segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

CAPÍTULO 55

CENA 1: Gustavo instintivamente coloca um edredom sobre Patrícia e se aproxima de Daniella.
-Dani... eu não sei como essa maluca entrou aqui... - justifica Gustavo.
Daniella se afasta de Gustavo.
-Não encosta em mim. Não toca em mim! A Patrícia tá machucada! Eu vi... - fala Daniella, perplexa e com medo de Gustavo.
Gustavo fica chocado diante de situação e percebe o que está acontecendo.
-Claro! Isso tudo... a sua amizade com a Dani... foi tudo de caso pensado, não foi, Patrícia? Você nunca aceitou que nós terminamos... - conclui Gustavo.
Patrícia, dissimulada, começa a chorar.
-Desculpa, gente... eu não quis que nada disso acontecesse! - fala Patrícia, fingindo estar fragilizada.
-Você não me deve desculpas, Patrícia. Você tá machucada, eu vejo os arranhões nos seus braços. Quem te deve desculpas é o Gustavo! - afirma Daniella.
-De jeito nenhum! Eu não fiz nada! Nem encostei nessa maluca! Aliás, como é que essa sujeita entrou aqui? Você não se perguntou isso em nenhum momento, Daniella? Para e pensa! Como ela conseguiu uma cópia das chaves se eu nunca emprestei chave nenhuma? - fala Gustavo.
-E quem me garante que não foi você mesmo, fazendo jogo duplo, se fingindo de amiguinho dela, que emprestou as chaves pra ela fazer a cópia? Porque pra coisa chegar a esse nível e incluir violência física... não é pouca bosta, Gustavo. Você foi desmascarado, só aceita isso! - grita Daniella.
-Não pode ser... essa sujeita mente, engana nós dois e ocê acredita nela? - indigna-se Gustavo.
-Quem é que tá mentindo e enganando aqui, Gustavo? Pelo amor de Deus! Eu ouvi os gritos! Eu vi tudo isso! Chega de mentir, cara! Seja homem! - insiste Daniella.
-Eu sou homem. E eu não agredi a Patrícia. - insiste Gustavo.
-Desculpa, gente. Eu devolvo a cópia da chave. Não queria causar uma briga entre vocês... - fala Patrícia, se fazendo de vítima.
-Não devolve nada, Patrícia. Se ela te foi dada, fica. Você não devolve nada. Quem devolve alguma coisa aqui, sou eu. Toma esse anel que você comprou pra mim, Gustavo. Ele é todo seu. Esse é o nosso fim. E nem ouse chegar perto de mim ou encostar em mim porque eu não quero um covarde agressor perto de mim, tá me ouvindo? Eu vou pra sala chamar um táxi, um uber, qualquer merda. E nunca mais coloco meus pés aqui. - fala Daniella, se retirando.
Gustavo faz menção de ir atrás de Daniella, mas recua. Patrícia ri da situação e debocha de Gustavo.
-Se ocê for atrás dela agora, capaz de passar a noite na delegacia, viu? Onde já se viu, um enfermeiro tão dedicado, tão bonzinho com as criancinhas cancerosas, agredir mulheres desse jeito, hein? Babado, confusão e gritaria!
-Eu tenho nojo de você, Patrícia. Nojo desse seu deboche.
-É isso que eu queria. Te despertar algum sentimento por mim. Qualquer coisa vale mais que a indiferença.
-Vale acabar com meu namoro por causa dessa sua obsessão por mim?
-Qualquer coisa vale. Mas sabe que eu fiquei com pena da Dani? Eu gosto dela, de verdade. Sinto amizade verdadeira por ela. Mas eu não podia amolecer... eu tinha que ir até o fim.
-Então você planejou isso desde o começo, é isso que entendi?
-Parece que ocê não levou a sério quando eu disse há quatro anos que se não fosse comigo, ocê nunca ia ser feliz com ninguém...
-Era real... Patrícia, você tá doente. Precisa se tratar.
-Desde quando sua especialização é psicologia? Se meta com seus fedelhos com câncer que eu me meto com os meus problemas.
-Os seus problemas deixam de ser só seus quando prejudicam outras pessoas. Agora vaza daqui. Fora da minha casa.
-Não vai esperar a Dani sair daqui, não?
-Isso não vai levar nem cinco minutos. Depois disso, te quero longe daqui. E com a cópia das chaves na minha mão.
CORTA A CENA.

