segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

CAPÍTULO 49

CENA 1: Daniella segue atônita com a revelação feita por Cristina.
-Tá... deixa ver se entendi... vocês transaram, óbvio... mais de uma vez, várias inclusive, quando ainda estavam juntos... não é isso, Cris?
-Também. Mas sabe aquela meia hora que eu sumi?
-Ai não, mana... não vai me dizer que...
-Foi mais forte que eu, Dani... procura entender!
-Entender eu entendo, mas não sei se isso se justifica.
-Me surpreende você com esse tipo de julgamento pra cima de mim, francamente. Não foi você que super adorou a ideia de uma despedida de solteira? Afinal de contas, se os homens sempre fizeram isso e ninguém condenou, não dá pra nós mulheres nos condenarmos dessa forma...
-Pera... acho que você não entendeu a gravidade da situação, mas eu vou esclarecer: mana, não se trata da questão da liberdade. Isso eu apoio. Se trata da mentira. Da enganação... sem perceber, você seguiu os conselhos absurdos da Giovanna...
-Mas eu nem te contei sobre tudo o que a gente...
-Precisava? A mãe me contou. E nem vem dizer que isso foi fofoca, vai...
-Que seja... o fato é que eu e o Fábio não resistimos... nos entregamos pela última vez.
-Engraçado... você diz que foi a última vez com a boca, mas os olhos dizem outra coisa.
-Independente da minha vontade, essa tinha de ser a última vez de qualquer forma.
-Mana, quando é que você vai entender que a gente nunca pode dizer nunca?
-Entender eu entendo, Daniella... aceitar é diferente. Não posso simplesmente largar tudo agora. Não tem volta. E tudo isso me inquieta demais... porque ao mesmo tempo que eu tive uma segunda chance maravilhosa, quando deixei de encarar de frente o destino de ficar cega, eu me pergunto em que espécie de espiral a minha vida se enfiou... em que tipo de corda bamba eu resolvi me equilibrar depois de tanta coisa...
-De repente, você nem tenha percebido... mas nossas necessidades inconscientes falam por nós. Bem ou mal, nos últimos tempos, você tem sido mais verdadeira consigo mesma.
-Você tem alguma noção das implicações que isso pode ter? De que adianta eu ser supostamente mais verdadeira comigo mesma e fazer tanta gente sofrer por conta das minhas atitudes?
-Eu te pergunto então: será que o Hugo, a mãe, o pai ou qualquer pessoa deixariam de fazer o que lhes convém pra não te machucar?
-Eu não sei... sinceramente eu nunca parei pra pensar nisso.
-Mas se importa demais com os outros. Mana, uma coisa é empatia. Outra coisa é apagar a si mesma e aos próprios desejos pra não desagradar ninguém nunca. No final das contas, a única que sai infeliz dessa coisa toda é você...
-Você fala como se fosse simples estar na minha pele... eu errei demais com o Hugo. Pisei na bola mais do que devia.
-E já assumiu a responsabilidade disso. Vai passar o resto da vida se culpando, além disso? Olha a carga que você resolveu tomar pra si... vai por mim, Cris... ainda dá tempo de você desistir dessa loucura do casamento.
-Tá doida? Bebeu inseticida? Cheirou açúcar de confeiteiro? O casamento é hoje, Daniella! Se tem uma coisa que é inevitável, é esse casamento. Não tem tempo de mais nada...
-Sempre vai haver tempo, mana...
-Ih... não gosto desse seu tom. O que você quer dizer?
-Simples: sempre vai ter tempo até o último segundo. Entenda como quiser.
-Do jeito que você insinua isso, parece que é a coisa mais simples do mundo chegar e dizer pra todo mundo: “ó, seu bando de trouxa, cês vão me desculpar por ter feito vocês se abalarem de suas casas, gastarem uma nota com aluguel de roupa, mas não vai mais ter casamento... sabe o que é, gente? Desisti. De novo!”. Mana, isso é impossível! Já me queimei uma vez...
-Você que sabe. Mas depois eu não quero saber de você me buzinando os ouvidos com os desabafos que eu sei que vão vir. Você vai se arrepender sim... mas vai se arrepender se acabar casando com o Hugo. Quer saber? Que se foda. Você que sabe.
Daniella deixa o quarto e Cristina fica pensativa. CORTA A CENA.

