CENA 1: Hugo custa a acreditar nas palavras de Flavinho.
-Tá, pode suspender a brincadeira. Veio aqui pra entregar alguma coisa que a gente esqueceu? - fala Hugo.
Flavinho encara Valéria e Hugo com tom grave e Valéria compreende que a situação é séria.
-Amor... pres'tenção no que o Flavinho disse... não parece que foi brincadeira, não. Eu não tava com uma boa sensação, mesmo... - alerta Valéria.
-Eu sinto muito, gente. Tou com o coração na mão e morrendo de preocupação... é verdade, infelizmente. A Bernadete foi internada às pressas com insuficiência cardíaca. - fala Flavinho.
-Mas ela já teve insuficiência antes... ficou um tempo internada e se recuperou. Isso não impede nossa viagem... - insiste Hugo.
Valéria explode.
-Hugo, pelo amor de Deus! É a sua mãe! Você ainda tem uma mãe e um pai! Eu não tenho isso desde muito criança, poxa! Mesmo que não seja a coisa mais grave do mundo, ocê tem que estar perto dela sim! Ocê é o único filho vivo dela agora. Como ocê acha que eu ia ficar se a gente fosse pra BH mesmo com isso tudo acontecendo? - fala Valéria.
-Tá certo... tou vendo que nossa fugidinha babou dessa vez. Vai haver outras oportunidades... mas cê tem razão, Valéria... não posso deixar minha mãe sozinha. A gente nunca sabe do dia de amanhã... - constata Hugo.
-Gente, eu sei que ocês estão loucos pra aproveitarem um tempo juntos sem ter que se esconder de ninguém. Mas agora eu preciso que vocês venham comigo, o quanto antes... - fala Flavinho.
-É tão grave assim, Flavinho? - preocupa-se Hugo.
-Olha, pelo que o médico disse, a maior probabilidade é que dessa vez ela não tenha outra alternativa senão a cirurgia... - esclarece Flavinho.
-E essa cirurgia, é arriscada? - pergunta Valéria.
-Sempre vai ser quando envolve o coração, né... ocês não chegaram a fazer o check in, né? - fala Flavinho.
-Não... a gente pode sair daqui agora mesmo. - fala Hugo.
-Só espero que tudo termine bem. A dona Bernadete ainda é tão jovem, tão cheia de vida e de possibilidades... - divaga Valéria.
-Vira essa boca pra lá, Valéria... do jeito que cê fala, parece que ela já não tá mais entre nós... - fala Hugo.
-Ei, Hugo... eu sei que cê tá com medo. A gente fica assim... eu também tou assustado, porque gosto muito da sua mãe. Mas convenhamos que numa hora dessas o que menos ajuda é esse pensamento negativo... - fala Flavinho.
-Mas isso não é pensamento negativo. Eu sei o tanto de medo que isso envolve, só isso... - justifica Hugo.
-Ai, gente... nem é hora pra gente ficar tergiversando sobre o que sente ou deixa de sentir. Ai caramba, onde é que ocê deixou seu carro, Hugo? Não vejo por nada nesse mundo... - fala Valéria.
-Por acaso não seria aquele ali à nossa esquerda? - aponta Flavinho.
-E a gente indo na outra direção... - fala Hugo.
-É, mas vê se volta a si, porque você vai precisar de atenção ao volante e euzinho sou novo demais pra morrer em acidente, tá? - fala Flavinho.
-E eu tou grávida. Já passei por um acidente e não tou precisando de outro. - fala Valéria.
-Mas você se distraiu também... - argumenta Hugo.
-Eu posso, querido... não sou a motorista, uai. - rebate Valéria.
-Tá, gente... deu! Vamos pro hospital e rezar pra que tudo dê certo com a Bernadete. - finaliza Flavinho.
CORTA A CENA.
CENA 2: Sérgio aproveita que Cristina saiu e resolve ter uma conversa definitiva com Nicole.
-Marilu... digo, Nicole... acho que nós precisamos ter uma conversa séria e definitiva.
-Nossa, Sérgio... do jeito que você fala, chega a parecer que é o fim de alguma coisa, o fim do mundo.
