CENA 1: Daniela segue assustada com encontro repentino com Patrícia.
-É isso mesmo que eu entendi, claro... cê tava me seguindo! O Gustavo tinha razão sobre você... como eu fui burra!
-Não é nada disso, Daniella... você não viu que eu tava correndo também? Você esbarrou em mim porque eu parei de repente pra amarrar meu tênis...
-Engraçado, Patrícia... hoje foi a segunda vez que eu senti que tava sendo observada. Mal tive essa impressão e quase tomo um tombo por sua causa. Se isso não for no mínimo estranho e intrigante, não sei de mais nada.
-Eu juro que não tava te seguindo, sério.
-Sei. Digamos que você esteja falando a verdade... por que ficou com essa cara de quem viu assombração, então?
-Quem sabe porque você me deu um encontrão, Daniella? Cai na real, garota...
-Tá... eu acho que te devo um pedido de desculpas...
-Ocê acha? Eu tenho certeza...
-Tá... já entendi que pisei na bola contigo. E quase passo por cima de você.
As duas riem.
-A gente pode correr juntas... assim eu te desculpo por essa cena bizarra que acabou de acontecer.
-Tá certo, Patrícia. Desculpa mesmo por tudo, você sabe que eu gosto de você. Só quero saber se você tem pico de correr treze quilômetros e conversando ao mesmo tempo, porque isso não é pra qualquer uma, meu bem!
As duas começam a correr parelhas.
-Pois ocê tá é me achando fraca, Daniella. Antes de você sonhar em pisar nesse calçadão pra se exercitar, eu já fazia isso em BH.
-Ah, tá. Falou a idosa barroca rococó, né! Você tem quase a minha idade, Patrícia...
-Vish, tá bem enganada, Dani... já vou fazer vinte e sete, acredita?
-Morta! Quando é seu aniversário?
-Oito de março. Sim, mulher... vinte e sete anos nesse corpo.
-E eu me achando super velha com vinte e dois... socorro, me passa um pouco essa fórmula de juventude.
-Deixa de ser besta, Daniella. Com essa sua pele e esses seus hábitos você chega aos vinte e sete melhor que eu.
-Digamos que a genética da minha família seja algo de maravilhosa, mesmo. Minha irmã tá na beira dos trinta e parece ter a minha idade agora.
-Tou falando... eu sei das coisas. Mas, mudando de assunto... e o Gustavo, como anda?
-Tá bem... sempre cheio de ocupação com o trabalho, né. Vira e mexe ele fica matutando horas a fio novas ideias pra distrair as crianças em tratamento na clínica da minha irmã...
-Quem diria... quando ele era meu namorado, ele morria de preguiça de trabalhar no call center...
-Ah, as pessoas mudam.
-Ele saía todo dia pro trabalho de cara amarrada. Dizia que só aguentava aquele subemprego pra poder pagar a faculdade...
-E tá certo ele, ué. Mas a gente podia falar de outra coisa, não?
-Até podia, mas acho louco esse trem dele detestar trabalho quando era meu namorado e de ter se encontrado tanto na clínica da sua irmã...
Daniella começa a ficar desconfortável, mas procura disfarçar.
-Ahm, então... de repente é porque ele sempre quis trabalhar com isso, com o que ele realmente ama fazer. Senão ele nem teria feito a faculdade que fez, não é?
-Ah, isso é bem verdade. Mas sempre achei essa conversa toda dele meio papo furado...
-Você não acreditava nele?
-Não, Dani... não é bem isso. Eu achava que ele dizia da boca pra fora muita coisa. Tanto que levei anos pra entender que ele não tinha terminado comigo da boca pra fora.
-Bem... que tal a gente parar pra tomar um suco ou uma água de coco? Tou morta de sede!
CORTA A CENA.
CENA 2: Ao final da tarde, Idina ajuda José a acomodar Miguel, que adormeceu.
