CENA 1: Cristina tenta acreditar que tudo não passa de uma brincadeira inventada por Giovanna.
-Não, pera... isso que cê tá me dizendo é brincadeira, né? Tem que ser. Só pode ser... imagina que louco, isso... você amante do Hugo, sendo que foi minha amiga nesses três anos, inclusive fez a maior campanha pra eu ficar com ele... claro, isso só pode ser uma pegadinha!
Cristina ri e Giovanna a olha com raiva e grita.
-Eu tou com cara de quem tá a fim de fazer brincadeira ou pegadinha aqui, sua tonta?
Cristina começa a cair em si e fica incrédula.
-Não... não pode ser. Essa história que cê tá falando deve existir só na sua cabeça.
-Não, Cristina. Eu e o Hugo temos um caso há quase treze anos.
-Que? Não pode, gente... ele tinha dezoito anos?
-Sim. Ele quase me atropelou em 2004. Foi quando eu o conheci. Nos apaixonamos rapidamente e eu vi um potencial de crescimento nele. Apostei todas as minhas fichas nele. Eu precisava dele e ele precisava de mim. Eu tinha um projeto incrível em mãos, mas pouco ou nenhum recurso viável pra concretizar meu sonho. Eu fiz o Hugo. Eu moldei as vontades dele. Foi disso que nasceu a Natural High. Foi disso que nasceu a nossa sociedade. Eu sempre fui a outra. Eu sempre fui a putinha dele. Nasci pra isso.
Cristina, perplexa, começa a chorar sem dizer nenhuma palavra.
-Não vai falar nada, Cristina?
-Você nunca foi minha amiga, Giovanna?
Giovanna gargalha e debocha de Cristina.
-Você se acha muito esperta, não é mesmo? Toda sagitariana, dona de si, dona da verdade, sabe de tudo. Você não sabe de nada, Cristina. Eu nunca fui sua amiga. Nunca fui amiga de ninguém. Sabe por que? Porque nessa vida só me importa o Hugo. E o que ele pode fazer por mim. Eu fiz ele. Ele é meu. Criação minha. É por isso mesmo que eu tou dizendo que você tem que voltar atrás e casar com ele. Não me interessa como, você tem que casar com o Hugo!
Cristina esbofeteia Giovanna e explode.
-Nunca! Eu nunca vou obedecer uma ordem sua! Meu Deus! Como eu não pude ver nada disso antes? Tava na minha cara... a Dani implicando com você desde o começo lá atrás... minha mãe sempre com os olhares meio atravessados, desconfiados sobre você... e eu achando que era implicância e possessividade delas. Burra, burra, burra! Mil vezes burra! Eu fui estupidamente burra! Você é falsa, Giovanna... mais que falsa: você é louca. Completamente insana. O Hugo não tem culpa disso... na verdade ele é só mais uma vítima sua. Deve haver mais gente lá atrás...
-Ué, passou de burra pra Sherlock Holmes agora? Faça o favor, Cristina! Você é a esposa perfeita pro Hugo. Ocupada, dona de uma clínica oncológica pediátrica, toda dona de si, independente... quer coisa melhor? Uma tonta que pensa que não é tonta. Lembra quando eu te falei pra ter amantes? Pois tenha! Fica com o Fábio, com a merda de homem que você quiser! Mas case com o Hugo. Eu preciso ser a outra. Eu preciso ser a puta dele. Sempre foi assim, você não pode estragar isso tudo que eu construí por mais de dez anos...
-Você tá completamente fora de si, Giovanna. Nem raiva eu consigo sentir... na verdade, só sinto pena. Você é louca.
-Louca ou não, eu sou sempre quem decide o rumo da vida do Hugo. Ele sempre fez o que eu mandei ele fazer.
-Ainda bem que eu não sou ele, Giovanna. Não tenho a mínima obrigação de te obedecer.
-Será? Não se faça de espertalhona agora, Cristina. Você me deve até a alma. Se não fosse por mim, você nem teria começado a namorar com o Hugo. No fundo, você sabe disso.