-De certa forma é, Nicole... o fim do nosso mundo. Precisamos encarar isso de frente.
-Cê tem razão. Não existe mais nenhum motivo ou pretexto pra gente permanecer adiando essa conversa que a gente precisa ter. Não existe mais nada que a gente precise esperar.
-Exatamente. O casamento da nossa filha subiu o telhado antes mesmo de começar.
-E presumo que o nosso tenha subido o telhado também.
-Querida... isso não é de hoje, você sabe.
-É duro admitir. É duro reconhecer... mas eu sei que é verdade. Faz alguns anos que a distância entre nós foi crescendo. Só me pergunto onde eu errei.
-Nós dois erramos. Erramos tentando acertar. Não cabe apontar culpados aqui. Somos os dois responsáveis por isso.
-Eu sei. Mas é que... mesmo assim, Sérgio... estar casado, conviver com a mesma pessoa... tudo isso se torna um costume. Vai ser difícil desapegar de tudo isso.
-Você vê outra alternativa? Ainda somos amigos. Não vamos estragar isso...
-Mais uma vez eu preciso admitir: você tá coberto de razão. É melhor a gente manter o que ainda existe conservado entre nós antes que isso dê lugar à indiferença.
-A indiferença seria o de menos... meu medo é que se não tomarmos uma atitude agora, terminemos nos odiando.
-Não... isso eu não quero nunca. Tá certo que a gente briga de vez em quando... mas existe uma ternura que eu nunca quero que se perca.
-Sejamos sinceros... ela está a um passo de se perder. Você sabe disso.
-Eu sei. A gente precisa dessa separação para manter essa nossa amizade saudável.
-Fico aliviado que você pense assim, que nossa conversa esteja sendo tranquila.
-É o mínimo que eu devo a nós, Sérgio... se não fôssemos acima de tudo grandes amigos, não teríamos ficado trinta e dois anos juntos. Somos vitoriosos, porque demos certo por todo esse tempo.
-Isso, Nicole. Não fracassamos. O nosso tempo simplesmente passou, acabou... poderia ter durado a vida inteira, mas... não foi assim com a gente. Não era pra ser nós.
-Fomos as pessoas certas por um tempo considerável, meu querido... isso é o que conta. A gente nunca sabe se é ou não pra sempre... só vivendo pra saber. E isso a gente fez do jeito que conseguiu fazer... e deu certo. Mas acabou.
-Bem, sendo assim, acredito que você não veja problema de eu dar entrada no pedido de divórcio.
-Claro que não, Sérgio... se quiser eu até vou com você. Pra que tudo seja resolvido da melhor forma possível.
-Melhor ainda. A gente vai resolver isso o quanto antes.
-Só falta falar pras meninas...
-Elas vão entender...
Os dois se abraçam, com ternura. CORTA A CENA.
CENA 3: Valéria, Hugo e Flavinho chegam ao hospital. Hugo para na entrada, deixando Valéria e Flavinho intrigados.
-Hugo... por que travou agora? - estranha Flavinho.
-Ocê tá com medo de encarar a situação de frente, não tá? - questiona Valéria.
-Tou morrendo de medo... minha mãe é jovem demais pra ter um destino desses... - desabafa Hugo.
-Ai, vira essa boca pra lá, Hugo! Não aconteceu o pior e nem vai! Olha só, eu vou entrar. E acho bom que vocês me acompanhem. - sentencia Flavinho.
Valéria e Hugo vão com Flavinho até o andar em que se situa a UTI. Flavinho percebe que Hugo ainda está sem condições de ver a mãe.
-Se ocês quiserem ficar aqui, fiquem. Valéria, ocê ajuda o Hugo a se preparar pra encarar a coisa toda, senão é capaz de ele cair duro aqui nesse corredor... - fala Flavinho.
-Eu nem sei o que tou sentindo. É um misto de medo e culpa. - fala Hugo.
-Uai, culpa do que? A gente não podia adivinhar que justo no dia que a gente combinou de fugir pra BH por uns dias, a sua mãe ia passar por essa situação... - contemporiza Valéria.