-Nossa, Idina... esse meu filho deu um cansaço sensacional na gente hoje...
-E quem caiu de sono foi ele...
-Pudera, desde que acordou não parou de gastar energia.
-Valeu a pena. Nunca na vida eu pensei que eu ia me divertir tanto com uma criança no meu dia de folga...
-Nossa, eu nem sei como te agradecer. Você não tinha a mínima obrigação de participar de tudo isso.
-Ei, José... para de se defender sempre, tá? Eu sei que você tem uma série de questões pra resolver aí dentro de você mesmo, mas isso não significa que as pessoas tenham que te virar as costas. Eu jamais viraria as costas pra você.
-O que eu sou pra você, Idina? Desculpa perguntar, mas esse dia... tudo isso... me deixou curioso. Não precisa responder, se não quiser.
-Primeiro que você não precisa se desculpar o tempo todo. Em segundo lugar, nada me impede de responder qualquer pergunta que você me faça. Eu vou dizer o que você é pra mim...
-Ai, meu Deus... espero que você pegue leve.
-Não tou dizendo? Você se defende até quando não precisa. Seu filho tem razão.
-O Miguel? Não dá ouvido pras besteiras que ele diz naquela curiosidade geminiana toda, não...
-Mas eu tou me apaixonando por você, José. Não era algo que tava nos meus planos, durante uma vida eu sempre idealizei que o homem certo pra mim ia ser negro como eu, pra valorizar o amor preto, essas coisas... mas eu te conheci no seu momento mais frágil. Sua sinceridade me comoveu desde o começo. Acho que eu não quis ver, mas desde o primeiro momento eu te amei.
José fica completamente surpreso pelas palavras de Idina.
-Eu... nunca pensei que ia ouvir essas coisas de uma mulher altiva, independente e empoderada como você... parece um sonho.
-Mas não é. Não sei nem como que tudo isso aconteceu, mas o fato é que eu te amo. Não é uma simples paixão.
-Idina... o que eu sinto por você é exatamente a mesma coisa. Claro, não vou mentir, evidente que há paixão. Mas acima de tudo o que nasceu dentro de mim, por você, é um amor. Um amor amigo, um amor parceiro. Você desde o primeiro dia não desistiu de mim. Qualquer uma desistiria. Maria Susana desistiu.
-Sua ex não desistiu de você. Escolheiu transformar o que ainda existia de bom entre vocês. Há muitas formas de se não desistir de alguém, meu querido. E eu não desisti porque sei que você tem potencial e talento pra muita coisa nessa vida. Falta ainda ver tudo isso e confiar.
-Você quer namorar comigo?
-E você ainda me pergunta? Você sabe a resposta. Claro que eu aceito. Você, com todos os seus defeitos e imperfeições, é quem eu sempre procurei pra amar nessa vida...
Os dois selam o namoro com um beijo. CORTA A CENA.
CENA 3: Valéria vê seu celular tocando e percebe que se trata de Daniella.
-Fala, cunhadinha!
-Incomodo ligando agora?
-Ai, claro que não! O que eu ia estar fazendo num domingo pela noite? Se tá precisando falar, sou todinha ouvidos.
-Ai, Valéria... eu preciso de alguém pra desabafar sobre as últimas coisas... e só me veio você na cabeça.
-Então vai em frente, Daniella...
-Eu encontrei com a Patrícia hoje mais cedo. A gente tava correndo no calçadão.
-Ai, meu Deus... já não gostei de saber disso.
-Você não gosta mesmo dela, né?
-Vai por mim, cunhadinha... eu tenho meus motivos. Gustavo tem mais motivos ainda.
-Mas é essa coisa toda, essa mania que vocês tem de falar as coisas pela metade que me deixa ainda mais confusa.
-Querida, se dependesse de mim, eu já tinha falado mais, mas eu sinto que não posso. Não sem a permissão do meu irmão.