CENA 2: Ao fim da madrugada, Bernadete é levada ao bloco cirúrgico. Os médicos efetuam a cirurgia cuidadosamente sob um clima de visível tensão. Ao final da manhã, Hugo se preocupa com a falta de notícias de sua mãe.
-Gente... cês não acham que tá demorando demais? Desde as cinco da matina a minha mãe naquela mesa de cirurgia... já é quase meio dia e nada disso acabar... - desabafa Hugo.
-A gente sabia que seria demorado desse jeito. - fala Leopoldo.
-É, Leopoldo... mas falaram que era até sete horas de cirurgia, não que fosse levar rigorosamente sete horas... - fala Nicole.
-A preocupação do Hugo é natural. Todos nós estamos tensos... - fala Sérgio.
-Nossa, tenso é pouco. Eu tou com muito nervosismo... mas tou buscando nem pensar muito nisso pra não fazer mal pro bebê... - fala Valéria.
-Nem fala numa coisa dessas, já basta minha mãe numa mesa de cirurgia correndo o risco de nem sair dali... você perder o bebê não é nem uma possibilidade... simplesmente não é... - fala Hugo, tenso.
-É impressionante... não importa a idade que a gente tenha... a gente nunca deixa de ser filho. Nunca deixa de ser aquela criança assustada com medo de ficar sozinha no mundo se os pais se forem... - divaga Nicole.
-É verdade... quando perdi meus pais, pensei que não ia aguentar. De repente me senti pequeno, menor que uma criança... e já passava dos vinte e cinco... mas nada parecia me importar. A ideia de que os meus heróis não existiam mais me marcou demais... - fala Leopoldo.
-Credo, que coisa pra se falar, eu hein... - fala Sérgio.
-Também não gostei desse papo, pai. Desculpa, Nicole... mas a mãe tá lá, lutando. Do jeito dela, mas lutando. A gente precisa ter fé de que ainda não acabou... - fala Hugo.
-Desculpa peço eu, querido... acabei falando demais. Lembrei que tanto eu quanto o Sérgio perdemos nossos pais relativamente cedo, também... antes dos quarenta não tínhamos mais nossos velhos por aqui... mas eu sei que nossas experiências não devem servir de parâmetro numa hora dessas... desculpa mesmo. Hugo... eu às vezes falo demais... - arrepende-se Nicole.
-Tá tudo bem... tá todo mundo meio tenso aqui... - completa Hugo.
-Gente, por que a gente não dá as mãos e fecha os olhos em oração? Se bem não fizer, mal não há de fazer... - propõe Valéria.
-Taí, Valéria... gostei! Assim a gente ainda alivia as tensões e evita de falar besteira na tentativa de apaziguar uns aos outros nesse momento... - fala Leopoldo.
Todos dão as mãos e começam a rezar pela recuperação de Bernadete. CORTA A CENA.