Cristina se impacienta e esbofeteia Giovanna mais uma vez.
-Chega! Chega de me humilhar! Acabou essa palhaçada! Vai embora daqui! Vai embora!
-Não vou. Só saio daqui quando você voltar atrás e decidir casar com o Hugo.
Cristina perde a paciência e, arrastando Giovanna pelo braço, a leva até a porta de saída.
-Fora daqui, agora! Ou eu vou partir pra ignorância e meter um soco bem no meio dessa tua fuça.
Giovanna vai embora. Cristina, chocada, desaba num choro sentido. CORTA A CENA.
CENA 2: Ao amanhecer do dia seguinte, Valéria é surpreendida por Hugo lhe acordando suavemente com o café da manhã na cama.
-Bom dia, Valéria... dormiu bem, apesar dessa loucura toda?
-Nossa... dormi que nem uma pedra. Gente, pra que essa coisa toda? Amei...
-Foi meu modo de dizer que eu quero poder fazer isso por você todos os dias. Senão isso, pelo menos todo dia uma coisa pra te fazer sentir bem...
-Hugo... eu adoro todo esse cuidado. De coração. Mas ocê não acha que desse jeito pode dar muita bandeira? A sua mãe nem pode sonhar que a gente já teve alguma coisa...
-Vou tomar meus cuidados, Valéria... só não quero ficar sem você. Eu te amo mais que tudo nessa vida... como nunca amei ninguém...
-Eu não devia te dizer desse jeito, Hugo, mas...
-Mas...?
-Eu te amo demais. De um jeito diferente. Não sei se nunca senti isso antes... mas é diferente. Você olhou pra mim num momento que quase qualquer homem nesse mundo ia me rejeitar, me julgar, me chamar de coisas horríveis... não que ocê não tenha me chamado de coisas horríveis quando a gente se conheceu, mas... alguma coisa nasceu aqui. Algo que a gente não pode negar, nem fingir que não existe.
-Eu não quero mais fingir que não te amo, Valéria.
-Muito menos eu. Mas a gente precisa ir com calma. Com cuidado... a gente precisa ter muita cautela. Depois, eu preciso dar um nome pra esse bebê que eu carrego dentro de mim...
-Eu pensei que eu podia dar meu nome. Ser o pai oficial dessa criança.
-Ficou doido, Hugo? Óbvio que ele vai acabar tendo o sobrenome di Fiori, mas não desse jeito, uai. Vai levar o nome do seu irmão na certidão de nascimento.
-Você acha isso justo? Uma criança já nascer filha de pai morto, sendo que tem um vivo cheio de amor pra dar?
-Pera... ocê tá dizendo que ama essa criança que eu tou esperando, é isso mesmo que eu entendi?
-Não sei como, mas amo sim, Valéria... você e o bebê despertam coisas novas em mim. Eu nunca quis ser pai... mas agora eu quero ser. Eu quero ser tudo pra você.
Valéria e Hugo se beijam. Valéria recua logo depois, suavemente.
-É... mas você vai precisar se resolver com a Giovanna.
-Nem me fala. Só de pensar em encarar a fera...
-Não tenha pressa. São quase treze anos. Sei que vai ser difícil...
-Mas necessário.
-Exatamente... bem, eu vou continuar aproveitando essas delícias que ocê trouxe pra mim...
-E não vai me dar nem um pedacinho?
-Ah, eu sabia! Tava bom demais... muita esmola pro meu gosto!
Os dois se divertem. CORTA A CENA.
CENA 3: Gustavo e Daniella se preocupam com Cristina, que não come nada nem fala nada durante o café da manhã...
-Mana... desde ontem depois que a Giovanna saiu daqui que você mal abriu a boca pra falar... o que tá acontecendo? - preocupa-se Daniella.
-A Dani tem razão, Cris... ocê tava com a cara inchada de tanto chorar quando a gente voltou... - observa Gustavo.