-Eu tento entender esse jeito de vocês... parecem ter medo da Patrícia. Eu gosto dela, sabe? Ok, foi meio bizarro o jeito que eu conheci ela, mas eu sei que ela tem coisa boa ali dentro, independente do que tenha acontecido lá atrás...
-Eu adoraria ter essa sua visão esperançosa e otimista em relação às pessoas. Só que quando a gente fala da Patrícia, a gente tá falando de uma pessoa que talvez nunca mude.
-Ela tem família?
-Não. Acho que é por isso que ela ficou tão próxima da gente. Só que nada justifica as coisas que ela aprontou e ainda apronta.
-Ainda?
-Menina, não posso entrar em maiores detalhes, mas basicamente ela fechou o cerco mais de uma vez pra cima do meu irmão. A sério.
-Isso que você tá dizendo pode ser grave...
-Pode ser? É grave, Dani... vai por mim. A Patrícia não é confiável.
-Mas e se ela só estiver precisando saber que não tá sozinha na vida? Que tem amigos que se importam?
-Ela não é amiga nem dela mesma, como haveria de ser amiga de qualquer pessoa? Se liga, Dani... ela ainda vai te passar a perna. É uma questão de tempo.
-Pois eu prefiro pagar pra ver. Ela pode melhorar. As pessoas podem mudar.
-Ocê pode acabar pagando caro, cunhadinha... depois não diz que não avisei.
-Vou me cuidar. Eu prometo.
-É bom que se cuide. Essa daí não dá ponto sem nó... querida, eu preciso desligar, tou morta de fome. Fica tranquila, mas não baixa a guarda, tá?
-Tudo bem... beijo, Valéria.
CORTA A CENA.
CENA 4: No dia seguinte, Giovanna orienta Hugo enquanto os dois estão na sala da agência.
-Você parece estar meio perdido com essa coisa toda do casamento com a Cristina.
-Meio perdido? Eu tou ficando é apavorado. Tá tão perto e eu nem realizei isso...
-É, meu querido... agora não tem mais volta. Tá feio o carreto... você vai se casar com a Cristina e tudo vai sair como planejado.
-Como você planejou, você quer dizer.
-Ah, deixa disso, bobo... isso é apenas um mero detalhe. Coisinha boba...
-É o maior dos detalhes, não é nada bobo.
-Mas você continua sem saber o que fazer, não é?
-É...
-Então me escuta com atenção, pode ser?
-Tem outro jeito? Você só vai parar depois que disser tudo o que quer...
-Você provavelmente tá apavorado em como proceder depois do casamento. Simples, meu querido: tudo fica exatamente como está.
-Mas o que? Não entendi isso nem um pouco...
-Simples. Você acha que ela vai ser daquelas esposas chatas e pegajosas? Bobo... você sabe que não. Eu escolhi a Cristina a dedo. Sabia que ela ia servir aos meus planos tranquilamente, sem questionar, nem mesmo desconfiar. Caiu como uma pata. Se acha tão esperta, mas não vê que quem você ama sou eu.
-E quem foi que te disse que eu te amo, Giovanna? A gente se entende na cama. Inclusive foi isso que você mesma sempre afirmou. Eu não te amo.
-Mas também não ama a Cristina. Entendeu agora porque ela não representa nenhuma ameaça pro nosso caso? Não existe nada além da amizade e da conveniência juntando vocês... e por meu intermédio.
-Giovanna, dá um tempo. Chega desse papo. Eu tou farto de você sempre decidindo tudo por mim, decidindo a minha vida por mim. Todo mundo parece saber o que é melhor pra mim, menos eu. Dá um tempo, sério. Fecha essa boca, me deixa na minha.
-Mas, Hugo... bem, eu não quero brigar. Você que sabe, seu ingrato.
Giovanna deixa a sala e Hugo fica pensativo. CORTA A CENA.
CENA 5: Mônica chega à Natural High e Ricardo se empolga ao vê-la chegar na agência.