CENA 3: Gustavo vai à sala da clínica onde Daniella está.
-Eu não acredito que você teve a cara de pau de aparecer aqui, justo no meu último dia dando conta da clínica no lugar da minha irmã. Aliás, cê tem uma sorte do caralho, viu? Porque eu não posso demitir você, só minha irmã tem essa autonomia. Porque se dependesse de mim, cê tava no olho da rua!
-Quem não acredita sou eu... como foi que você se tornou essa pessoa cruel e dura que eu nunca percebi?
-Não vem fazer a vítima pra cima de mim, Gustavo. Eu e você sabemos muito bem porque eu tou te tratando desse jeito. E nem ouse subestimar minha inteligência.
-Não sou eu quem subestima sua inteligência. A Patrícia deve estar rindo da sua cara, das nossas caras, numa hora dessas.
-Impressionante como você não desiste, Gustavo. Não basta querer sair limpo da história, tem que detonar a Pati. Francamente, eu esperava mais da sua capacidade argumentativa.
Gustavo se impacienta e olha nos olhos de Daniella.
-Dani, olha bem pro fundo dos meus olhos e me diz: ocê acha que eu tou mentindo? Acha mesmo que eu ia insistir numa mentira dessas, olhando no seu olho?
-O pior disso é que sinto que seu olhar é sincero. Mas o que é sincero aí? O arrependimento? A convicção de que não fez nada? Eu não sei.
-Pensei que você soubesse. Deveria saber, por ser minha namorada.
-Eu fui sua namorada.
-Como?
-Gustavo... se isso ainda não ficou claro, está tudo acabado pra gente.
-Pensei que ocê fosse mais compreensiva.
-Eu tou assustada com tudo. Com medo da situação. Com medo de você. Não tem como continuar assim. O que eu vi ontem foi feio demais.
-Eu achei que você confiasse em mim.
-Queria confiar. Diante disso é quase impossível. Eu sinto muito.
-Eu digo o mesmo... eu sinto muito. Uma pena que ocê não perceba quem fala a verdade. Quer saber de uma coisa? Quem não quer sou eu, agora. Sua falta de confiança foi a gota que faltava pra transbordar o copo.
-Pera... não entendi isso. Cê pensa que vai virar o jogo desse jeito, cara? Porra, Gustavo... que coisa patética... coisa de gente manipuladora!
-Chega, Daniella. Isso já é demais pra mim. Não tinha como a gente dar certo desse jeito, mesmo... a sombra da desconfiança sempre rondando. Melhor assim... cada um seguindo seu rumo... adeus.
Gustavo deixa a sala e Daniella cai no choro. CORTA A CENA.

CENA 4: Leopoldo, Hugo, Valéria, Sérgio e Nicole ainda oram de mãos dadas quando doutor Vicente aparece.
-Familiares e amigos de Bernadete di Fiori, um minuto por favor? - fala o médico.
-Ah, desculpe, doutor Vicente... estávamos em oração. Como foi a cirurgia? - pergunta Leopoldo.
-Vocês podem respirar aliviados por agora. A cirurgia foi um sucesso. Bernadete foi encaminhada há poucos minutos para a UTI, para se recuperar. - esclarece o médico.
Todos se abraçam aliviados. Doutor Vicente continua a falar.
-As próximas quarenta e oito horas, de qualquer forma, serão decisivas. Como vocês sabem, a cirurgia envolve riscos reais de que a paciente não resista. Como ela reagiu bem até agora, posso estimar a chance dela se recuperar totalmente em uns sessenta por cento. E acreditem, isso já é maravilhoso! Visitas só mais tarde. Eu aviso quando puder. - finaliza o médico.
Todos se abraçam, aliviados. Doutor Vicente se retira.
-Por um momento eu pensei que a mãe não ia sair daquela mesa de cirurgia viva... mas a danada é teimosa mesmo! - fala Hugo.
-Tou pra conhecer pessoa mais teimosa que a Bernadete. Desde que éramos garotas na escola, ela sempre foi de enfiar as coisas na cabeça e conseguir de uma forma ou de outra, de tanto insistir... - fala Nicole.
-Sempre guerreira... - complementa Sérgio.
CORTA A CENA.

