quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

CAPÍTULO 52

CENA 1: Cristina cobra explicações de Hugo, mas procura manter uma postura que não o intimide.
-Hugo... eu não tou aqui pra te apontar o dedo. Eu pisei duas vezes na bola com você. Não tenho moral pra te julgar. Mas é direito meu saber dessa história. A Giovanna me afirmou com todas as letras que tem um caso com você há doze anos.
Hugo respira fundo antes de falar.
-É verdade. A Giovanna me conheceu quando eu tava saindo da adolescência. Eu mal tinha completado dezoito anos...
-Continua, Hugo... eu preciso saber de tudo.
-A gente sentiu uma paixão irresistível um pelo outro. No começo eu pensei que ela quisesse um relacionamento sério comigo... afinal ela já tinha vinte e sete anos, não era mais uma garotinha. Foi ali que eu entendi o negócio dela... pensei que tinha entendido, na verdade: ela disse que não nasceu pra casar, constituir família, essas coisas. Sempre disse que essas coisas estragam a magia de qualquer relação. Que tudo se destrói quando se constrói a família e se compartilha a rotina. Viramos sócios. Ela me estimulava a buscar cada vez mais investimentos na Natural High, até ela se tornar o que se tornou. Ela me fez acreditar que aquele sonho era meu... mas hoje percebo que era o sonho dela. Bem, mas isso nem cabe dizer aqui...
-Continua, Hugo... eu preciso entender porque ela fez tudo isso com a gente.
-Simples, Cristina: na cabeça dela, se eu tivesse uma namorada, uma noiva ou uma esposa, as coisas esquentariam. Não cairiam na rotina. Ela não teria que acordar todos os dias ao meu lado e aturar meu bafo matinal, nem cuidar de mim quando eu ficasse doente, por exemplo. Ela sempre disse que preferia deixar o bagaço da laranja com as oficiais, enquanto ela comia a fruta fresca.
-Gente... que mulher é essa? Você, falando desse jeito, parece que tá falando de um personagem maniqueísta dessas ficções melodramáticas com vilões malucos... não fosse pelo detalhe que eu vi o descontrole dela diante de mim. Hugo, se você tivesse testemunhado o ódio que flamejava do olhar dela, quando ela me procurou no apartamento do Gustavo, teria ficado no mínimo perplexo... não cheguei a me assustar, mas cheguei bem perto disso.
-E você tá com raiva de mim, Cris?
-Deveria. Mas não estou. Você foi vítima da Giovanna. Eu fui vítima dela. Ela não manipulou só a mim... te manipulou e te manipula de muito antes... será que você não percebe?
-Durante anos eu não percebi. Acho que não quis enxergar. Mas hoje eu percebo e quero resgatar quem eu sou. Porque no final de tudo isso, eu me perdi de mim mesmo...
-Ah, meu amigo... eu sinto tanto por você... de verdade! No final das contas, a melhor coisa que poderia ter acontecido foi esse nosso casamento nunca acontecer. Mas saiba que eu sempre vou levar você no meu coração. Você é um amigo importante e querido na minha vida e espero que depois que a poeira baixar, sigamos assim...
-No que depender de mim, vai ser sempre assim. Apesar de tudo, eu gosto muito de você... acho que é pelas nossas famílias, sei lá... bem, quanto à Giovanna... eu preciso conversar seriamente com ela.
-Você não me deve esse tipo de satisfação, Hugo... mesmo.
-De qualquer forma, meu caso com a Giovanna já acabou.
-E ela sabe disso? Porque do jeito que ela me tomou ontem...
-Ela sabe, no fundo. Só não confirmei. Ela não teria chegado nesse nível de desespero se não sentisse que o fim tá aí...
-Isso é bem verdade. Mas, pera... se você não tá mais comigo e não quer mais o caso com a Giovanna, isso quer dizer que...
-Que eu cansei de viver sob o domínio dela.
-Engraçado. Seus olhos dizem outra coisa. Fico com a impressão de que você se apaixonou por outra. Sentiu amor de verdade.
-Cristina... não é hora nem lugar pra falar nisso. Espero que você entenda. Na verdade, sem querer ser indelicado, eu tou exausto e preciso descansar...
-Eu imagino, Hugo. Amigos, então?
-Sempre...
Os dois se abraçam. CORTA A CENA.