CENA 2: Mônica flagra Geórgia e Bruno conversando animadamente e demonstrando cada vez mais intimidade. Preocupada com Geórgia, Mônica toma a decisão de chamá-la.
-Geórgia, minha querida... cê pode vir uns cinco minutos comigo? Esqueci de te falar mais detalhadamente de algumas instruções a serem seguidas nos bastidores de um desfile...
Geórgia vai até Mônica.
-Fala, Mônica... o que ficou faltando?
-Na verdade, não ficou faltando nada. Mas fica fria e finge que tá ouvindo dicas minhas...
-Pra que isso? Você parece preocupada.
-Não pareço: estou.
-Com o que, exatamente?
-Essa sua proximidade com o Bruno. Acho que você deve ter alguma ideia do tipo de pessoa que ele é...
-Eu sei muito bem com quem eu tou lidando, Mônica...
-Será que sabe? Não é o que parece... baixando a guarda assim, tão rapidamente... até parece que tá rolando um clima, uma atração entre vocês. Assim, nada contra, não sou carrasca, apoio se meus pupilos se envolvem entre si... mas com o Bruno o caso é diferente, vai por mim. Toma cuidado, Geórgia...
-Eu tou prevenida, Mônica... mais do que você pensa. Posso ter pouca idade, mas já vi muita coisa nessa vida. O Bruno tem mais marra do que qualquer coisa...
-Mas ele já fez pupilo meu sair correndo daqui...
-Ele faz isso porque se sente pequeno. Qualquer um que pareça maior que ele, representa ameaça. Por fora ele tem esse orgulho de falar português sem sotaque, por dentro eu sinto que ele usa dessa pose de “fodão” pra se defender.
-Eu também penso coisa parecida, Geórgia... mas não é por isso que ele deixa de ser um risco pra você.
-Pra mim? Duvido. Ele sabe que eu vejo o lado bom dele. Que eu vejo o que ele pensa que esconde bem de todo mundo. O que existe entre nós é maior que essas defesas todas dele.
-Eu realmente espero que você tenha razão, querida... de verdade. Porque eu nunca vi o Bruno se envolver com ninguém nesses anos que ele tá aqui comigo.
-Justamente por isso que eu te digo, Mônica... se a minha amizade com ele evoluir pra outra coisa, não vai ser ruim. De repente é o que tá faltando pra ele ser menos idiota com os colegas daqui, você não acha?
-Torço muito pra que você esteja certa... de verdade.
-Todo mundo merece uma chance, Mônica... afinal de contas, se ele ainda tá aqui, é porque você também vê algo de bom nele. E eu sei que não é só o talento pra ser modelo...
-Certo... mas Geórgia... abre o olho. Não deixa o Bruno desviar o seu foco da sua carreira, tá me ouvindo?
-Ah, minha querida... quanto a isso, não se preocupe. Fora daqui, somos colegas, nos trabalhos. Minha mãe sempre disse que onde se ganha o pão, não se come a carne. Não levei ao pé da letra, mas fiz minhas adaptações... impus meus limites.
-E é bom que os tenha...
CORTA A CENA.