CENA 5: Cristina liga para Daniella.
-Mana, desculpa incomodar... sei que você tá enfrentando essa barra com o Gustavo, mas... você recebeu a mensagem do pai?
-Sim, Cris. Recebi. Pra mim foi áudio, inclusive... e pra você?
-Também foi. Só fiquei meio de cara com o que ele disse.
-Então ele realmente tá separando da mãe...
-Mana... depois de trinta e dois anos. Fiquei bem chocada.
-Sabe que eu não? Pra mim esse era um caminho natural, principalmente nos últimos quatros anos... acho que foi a partir disso que a coisa começou a se desenhar nesse sentido.
-Não entendo... como é que eu não percebi?
-Ah, Cris... você não é obrigada. Também, estava muito ocupada cuidando das suas próprias questões.
-Mas me fala mais... como que você percebeu?
-Ah, mana... o abismo entre os dois foi se evidenciando muito. Tá, eles sempre foram bem diferentes, a mãe sempre mais com a cabeça focada em coisas mais fúteis, como estar sempre na alta roda, coisa e tal. O pai nunca foi disso, nem dessas badalações...
-Ah, isso é verdade. O pai sempre fez questão de uma vida simples, sem ostentar nada.
-Exatamente. Pode parecer besteira, mas até aquelas brigas “divertidas” entre eles revelavam muita coisa.
-Como assim, Dani?
-Simples: a mãe não gosta do nome de batismo. Não gosta de ser lembrada disso. Não julgo ela... mas o nome de batismo foi utilizado várias vezes pelo pai no meio de alguma discussão.
-Significa que ele nunca engoliu completamente essa coisa dela rejeitar o próprio nome de batismo.
-Exatamente.
-Bem, independente de qualquer coisa... eu vou apoiar a decisão dos dois pela separação. Acho que separar agora vai ajudar os dois a continuarem amigos.
-Pensei exatamente a mesma coisa. A gente precisa falar com os dois pessoalmente sobre isso. Mana, agora preciso desligar. Beijo!
CORTA A CENA.

CENA 6: Leopoldo chega em casa para buscar alguns pertences de Bernadete. Ao subir para o quarto, é surpreendido pela presença de Flavinho.
-Ué... não sabia que ele tinha vindo mais cedo do trabalho... - murmura Leopoldo, consigo mesmo.
Leopoldo percebe que Flavinho está ajoelhado diante de uma imagem e presume que ele esteja rezando. Leopoldo resolve prestar atenção e percebe que Flavinho chora de alívio.
-Queria agradecer a Deus e a todos os santos por terem dado essa nova chance à Bernadete... minhas preces foram atendidas e eu sempre vou agradecer por isso... - fala Flavinho, entre lágrimas.
Leopoldo se comove diante do que vê e se faz notado. Flavinho se assusta.
-Seu Leopoldo? Eu... não sabia que ocê já tava aqui...
-Não precisa assustar, Flávio. Você realmente torceu pela recuperação da Bernadete, hein?
-Nossa... você não faz ideia do quanto. Sei que pode parecer exagero meu, mas ela se tornou uma mãe pra mim, nem digo segunda mãe... por motivos que só eu sei. Mas meu amor por ela é legítimo.
-Sabe, Flávio... eu duvidei disso. Questionei o seu caráter. Mas foi por besteiras minhas. Hoje eu percebi claramente que você é sincero de coração.
-Eu nem sei o que te responder, Seu Leopoldo. Chego a ficar sem graça diante disso.
-Tudo bem. Hoje percebi que sua alma é pura. Não se deixou endurecer completamente pela vida. Posso te pedir um abraço?
-Claro!
Emocionado, Leopoldo abraça Flavinho, se afastando logo depois. Flavinho ri.
-Desculpa. Eu ainda me sinto estranho fazendo essas coisas.
-Tudo bem, de verdade. Todos estamos aliviadíssimos com essa superação da sua esposa...
CORTA A CENA.

CENA 7: Horas depois, Hugo e Valéria chegam em casa, exaustos. Hugo insiste que Valéria durma com ele.
-Vem comigo, Valéria...
-Em outro momento eu protestaria. Mas tou quebrada do dia de hoje...
-Só você? Nossa, parece que passou um trator em cima de mim...
-Nem fala, Hugo... eu realmente tive medo pela sua mãe. Mas agora que ela passou por esses primeiros momentos tranquilamente, tou muito confiante que a cirurgia deu mais que certo pra ela...
-Também tenho essa sensação. Ela merece demais uma chance de viver feliz, sem a sombra de uma doença ofuscando o brilho dela...
-Sabe, amor... isso me faz pensar em tudo. Sobre o quanto a gente precisa se dar a chance de ser o que a gente realmente é, fazer o que a gente realmente quer fazer.
-Isso me faz pensar sobre o que eu realmente quero, sabe? A Natural High não me basta.
-Eu já suspeitava disso.
-Quero voltar a fotografar, pelas ruas... capturar o cotidiano... a beleza que existe nessa simplicidade, nessa correria de todo dia...
-Ocê sabe que eu apoio suas decisões sempre, né? Duro vai ser bater de frente com quem não deseja que ocê faça o que quer...
CORTA A CENA.