CENA 2: Na manhã do dia seguinte, Bernadete se anima ao ver Valéria bem disposta.
-Que coisa boa te ver assim, Valéria...
-Desculpa, Bernadete, mas... assim como?
-Cheia de apetite, bem disposta, corada...
-Mas eu ando cheia de apetite desde que a gravidez começou a ficar mais sentida aqui...
-Você tá diferente hoje, querida...
-Diferente, eu? Só se foi porque eu engordei, sinceramente...
-Não, querida. Seu brilho. Sua aura... tem algo diferente em você.
-Uai, deve ser porque tou grávida, não? O meu humor anda variando um monte... de repente é isso.
-Não, Valéria...
-Ai, Bernadete... me desculpa, mas esse papo tá me deixando meio confusa.
-Não foi minha intenção, querida...
-Tá tudo bem...
-É que você tá especialmente bonita hoje. Com uma luz especial, um ânimo que eu não vi em você nos últimos dias.
-Deve ser porque dormi bem.
-Sim, isso influencia. Mas você parece estar feliz.
-E por que não haveria de estar? Minha gravidez vai maravilhosamente bem, eu tive a sorte de ser acolhida por vocês, que são maravilhosos... tenho todos os motivos do mundo pra me sentir feliz, Bernadete... e motivos de sobra pra ser grata pela sua generosidade, também.
-Eu fico com o coração repleto de alegria por poder fazer algo por você. Não deve ter sido fácil perder o nosso Leonardo naquele acidente horrível. Você teve muita sorte de escapar quase ilesa.
-Nem me fala... todos os dias eu lembro de agradecer a Deus e a todos os amigos espirituais que estão por perto por terem decidido que aquela não era a minha hora...
-Não adianta, querida... quando não é a nossa hora, pode cair um raio sobre nossas cabeças que sairemos vivos... mas me diz uma coisa, e a saudade do Leo? Ainda é muita?
-Que? Por que essa pergunta, agora?
-Eu sinto muita falta do meu filho... e sinto muito dele não estar aqui pra ver essa criança nascer e crescer.
-Eu sinto muita falta do Leo sim, Bernadete... mas ultimamente não tenho pensado muito nele. Acho que é pra não sofrer.
-Eu te entendo, Valéria... de certa forma você quer o melhor pro seu filho, não é?
-Exatamente.
-Eu sei, querida... eu sou mãe. E não tem um dia que eu não pense que poderia ter feito mais pelo Leonardo...
-Não pensa assim, Bernadete... você foi a melhor mãe que pode ser pra ele... e ele sabia disso...
Valéria afaga Bernadete, que chora. CORTA A CENA.
CENA 3: Leopoldo surpreende Hugo em seu quarto.
-Que susto, pai! Tava me arrumando aqui, distraído...
-Filho, a gente precisa conversar sério.
-Olha, se for pra me cobrar alguma atitude que eu deveria ter tido com a Cris, pode esquecer. Eu e ela nos acertamos.
-Duas coisas: eu ouvi a conversa de vocês ontem e já sei de tudo o que você tem com a Giovanna. Cedo ou tarde sua mãe vai ter de saber... e eu prefiro que seja por você.
-Nossa, pai... eu nem sei o que te dizer. Tou sentindo muita vergonha, de verdade...
-Eu posso imaginar. Mas se você sente vergonha, significa que sabe o tamanho da burrada que fez. Onde já se viu fazer uma coisa dessas, Hugo? Enganar todo mundo todo esse tempo!
-Mas pai... a Giovanna e eu sempre tivemos química. Eu quis assumir relacionamento lá atrás... quem não quis foi ela. Disse que não servia pra ser a titular, que nasceu pra ser a outra, a clandestina.
-E você aceitou um absurdo desses, filho? Francamente, nem sei o que te dizer. Mas não vou gastar meu latim com isso... só espero que você acabe tudo com a Giovanna.
-É essa a minha intenção, pode acreditar.
-Tem outra coisa que eu gostaria de te alertar.
-Do que?
-Você e Valéria.
-Nossa, pai... não viaja!
-Cê tá pensando que eu nasci ontem, Hugo? Eu vi o clima entre vocês. Se vocês ainda não estão ficando, é questão de tempo pra isso acontecer.
-Com base no que você afirma isso, pai?
-Nos olhares de vocês. Vocês se gostam. Isso não é problema. Mas procurem ser discretos, pombas! Ou então toda a farsa da paternidade do filho da Valéria corre o risco de ir água abaixo.
-Isso nunca foi um problema meu, pai. Sempre foi um problema seu. Foi você que sustentou e alimentou tudo isso por causa daquele mal entendido no hospital. As consequências são pra você lidar, não pra mim. Agora me dá licença, antes que eu me atrase.
CORTA A CENA.