CENA 3: Giovanna percebe que Hugo está paralisado diante da tela de seu computador, em estado quase catatônico.
-Nossa. Hugo... em que esfera você foi parar? Tá olhando pra tela, mas acabou acertando no vazio...
-Na boa, Giovanna... eu nem sei dizer o que tou sentindo. E nem sei se quero.
-Posso imaginar. É dia do seu casamento. Daqui a pouco você sai daqui, vai pra sua casa, se arrumar, se preparar pro grande momento... isso realmente deve estar mexendo com suas emoções...
-Mais do que se pensa. Mas você se engana se pensa que eu vou dizer alguma coisa além disso...
-Longe de mim, Hugo... não quero te forçar a nada.
-Quem não te conhece que te compre...
-Ei... cê tá tenso... eu posso pelo menos fazer aquela massagem nos seus ombros que você tanto gosta? Prometo que não tento arrancar nada de você...
-Tá certo. Se você tá prometendo, tudo bem. Tou precisado da sua massagem, mesmo...
Giovanna começa a massagear Hugo.
-Isso, Giovanna... ai, que coisa maravilhosa... você sempre teve mãos de fada pra fazer essa massagem...
-Que bom que pelo menos isso se conserva...
-Isso e a nossa amizade, né...
-É, mas a gente tem mais coisas a conservar, como esse lance que a gente tem faz quase treze anos...
-Bem, isso daí a gente pensa mais pra frente. Já tem tanto tempo, né?
-Justamente por isso. Mas o agora é mais importante do que o amanhã...
-Eita...
-Fica quieto, senão você não sente a massagem. Sabe, eu andei pensando em tudo. Sobre como você deve agir diante desse casamento. Nesses primeiros dias, saca?
-Não sei se quero entender...
-Já disse pra ficar quieto, caramba... eu andei pensando numas coisas pra você fazer... nuns planos pra seguir... assim não dá erro. Você não me liga, não entra em contato comigo nem com ninguém da agência nesses dias que você for tirar de lua-de-mel com a Cristina... que é pra ela se sentir segura sobre você e ao mesmo tempo não veja a hora de voltar pro Rio... assim, quando vocês voltarem, você vai estar inteiro pra mim...
Hugo se impacienta com as palavras de Giovanna.
-Chega, Giovanna! Desencosta de mim! Sai de cima! Me deixa quieto, sai da porcaria dessa sala, anda!
-Mas o que foi isso? Revolta tardia? A sua adolescência acabou tem mais de dez anos...
-Meu erro não foi ter me revoltado antes. Chega de querer tudo do seu jeito, de me controlar sempre... fora daqui, Giovanna! No dia do meu casamento, você não apita nada!
Giovanna sai da sala, perplexa e furiosa, contendo sua raiva. CORTA A CENA.

CENA 4: Flavinho estranha não encontrar Valéria na sala vendo televisão quando chega mais cedo da clínica.
-Bernadete... cê viu a Valéria? Era pra ela estar aqui vendo TV com você, não?
-Ela subiu faz uns quinze minutos. Disse que não tava se sentindo muito bem... coisas da gravidez, você sabe...
-Eu vou lá ver como ela tá...
Flavinho sobe e se depara com Valéria chorando em seu quarto.
-Ai, amiga... nem sei o que te dizer. Me corta o coração te ver desse jeito. Eu não devia ter dado corda pra esse sentimento entre você e o Hugo...
-Deixa de besteira, Flavinho... com ou sem ocê dando corda, eu e o Hugo íamos nos apaixonar de qualquer jeito...
-Mas bem que eu podia não abrir minha boca...
-Esquece disso, amigo... já foi. Eu tou sofrendo por tudo... pelo rumo que as coisas tão levando...
-Nem me fala... ocê grávida aí, teve uma oportunidade de esquecer do crápula que é o pai do bebê e acabou se metendo nessa situação... nem uma novela teria sido tão dramática assim.... quer dizer... desculpa falar assim...
-Mas é verdade, Flavinho... esse envolvimento que eu e o Hugo tivemos foi um ponto completamente fora da curva. Nem podia ter acontecido. Só que as nossas histórias e nossas dores se juntaram... falaram a mesma língua. Aconteceu a ternura. Mas agora, o que nem começou precisa acabar.
-Vocês podiam pensar numa solução, não? Não pra agora... mas pra outro momento, outra oportunidade...
-Que oportunidade, Flavinho? Ele vai casar com a Cristina. Ela é uma boa pessoa. Apesar dele ter sido um babaca e ser amante da Giovanna, ele também é uma boa pessoa. A mim cabe só a amizade. Qualquer coisa além disso atentaria contra meu caráter, contra a minha ética. E eu prefiro que ele fique com a Cris... quem sabe assim ele se livre das garras daquela cascavel da Giovanna...
-Ô, minha amiga...
Flavinho abraça Valéria. CORTA A CENA.