CENA 8: Daniella está de saída da clínica quando recebe uma ligação de Patrícia.
-Oi, Pati... tá tudo bem com você? Cê tá melhor?
-Tou levando como eu posso, sabe? Queria saber se a gente pode se ver hoje, pra eu desabafar um pouco...
-Claro que pode! Cê tá na pensão da Rosa?
-Sim... você vem pro jantar?
-Vou, com certeza. Daí depois a gente conversa sobre aquelas coisas chatas todas.
-Eu sinto muito, Daniella... de verdade.
-Você não tem que sentir muito. Você foi mais uma vítima nessa história. Nós duas fomos.
-Espero que isso não abale nossa amizade. Eu gosto de você... espero que ocê saiba disso.
-E eu sei, Patrícia. Apesar da forma desastrosa que a gente se conheceu e desses incidentes, eu sinto que uma amizade verdadeira é o que nos mantém aqui, unidas de alguma forma.
-Fico tranquila por ouvir tudo isso de você. Sabe, nem sempre sou uma santa.
-Nenhuma de nós é e nem vai ser santa. Tá tudo certo, Pati. Eu devo chegar em menos de quinze minutos aí na pensão. Avisa pro pessoal esperar se já estiverem começando a servir o jantar que eu tou chegando.
-Eu aviso sim. Beijo.
-Obrigada. Beijo.
CORTA A CENA.

CENA 9: Elisabete conversa com Fábio sobre últimos acontecimentos.
-Não é que no final das contas a Cristina mostrou que tem fibra?
-Verdade. Bete...
-Arrasou, a menina. Acho até que virei fã. Sem exagero.
-É, mas nós ainda não estamos juntos.
-Perfeitamente compreensível, Fábio. Foi um turbilhão de coisas em pouquíssimo tempo. E ela precisa de tempo pra esperar a poeira de tudo baixar. E não foi pouca poeira que tudo isso levantou.
-Nem fala. Ainda tem o agravante que ela não sabe do meu passado com a Arlete. E talvez, nem precise saber.
-Será que não precisa, Fábio? Ela é uma mulher única na sua vida. Assim como Arlete foi. Não cabe espaço pra mentira nisso.
-Mas seria omissão... não mentira.
-E deixar isso dar margem pra qualquer mal entendido? Vai por mim... por mais que ela seja jovem, independente e bem resolvida, ela ainda é uma pessoa que te ama. E isso pode fazer com que a confiança entre vocês saia abalada, se ela não souber pela sua própria boca de tudo o que você e a Arlete viveram juntos. Ela merece saber da verdade.
-Cê tem razão. Mas vou precisar pensar num jeito de dizer tudo a ela...
-É bom pensar logo... o tempo tá correndo...
CORTA A CENA.

CENA 10: Após o jantar na pensão da Rosa, Daniella conversa com Patrícia na suíte ocupada por Patrícia.
-Menina, amei que você conseguiu a suíte que queria...
-Né não? É um grande facilitador. Não ter de dividir banheiro com tanta gente, nem me preocupar com o tempo no banho... vale a pena o dinheiro a mais que pago.
-Sem dúvida. Falando na suíte, preciso usar o banheiro rapidinho. Acho que alguma coisa não bateu legal aqui...
Daniella vai ao banheiro e ao sentar na privada, encontra na pia um sabonete com uma marca de chave. Daniella entende que Patrícia copiou a chave a partir dali e sai intempestiva do banheiro.
-Dá pra me explicar o que esse sabonete com a marca da chave do apê do Gustavo tá fazendo aqui? - confronta Daniella.
FIM DO CAPÍTULO 55.

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