Leopoldo se aproxima deles e escuta a conversa, interrompendo-os.
-Como é que é essa coisa? Eu ouvi direito? Cês tavam fugindo feito dois adolescentes pra Minas Gerais? - fala Leopoldo.
Flavinho percebe que o clima pode pesar e resolve se retirar.
-Gente... eu vou ali ver como tá a Bernadete. Volto logo... - fala Flavinho, se retirando.
Hugo tenta se explicar.
-Pai... escuta, eu não quis mentir nem passar a perna em ninguém, mas...
Leopoldo interrompe a fala de Hugo.
-Não tem justificativa! Você mal se livra das garras de uma vampira e vai se envolver justamente com a Valéria? - questiona Leopoldo.
-Olha aqui, seu Leopoldo, quem me meteu nessa enrascada de farsa foi o senhor! Me respeite! - indigna-se Valéria.
-Não, garota... não estou duvidando do seu caráter. Mas vocês estão sendo irresponsáveis! Esse romance de vocês é tudo o que não pode acontecer às claras, ainda mais agora! - prossegue Leopoldo.
-Pai, entende uma coisa: apesar de você manipular ou se iludir que manipula tudo à sua volta, eu e a Valéria nos apaixonamos. E digo mais: a gente só ia passar esse tempo fugido e escondido por sua causa! Fosse tudo esclarecido desde o começo, nada disso seria necessário. Então baixa a sua bola, porque se alguém aqui deve alguma coisa à minha mãe, esse alguém cheio de dívidas é você. Não eu, muito menos a Valéria. Nem mesmo o Flavinho, se você quer saber. - explode Hugo.
Leopoldo engole a seco as palavras do filho, percebendo que ele tem razão. CORTA A CENA.
CENA 4: Flavinho procura o médico responsável pela internação de Bernadete.
-Doutor Vicente... a Bernadete foi sedada?
-Sim, Flávio. Foi necessário. Ela estava agitada e assustada com os sintomas da insuficiência cardíaca.
-Então é mesmo insuficiência? Vai precisar de cirurgia ou ainda é possível uma alternativa menos perigosa?
-Chegamos a um ponto irreversível do quadro da Bernadete. Se ela não operar nas próximas semanas, no máximo duas, ela vai acabar não resistindo.
-E como é a cirurgia?
-Envolve riscos maiores do que o que se pensa a princípio. Não se trata de um transplante, mas basicamente nós vamos precisar remover uma parte considerável de tecido lesionado pela doença.
-Eu nunca entendi bem essa doença que a Bernadete sofre. Como ela funciona?
-Basicamente algumas veias de irrigação foram enfraquecendo prematuramente ao longo dos últimos anos. Provavelmente, a origem disso é genética. O coração, em si, é saudável. Mas isso não é nada animador quando as veias deixam de cumprir sua função.
-Entendi. Mas pelo pouco que sei desse tipo de situação, uma cirurgia para correção dessas anomalias, além de ser demoradíssima, é arriscada pra caramba...
-Exatamente. As chances do paciente sair com vida da mesa de cirurgia são de sessenta por cento. As complicações no pós-cirúrgico aumentam as chances de morte em mais vinte por cento. Só que nesse momento, é a única alternativa viável. É a única possibilidade de sobrevivência para a Bernadete. Do jeito que está, ela morre em no máximo duas semanas.
-Meu Deus... vou precisar dar um jeito de falar isso pro seu Leopoldo e pro Hugo...
-Deixe comigo, rapaz. É minha função.
Flávio fica apreensivo. CORTA A CENA.
CENA 5: Nicole escuta o telefone tocar e avisa que não pode atender.
-Sérgio, atende o telefone que eu tou me depilando e não posso!
Sérgio vai atender o telefone.
-Alô? Oi, Leopoldo...
-Sérgio... infelizmente eu não tenho boas notícias.
-Do jeito que cê tá falando eu tou ficando preocupado. Tem a ver com a Bernadete?
-Sim, tem a ver com ela. Ela tá internada. Insuficiência cardíaca aguda. Estado grave... só uma cirurgia pode dar alguma chance pra ela. Eu não queria ligar pra dizer isso, mas... infelizmente, é essa a verdade.