-Quanto tempo, Mônica! Nem sabia que você tava de volta.
-Tá mal informado você, Ricardo. Faz tempo que tou de volta. Nunca fico mais de dois meses fora do Brasil, sempre é a trabalho e você sabe muito bem disso.
-Certo. Presumo que você tenha vindo aqui a trabalho, então.
-E eu viria a passeio, cara? Francamente. Você me conhece muito bem. Mais do que eu gostaria, inclusive.
-Não era o que você me dizia quando...
-Nem continua, Ricardo. Isso é passado. Não tem motivo pra remoer nada disso. Eu quero saber se o Hugo tá disponível para fazer as fotos das modelos que vieram comigo. Preciso que o book delas esteja pronto até o final da semana.
-Pergunte para ele, ué. Não sou pombo correio.
-Mas é subordinado dele. Deveria ter a resposta na ponta da língua.
-Não precisava ser tão grosseira.
-Grosseira, eu? Você que vem com uma conversa mole quando eu só vim a trabalho e eu tenho que fazer a fina? Me poupe, se poupe, nos poupe.
-Eu só pensei que a gente podia conversar um pouco, como antes... a gente era amigo.
-Nunca fomos amigos. Se você pensou isso, é uma responsabilidade que não é minha. Agora, você me dê licença que, se nossas conversas não forem estritamente profissionais, elas nem tem razão de ser.
-Você já foi mais doce...
-E você já foi menos inconveniente. Avise ao Hugo que eu quero ele fotografando minhas modelos em meia hora.
-Tá certo...
CORTA A CENA.
CENA 6: Gustavo e Flavinho almoçam juntos no horário de intervalo.
-Gente, eu tava com uma fome tão absurda que só pensava na hora que ia devorar esse quiche de espinafre maravilhoso!
-Eu nem sabia que ocê gostava tanto de quiche de espinafre. É meu prato preferido, lembra o que a minha avó fazia pra mim e pra Valéria.
-Morto que eu nunca soube disso! Acredita que a Valéria torcia o nariz toda vez que o Leo fazia quiche?
-Normal. Ela se faz de durona, mas às vezes acaba fugindo das coisas que fazem lembrar da vida que a gente tinha antes da nossa avó ir embora desse mundo...
-Nunca pensei... achei que isso era bem resolvido com ela.
-E é. Só que a gente tem as nossas fugas, né... acho até normal isso.
-Eu nunca pensei que a gente tivesse o mesmo prato preferido.
-Nada demais, Flavinho. Não tem nada de sobrenatural nisso. Espantado eu ficaria se descobrisse que você conhece Jorge Guilherme e ainda ouve o som dele.
-Não brinca... é sério, isso?
-O que? Não vai me dizer que...
-Gustavo, cê tá me deixando quase assustado. Eu adoro Jorge Guilherme. Já ouviu “A Canção Mais Perfeita Para as Horas Mais Incertas”? É a minha preferida dele...
-Flavinho, quem tá de queixo caído sou eu, rapaz! É a minha preferida dele, acredita? Nunca na vida pensei que ocê gostasse de rock...
-Ah tá, vai dizer que pensou que eu sou fã das divas pop só porque...
-Não, nada disso, bobo. Só nunca tinha parado pra pensar nisso.
-Tou passado com isso, menino! Como é que a gente se conhece há tanto tempo e não sabia dessas coisas?
Os dois seguem conversando, empolgados. CORTA A CENA.
CENA 7: Cristina está envolvida em seu trabalho quando o telefone de sua sala toca.
-Clínica Raio de Luz, Cristina, boa tarde.
-Oi, Cristina.
-Fábio? Como é que você?
-Fácil, boba. Em qualquer busca na internet a gente encontra os telefones de contato da sua clínica...
-Você não devia ter ligado...
-Mas você gostou de ouvir minha voz, não gostou?