CENA 5: Daniella apressa Gustavo para fechar a clínica.
-Anda, amor! A clínica precisa ser fechada de uma vez, daqui a pouco não dá nem tempo de você se arrumar pro casamento da sua chefe, pô...
-Estranho... ocê não parece feliz com o casamento da sua irmã...
-E não tou... tou é tensa. Amor, o que vou dizer agora precisa ficar entre nós...
-Fala, uai.
-Ela não tá nem um pouco preparada pra se casar com o Hugo... ela não ama ele o suficiente pra encarar essa barra...
-Me conta uma novidade, né... isso fica estampado na cara dela. Mas isso é tão grave assim?
-Tem mais coisa, Gustavo. Coisas que você nem imagina... quer saber? Vou falar: ela tem um grande amor e ele se chama Fábio... eles não resistiram à paixão e transaram no sábado, quando a gente foi pra despedida de solteira dela...
-Amor... isso que ocê tá me dizendo é muito significativo. O que a Cris tem na cabeça que ainda não desistiu dessa burrada de casamento?
-Talvez a situação seja irreversível... mas eu tenho um palpite que ela pode desistir até o último momento...
-O que cê tá tramando, Dani? Conheço essa sua cara...
Daniella começa a contar seu plano a Gustavo. CORTA A CENA.

CENA 6: Cristina aguarda, acompanhada de Nicole, à chegada da limusine que vai levá-la à igreja.
-Mãe... já falei que era pra você ter ido pra igreja com o pai...
-E deixar você esperando sozinha pela limusine, toda se tremendo desse jeito? Capaz de você ter uma crise de pânico, isso sim... depois eu pego um uber e tá tudo resolvido.
-Você que sabe... só que você precisa chegar antes de mim, por motivos óbvios.
-Vou conseguir... ó, filha: chegou a limusine. Agora entra aí e respira fundo, conta até cem, se tranquiliza... vai dar tudo certo...
Cristina entra na limusine e acena para Nicole, que se afasta. Cristina decide ligar para Daniella.
-Mana, tá podendo falar agora?
-Deu sorte. Acabei de chegar aqui com o Gustavo. Se me ligasse há um minuto, talvez eu não atendesse porque tava descendo da moto... e você, já tá na limusine?
-Acabei de entrar. Que aflição da porra, mana... nem te conto!
-Ainda dá tempo, Cris... e a mãe... onde tá agora?
-Acabou de pegar o uber. Deve chegar aí na igreja em uns cinco minutos ou um pouco mais.
-Excelente. Mana, qualquer coisa, dá um grito. Mesmo.
-Tá certo...
-Não pense duas vezes, tá me ouvindo?
-Tá, sua insistente. Eu sei que você tá alimentando aquela esperança...
-Ainda bem que você sabe, Cristina... trate de não decepcionar sua caçulinha, tá me ouvindo?
-Ai, ai... só você pra me fazer rir numa hora dessas. A gente se vê quando eu entrar na igreja. Beijo, mana...
CORTA A CENA.

CENA 7: Fábio tenta se concentrar na leitura e análise de papeis durante seu expediente, mas acaba lembrando de Cristina e se desconcentra.
-Deus... será possível que nada nesse mundo vai fazer eu parar de pensar na Cristina? Ela devia ter desistido desse casamento, mas não... o que eu faço com essa esperança que eu alimentei aqui dentro?
Fábio quase começa a chorar, mas contém o choro ao suspirar e lembrar que não quer ser incomodado.
-Se controla, cara... senão daqui a pouco vem colega fazendo fofoca e se metendo onde não deve...
Fábio relembra os momentos com Cristina, desde o dia em que a viu pela primeira vez.
-Eu não devia ter mentido logo de largada... acho que a vida tá me punindo por isso. No fundo, a Cris sente que eu menti, por mais que todo o resto seja verdade... eu não podia ter escondido a minha história com a Arlete... não podia ter feito isso com a Cris...
Fábio sofre. CORTA A CENA.