CENA 4: Horas depois, Giovanna chega intempestivamente à sala da agência, enquanto Hugo está concentrado trabalhando.
-Que susto, Giovanna! Precisava bater a porta desse jeito?
-É pra você me ouvir.
-Esquece. Tou cheio de trabalho. A gente tem sim muito o que conversar. Mas não agora. Sossega o seu facho que vai ter que esperar.
-Eu não quero esperar.
-Problema seu. Me deixa trabalhar.
-Não deixo. Eu sou sua dona. Eu fiz você. Essa agência só existe por minha causa.
-Ai... sério, Giovanna. Hoje não. Tenho muito trabalho pendente pra resolver ainda hoje. Me deixa.
Giovanna perde a paciência e arranca o monitor do computador de Hugo, lançando-o ao chão.
-Não deixo coisa nenhuma! Você vai me ouvir e vai ser agora! Olha pra mim, desgraçado!
Hugo fica assustado com descontrole de Giovanna e se afasta. Giovanna vai atrás dele e ele, num impulso, acaba empurrando-a para longe.
-Se afasta de mim, Giovanna. Você tá completamente fora de si.
Giovanna avança novamente sobre Hugo e lhe dá um soco. Hugo a segura firmemente pelos braços.
-Fora daqui, Giovanna!
-Você não pode me demitir.
-Não tou demitindo. Vai pra sua casa, eu te libero por hoje. Você tá fora de si, dando chilique por nada. E eu não vou aturar nada disso. Sua sorte é que eu tenho um monitor reserva no armário, senão eu fazia você tirar do seu próprio bolso o prejuízo que causou aqui.
-Você não entende minha dor... não vê que a gente tá se perdendo.
-E a sua dor é maior que tudo no mundo? Olha aqui, eu não tou a fim de conversar. Vai pra sua casa. Não quero ver você aqui na agência hoje.
CORTA A CENA.

CENA 5: Mônica acompanha atentamente Alexandre e Geórgia enquanto eles seguem as instruções passadas para aprenderem a se portar em um evento de gala.
-Alexandre, recue dois passos. Geórgia, avance três passos. O que você precisa fazer agora, Alexandre? Você lembra? - estimula Mônica.
Alexandre sua frio e Geórgia percebe que Alexandre esqueceu das instruções passadas anteriormente. Mônica percebe tentativa de Geórgia ajudar Alexandre.
-Geórgia, é belo o seu gesto, mas não tente ajudar o Alexandre agora. Ele vai lembrar. Eu confio nisso. - afirma Mônica.
Bruno começa a rir e Mônica se impacienta.
-O que é tão engraçado, Bruno? Quer vir participar?
-Isso tá ridículo! O Alexandre é mesmo um gaúcho colono! Todo bronco, nunca vai conseguir se portar com o mínimo de finèsse sem ficar com essa cara de quem esqueceu do cérebro lá no interiorzão do Rio Grande do Sul! - debocha Bruno.
Geórgia se impacienta com Bruno.
-Bruno, eu gosto muito de você e você sabe disso. Mas eu não vou admitir esse tipo de atitude sua com o Alexandre e com ninguém, tá me ouvindo? Tá ridículo isso, cara! Pelo amor de Deus! Isso é puro despeito, inveja da mais descarada! Tá na cara que você se sente ameaçado por qualquer um aqui! Porra! - fala Geórgia.
Alexandre e Mônica seguram o riso.
-Arrasou, Geórgia! - vibra Mônica.
CORTA A CENA.

