar o resultado final...
Cristina prossegue fazendo tudo conforme instruído e novamente lê a bula.
-Então... dois pauzinhos significa gravidez... eu tenho que torcer pra dar um pauzinho só...
Cristina fica apreensiva.
-E esse tempo que não passa nunca? Nunca na vida pensei que dois minutos demorariam tanto pra passar...
Cristina teme estar grávida. FIM DO CAPÍTULO 61.
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