-Agradeço pela ligação. Ela está podendo receber visitas?
-Até o momento, sim. É por isso que liguei. Sei que ela quer que você e a Nicole venham vê-la.
-Obrigado pela consideração, meu amigo...
-Não tem o que agradecer, Sérgio... tenho certeza que vocês fariam o mesmo, caso fosse o contrário.
-Sem dúvida. Ela está acordada agora?
-Ainda sedada, mas deve acordar em pouco mais de uma hora. Agora preciso desligar... vocês vem?
-Sim... até mais.
Sérgio desliga e vai até a porta do banheiro.
-Nicole... você ainda vai demorar?
-Vou, por que?
-A Bernadete foi internada. Tá em estado grave. Eu vou já pro hospital para ver como tudo está. Você vai depois?
-Vou, sim. Mande um beijo pra ela enquanto eu não chego.
Sérgio parte. Nicole, ainda se depilando no banheiro, fala consigo mesma.
-É isso... no fundo, o amor do Sérgio pela Bernadete nunca deixou de existir. Queira Deus que eles ainda tenham tempo de resolver isso...
CORTA A CENA.
CENA 6: Após almoçar na companhia de Patrícia na cantina da clínica, Daniella conversa com a amiga.
-Menina, eu fiquei foi passada com a mudança positiva de atitude do Gustavo em relação a você, sabia?
-Ah, eu fico aliviada de saber disso. De verdade... mas não é uma surpresa pra mim. Eu sempre soube que o Gustavo é um cara bom. Senão, desculpa dizer, mas...
-Não teria namorado com ele, não é isso? Relaxa, mulher... cê pode me falar o que quiser, Pati. Não é mentira nenhuma...
-Bem, era isso mesmo que eu ia dizer... mas fiquei meio sem graça de falar.
-Querida, cê cuida das minhas coisas aqui? Preciso correr no banheiro que eu acho que alguma coisinha inconveniente acabou de descer...
Daniella vai ao banheiro rapidamente depois de tirar o absorvente da bolsa e Patrícia se certifica de que ninguém está olhando em sua direção.
-Chegou a hora de colocar esse maldito plano em prática...
Patrícia ri consigo mesma e pega de sua bolsa um pote com um sabonete dentro, depois vasculhando a bolsa de Daniella até encontrar as cópias das chaves do apartamento de Gustavo.
-Achei! Ah, Gustavinho... parece que seu namoro de conto de fadas tá por um triz, meu querido...
Patrícia pressiona a chave contra o sabonete e fecha o pote, se sentindo vitoriosa. CORTA A CENA.
CENA 7: Bernadete, já acordada em seu leito, conversa com Leopoldo, Hugo, Valéria, Flavinho e Sérgio.
-E a Nicole, Sérgio? - pergunta Bernadete.
-Chega daqui a pouco, ela disse. Tava se depilando quando recebi a ligação. - responde Sérgio.
-Tenta não se esforçar pra falar muito, querida... daqui até a cirurgia, é recomendável não fazer muita força. Isso inclui economizar nas palavras... - fala Leopoldo.
-Eu não pensei que ia precisar dessa cirurgia. Tou com tanto medo, gente... - desabafa Bernadete.
-Esse medo não vai ajudar. Eu sei que é difícil não sentir medo nenhum, mas tenta não focar o pensamento nisso, Bernadete... - fala Flavinho.
-O Flavinho tá certo, Bernadete. O pensamento tem força. E se depender da gente, já deu tudo certo p'rocê, viu? - complementa Valéria.
-Fica tranquila, mãe... você nunca vai estar sozinha, muito menos desamparada. Você vai sair dessa. Eu sei disso. - finaliza Hugo.
-Eu fico tão emocionada com o carinho e com a preocupação de vocês... de verdade. Se acontecer alguma coisa comigo, nunca se esqueçam que eu amo todos vocês. Inclusive meu netinho que nem nasceu ainda... - emociona-se Bernadete.
Todos abraçam suavemente Bernadete. CORTA A CENA.