CENA 6: Ao anoitecer, Ricardo decide ir ao bar que fica ao lado da Natural High, após encerrar o expediente. Ao entrar no estabelecimento, é surpreendido pela presença de Giovanna ali. Ao se aproximar dela, percebe que Giovanna está alcoolizada.
-Nossa, Giovanna! Você tinha saído ainda de manhã da agência... passou o dia bebendo, foi?
-Passei, Ricardo. Eu fiz besteira. Minha vida é uma piada, uma farsa, uma ruína total. A única coisa que me restou pra hoje foi beber...
-Você quer desabafar comigo? Eu juro que não vou te julgar.
-Não sei se você ia passar sem me julgar.
-Confia em mim, Giovanna. Essa barra vai passar, seja o que for.
-Você não entenderia de qualquer forma... por mais que eu tentasse explicar.
-Não precisa entrar em detalhes que você não se sinta confortável pra falar. Eu sei como as pessoas tem inveja de você. Eu sei como a Glória pega no seu pé...
-Antes fosse só isso... claro que as insinuações da Glória me irritam, mas...
-Você não devia se irritar, Giovanna... principalmente se sabe que nada do que ela diz é verdade.
-Mesmo que fosse... isso não importa mais. Eu me sinto cansada. Sem esperança, sem rumo... eu olho pro que construí nessa vida e percebo que não fiz nada. Não tenho nada. Nem ninguém.
Giovanna começa a chorar e Ricardo a consola. CORTA A CENA.

CENA 7: No dia seguinte, Daniella chega à clínica e vai diretamente à sala de Cristina.
-Oi, mana... estranhei quando você ligou. Aconteceu alguma coisa desde que você chegou aqui hoje?
-Não, Dani... não aconteceu nada. Mas eu te chamei porque andei amadurecendo uma ideia e espero poder contar com você...
-Ai, Cris... quando você começa a conversa nesse tom eu chego a ficar toda arrepiada...
-Dani... eu tava pensando se você não podia me ajudar. Andei pensando bem e depois dessa função toda do casamento que não aconteceu com o Hugo...
-Já vi tudo. Cê tá precisando dar uma descansada pra reavaliar algumas coisas e quer que eu fique no seu lugar, não é?
-É... eu posso contar com você, mana?
-Claro que pode! Contanto que não seja por um mês, eu tou tranquila.
-Vai ser por alguns dias... dificilmente mais que uma ou duas semanas. Só o tempo necessário pra eu organizar meus próprios pensamentos diante de tudo...
-Ai, mana... vê lá. Da última vez eu fiquei praticamente dois meses por aqui. Você sabe o que isso significa pra mim, não sabe?
-Essa é a parte que mais me dói... saber que você precisa abrir mão temporariamente do teatro... mas não tenho a quem recorrer, senão a você.
-Eu sei disso. É por isso que nunca te deixo na mão. Mas, eventualmente, as coisas vão mudar. Um dia, minha carreira vai deslanchar... e eu não vou poder estar sempre presente, à disposição, por mais que eu queira. Quando esse dia chegar, você vai precisar ter alguém pra ocupar o seu lugar nos momentos que for preciso.
-Cheguei a pensar no pai... mas ele só quer saber de curtir a vida sem trabalhar mais.
-E tá certo ele. Bem, eu fico no seu lugar sem nenhum problema. A partir de quando?
-Amanhã mesmo, se você achar tranquilo.
-Perfeito. Assim eu ainda tenho tempo de avisar o pessoal que vou me ausentar por mais algum tempo.
-Obrigada, mana... de coração.
-Não precisa agradecer. Só volte ao trabalho melhor ainda, tá?
CORTA A CENA.