CENA 8: Cristina desce da limusine e Sérgio abre a porta da limusine, pegando Cristina pela mão. Sérgio percebe que a filha está se sentindo tensa.
-Nossa, filha... dá pra sentir a sua pulsação acelerada só de pegar na sua mão... tá tudo bem?
-Não tá nada bem, pai... eu tou a ponto de explodir... não sei mais o que fazer...
-Filha... eu te avisei... ainda dá tempo.
-Eu já cheguei até aqui, pai... não tem como voltar atrás. Preciso ter pelo menos a decência de seguir em frente com isso.
-Se quiser, eu fico com você aqui fora o tempo que for preciso, até você se acalmar.
-Eu tou mais calma, pai. Chega de enrolação. Quanto mais tempo isso tudo demorar, pior eu vou me sentir.
Cristina entrelaça seu braço no braço de Sérgio.
-Preparada, filha?
-Não tem outro jeito. Vamos, pai...
Sérgio e Cristina chegam à porta da igreja e se inicia a cerimônia de casamento. Cristina e Sérgio marcham lentamente ao som da marcha nupcial. Nicole percebe a expressão de desespero em Cristina e teme que Bernadete e Leopoldo percebam alguma coisa. CORTA A CENA.

CENA 9: Daniella chama Gustavo em um canto, durante a cerimônia.
-Amor, não dá pra ser depois da cerimônia?
-Não, sei tonto... esqueceu do que a gente falou mais cedo?
-Ah, sim...
-Presta atenção, Gustavo... nada tá perdido até aqui. Absolutamente nada.
-Tudo bem que a esperança é a última que morre, mas cê não acha que tá levando esse trem a sério demais?
-Vai por mim, amor... presta atenção na cara de desespero da Cris... ela quer sair correndo daqui. E você precisa estar preparado.
-Preparado como, Dani?
-Faz assim... sai discretamente da igreja. Sem ser visto. Você sabe como fazer isso, não sabe?
-Claro que sei.
-Perfeito. Você fica lá do lado de fora. Na sua moto. Alguma coisa me diz que a Cristina pode mudar de ideia até o último segundo. E eu preciso que você esteja a postos pra acudir a Cris...
CORTA A CENA.

CENA 10: Enquanto é conduzida ao altar pelo pai, Cristina relembra tudo o que viveu desde o transplante. Ao lembrar de Fábio, olha para Hugo. Hugo olha para Cristina com uma expressão enigmática de quem também não deseja estar ali. Cristina começa a repensar tudo e acaba lembrando dos momentos vividos ao lado de Fábio, terminando por chegar ao fim de semana anterior. Em sua mente, ecoam as palavras de Fábio.
“Aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar, Cris... o que eu sinto por você é a coisa mais real que existe em mim. E não vai morrer nunca. Tá me ouvindo?”
Cristina começa a chorar e de repente para de marchar. Sérgio estranha e se preocupa.
-O que foi, filha?
-Desculpa, pai. Não vai dar. Eu não consigo...
Todos encaram aflitos ao desenrolar da situação. Cristina toma coragem e começa a falar.
-Desculpa, gente... não vai dar. Esse casamento nunca ia dar certo. Desculpa, Hugo... eu te amo como um amigo...
Sérgio se orgulha da atitude da filha. Cristina se solta do braço do pai e sai correndo. Ao sair da igreja, Gustavo acena para Cristina, que sobe na garupa da sua moto. Antes que a alcancem, Gustavo arranca. FIM DO CAPÍTULO 49.

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