CENA 8: Patrícia chega no quarto onde está hospedada na pensão, se sentindo vitoriosa. Ao deitar na cama, cai na gargalhada.
-Ai, ai... esse mundo tá cheio de idiotas! Só mesmo aquele babaca do seu Felisberto pra acreditar na minha história que eu tinha sido assaltada pra fazer uma cópia baseada naquele sabonete! Ai, ai... tonto. Nem uma criança de cinco anos ia cair nessa história mal contada. A boa fé é um negócio que deixa a pessoa burra, às vezes!
Patrícia retira a cópia da chave do apartamento de Gustavo de sua bolsa.
-É, seu banana... é hoje que seu namoro dos sonhos com a feministinha vai começar a ir pelo ralo, queridinho...
Patrícia pega seu celular e liga para Daniella.
-Oi, querida... atrapalho o seu trabalho?
-Nunca, Pati... tá precisando falar sobre alguma coisa?
-Na verdade eu queria saber se você e o Gustavo topariam dar uma saída comigo hoje... lá no Cantinho Francês da Idina...
-Vish... fica pro próximo fim de semana, viu? Tou tão quebrada dessa coisa de ajudar minha irmã na clínica que só quero saber de descansar depois que sair daqui...
-Tudo bem. Mas vamos combinar isso logo, tá? Adoro aquele pub...
-Certo. Beijo, Pati.
-Beijo, Dani...
Patrícia desliga e debocha de Daniella.
-A tonta acha mesmo que eu queria dar bandinha com ela? Ah, coitada... é hoje que eu vou colocar essa coisa toda em prática, isso sim!
CORTA A CENA.
CENA 9: Ao fechar a clínica, Daniella conversa com Gustavo sobre acontecimentos do dia. Gustavo comenta sobre “fuga” frustrada da irmã.
-E no final das contas, não deu certo a escapada da Valéria pra BH com o Hugo...
-Nem tinha como, né Gustavo... com a mãe do Hugo sendo internada em estado gravíssimo... mas isso me deixou meio surpresa, confesso.
-Surpresa? Não sei porque...
-Demorei pra perceber que o Hugo gosta da sua irmã pra valer. Achei que fosse mais uma das conquistas dele, sabe?
-Pera... você sabia de tudo?
-Saber, eu não sabia. Mas intuí e observei muita coisa. Sabia que o lance do Hugo com a Cris não ia longe, porque nunca teve amor de verdade. Não aquele amor, sabe?
-Sei. Amor, quer vir pra minha casa hoje?
-Ai, eu acho que quero, sim... tou quebrada. Se você não se importar de só dormir comigo, sem sexo...
-Claro que não me importo. Pra mim tá bom de qualquer jeito... eu vou tirar a moto do estacionamento e te pego aqui na frente, tá?
-Tá. Cuida pra ver se não tem nenhuma movimentação estranha por ali.
CORTA A CENA.
CENA 10: Gustavo chega com Daniella ao seu prédio e estaciona sua moto no lugar de sempre.
-Que dia bem comprido, socorro! Pensei que não acabava mais nunca!
-Nem fala, Dani... um monte de coisa que era pra acontecer e nem aconteceu.
-Pelo menos, entre mortos e feridos, se salvaram todos. Imagina só se a mãe do Hugo tivesse um treco se soubesse do namoro do filho com a suposta cunhada? Tenso...
-Coitado do Flavinho, tendo de aguentar isso calado...
Os dois chegam ao apartamento de Gustavo e Daniella se atira no sofá da sala.
-Vai arrumando as coisas no seu quarto e depois me chama. - sentencia Daniella.
Gustavo ri e vai a seu quarto. Ao abrir a porta, se depara com Patrícia.
-Você aqui? Como? Invadindo minha casa?
-Você me deu as cópias das chaves, esqueceu?
Patrícia ri e começa a gritar e a rasgar suas roupas. Gustavo assiste a tudo imóvel. Daniella escuta gritaria de Patrícia e se choca ao ver roupas rasgadas de Patrícia.
-Que horror é esse aqui? - fala Daniella.
FIM DO CAPÍTULO 54.
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