CENA 8: Ricardo percebe Giovanna triste na agência.
-Desculpa me meter, Giovanna... mas desde que você falou com o Hugo mais cedo cê tá com essa cara... ele te destratou?
-Não, Ricardo... ele não fez nada. Quem fez fui eu. Acho que andei pegando pesado em tudo, no trabalho, na vida... sei lá. Nem sei mais o que tou dizendo...
-Giovanna... eu quero poder fazer algo pra te ajudar.
-Você me ajudou muito ao me ouvir ontem... fica sossegado.
-Não sei se você lembra, mas eu tou de viagem marcada pra Finlândia...
-Acho que lembro... mas o que isso tem a ver com o que a gente tava falando?
-Eu vou daqui alguns dias. Vou passar dois meses por lá. E reparei que faz um tempão que você não tira férias, assim como eu. Por que você não vem comigo?
-Você tá me convidando a sério? Mas como eu conseguiria arranjar tudo tão rápido?
-Você ainda tem mais de uma semana. Eu posso agilizar algumas coisas, se você disser que tira férias comigo. Que tal?
-Nem sei como te agradecer... mas eu realmente não sei o que responder.
-Não pensa muito, Giovanna... você anda exausta de tanto pensar. Só aceita.
-Tá certo... eu aceito. Mas até a gente ir, nada de sair espalhando que eu tou indo pra Finlândia com você... cê sabe como o pessoal da agência é, principalente a Glória...
-Com a Glória eu me viro.
-Acho que ela nunca superou o fora que cê deu nela, hein...
-Cê acha? Eu tenho certeza...
Os dois seguem conversando. CORTA A CENA.

CENA 9: De noite, Fábio recebe uma ligação no seu celular e não reconhece o número.
-Ué... será que é engano? Não custa atender.
Fábio atende.
-Alô?
-Fábio... aqui é a Daniella, irmã da Cristina. Eu só tou ligando pra avisar que ela tá de volta em casa e que fiquei sabendo que você veio aqui porque meu pai me contou.
-Oi, Daniella... você acha que seria de bom tom eu ir aí?
-Que se dane a etiqueta. Eu sei que vocês precisam se ver. E se acontecer qualquer coisa, eu seguro as pontas. Eu e o pai seguramos... fica tranquilo. Você vem?
-Tá certo... eu vou. Em meia hora mais ou menos devo estar por aí.
-Se apresse. A Cris às vezes costuma dormir cedo.
-Tá bem...
CORTA A CENA.

CENA 10: Ao chegar na frente da casa dos pais de Cristina, Fábio se depara com Daniella.
-Você tá me esperando aqui fora desde que me ligou? Nossa...
-Não... faz uns dez minutos que vim. Pra garantir que vai dar tudo certo. Meus pais já foram dormir e eu precisava garantir que eles não iam ouvir a campainha tocar, entende?
-Entendi... o problema é a sua mãe, não é?
-Sim, por enquanto. Vem comigo que eu vou te levar pra falar com a Cristina. Ela sabe que você vem.
-Nossa... mas ela já sabia quando você ligou?
-Claro que não. Eu tive a ideia de te ligar e só depois avisar pra ela que cê tava vindo. Assim não dava tempo dela arranjar uma desculpa qualquer ou fugir da conversa que vocês precisam ter. Vem comigo, Fábio.
Fábio acompanha Daniella até o quarto de Cristina, que sorri ao ver Fábio, sem dizer nada.
-Tá, vai ficar me olhando sem dizer nada, Cristina? Acho que a gente precisa conversar, não? Eu sei que você não casou com o Hugo por minha causa. Eu sei que nosso amor é maior que tudo isso...
Cristina se surpreende com a objetividade de Fábio. FIM DO CAPÍTULO 52.

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