-Gostei. Mas não deveria gostar.
-Deixa de ser infantil, meu amor... eu senti saudade.
-Não é infantilidade, Fábio... só que eu pensei que a gente já tinha resolvido tudo quando escolheu o caminho a seguir. Pensei que o adeus entre a gente fosse realmente adeus.
-Isso é duro de ouvir. Você não sente nem um pouco de saudade?
-Sinto muita saudade. Todos os dias, a todo momento. Mas finjo que não sinto... é melhor assim.
-A gente podia se encontrar hoje à noite...
-Nem pensar. A gente nunca mais pode se ver. Nem deveria falar com você. Preciso trabalhar. Até nunca mais, Fábio.
Cristina desliga, abalada. CORTA A CENA.
CENA 8: José encontra Maria Susana para entregar Miguel, após buscá-lo na escola.
-Tá entregue o nosso menino...
-Do jeito que ele subiu cansado da aula, imagino que ele tenha se divertido um bocado...
-Você nem faz ideia do quanto, Maria Susana. Aliás... tenho uma novidade pra te contar.
-Vish, ele andou aprendendo alguma coisa nova? Ninguém segura esse menino...
-Não... é sobre mim, sobre mim e sobre a Idina.
-Não brinca! Então quer dizer que eu realmente tava certa!
-Oi?
-Vocês estão namorando, não estão?
-Sim, mas... era tão óbvio?
-Vocês que demoraram pra ver, bobo... sempre foi mais que uma amizade. Fico supresa por vocês terem percebido isso logo. Achei que ia levar mais tempo... mas não vou mentir, fico muito feliz por essa chance que a vida tá te dando de ser uma pessoa melhor. E ninguém melhor que ela pra te ensinar a nunca ser racista.
-Tou besta com essa sua reação... nem sabia por onde começar a dizer...
-Relaxa, bobo. A gente é amigo... logo eu vou encontrar alguém. Ou não, tanto faz. O que importa é a gente ser feliz como pode... dá cá um abraço logo que eu sei que cê tá doido pra isso...
José abraça Maria Susana, agradecido. CORTA A CENA.
CENA 9: Leopoldo vê Flavinho chegar em casa e preparar algo para comer na cozinha, decidindo ir conversar com ele.
-Boa noite, Flavinho. Chegou bem do trabalho? Acho que precisamos conversar.
-Olha, que surpresa! Agora me chamando pelo apelido e se preocupando comigo? Deve estar com febre... já sei. Descobriu que tem pouco tempo de vida e tá querendo apressar a passagem pro céu, não é?
-Eu só queria te pedir desculpas por tudo. Por tudo o que fiz você, meu filho e todo mundo passar.
-Meio tarde pra pedir desculpas por qualquer coisa, né? Por sua causa o Leonardo caiu fora daqui e se tornou prisioneiro das mentiras que você inventou, da maneira que você manipulou todo mundo, durante anos. Pedir desculpas não vai trazer ele de volta à vida.
-Você pensa que não dói em mim tanto quanto em você?
-Pode até doer. Mas tenho certeza que não é a mesma dor. Eu não carrego dentro de mim culpa por nada. Já você... não se pode dizer o mesmo, não é? Agora vê se me dá licença que eu vou pro meu quarto, que era do seu filho e meu namorado, porque eu quero fazer uma bela refeição, tomar um banho e dormir. Até amanhã, seu Leopoldo...
-Mas...
-Não insiste. A gente não tem o que conversar.
CORTA A CENA.
CENA 10: Ao estacionar sua moto para abrir o portão de seu prédio, Gustavo é surpreendido por Patrícia.
-Que susto, garota! Já sei que você sempre descobre onde moro, mas quer sair da minha frente?
-Não vou sair.
-Garota, não me provoca.
-A gente precisa ter uma conversa definitiva pra acertar as contas.
Gustavo fica tenso. FIM DO CAPÍTULO 43.
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