-Bem... cês vão precisar saber disso antes de todo mundo, mesmo... o fato é que tem muita coisa podre que vocês não sabem. E eu nem sei se consigo dizer isso sem ficar muito abalada... - fala Cristina.
Daniella se preocupa.
-Ai, mana... dá até um troço de te ouvir falar assim... - fala Daniella.
-Coragem, cunhada... coragem. - estimula Gustavo.
-A Giovanna veio ontem aqui completamente fora de si. Implorando pra eu casar com o Hugo... insistindo que eu tinha a obrigação de voltar atrás e casar com ele ainda assim, mesmo não amando. Foi aí que eu entendi... foi aí que ela começou a falar a verdade. A máscara dela caiu... e foi ela mesma que arrancou, porque achou que podia: ela e o Hugo são amantes há mais de doze anos, quase treze já... - fala Cristina, começando a chorar.
-Gente... eu sabia que tinha uma coisa errada com ela, mana! Te avisei tanto! - exclama Daniella.
-Eu sei, querida... mas você sabe que não escuto ninguém além de mim mesma. Tá, sei que devia ouvir você, a mãe e todos que me querem bem, mas é difícil... bem, no final das contas ela tava cada vez mais descontrolada, realmente cada vez mais fora de si e falando um monte de absurdos. Coisas que eu nem tenho coragem de repetir aqui... coisas pesadas, mesmo. Ela chegou a quase me ameaçar, tentando me obrigar a casar com o Hugo porque assim ela permaneceria sendo a outra... ela diz que nasceu pra isso. Pra ser a outra...
Cristina consegue parar de chorar e Gustavo começa a falar.
-Cris... isso tudo é grave. Eu acho que ocê tem que falar com o Hugo. Esclarecer as coisas...
-Concordo com o Gustavo, mana... ele te deve muitas explicações. Muitas! Porque ele sempre esteve com essa maluca...
-Eu sei, gente... eu sei. Mas o Hugo é vítima da Giovanna. Eu entendi isso perfeitamente. Ela se sente dona dele... pensa que o fez...
-De qualquer jeito, mana... vai falar com ele... é o melhor a ser feito.
CORTA A CENA.
CENA 4: Fábio toma café da manhã quando Maurício vai atônito até o pai.
-Pai... olha essa notícia que eu acabei de abrir aqui no celular. Só olha...
-Ai, Maurício... pra que isso? Quase engasguei com o pão aqui...
-Olha, pai.
Fábio pega o celular e descobre que o casamento de Cristina não aconteceu e sua fuga virou notícia na internet.
-Meu Deus... não houve casamento! Eu preciso ir ver a Cristina... o quanto antes!
-Foi por isso que eu vim correndo, pai. Tenho certeza que ela desistiu porque te ama. Vai atrás dela. Vai mesmo!
-Eu vou agora mesmo, filho. Chega de esperar!
Fábio parte empolgado e em poucos minutos, chega à casa dos pais de Cristina. Ao tocar a campainha, Fábio é atendido por Sérgio.
-Você deve ser o Fábio... acertei?
-Sim. Você deve ser o pai da Cristina. Eu nem sei por onde começar, mas...
-Sim, sou o Sérgio. Rapaz... se dependesse só de mim, eu juro que te convidava pra entrar, mas minha esposa está reagindo muito mal ao escândalo todo... acho que ela não iria querer te ver.
-Eu posso imaginar. Bem... você sabe quem eu sou, pelo visto.
-Sei. Dá pra ver no seu olho que você ama a minha filha.
-Vim aqui pra ver a Cristina...
-Olha... ela não tá aqui... na verdade, eu só soube ontem à noite onde ela tá. Se você quiser, te passo o endereço.
-Por favor... eu aguardo aqui do lado de fora.
Quando Sérgio vai pegar um papel e uma caneta para anotar o endereço de Gustavo, é surpreendido por Nicole.
-Que papelão, Sérgio... alcoviteiro da própria filha. Me dá esse papel que tá na sua mão agora. E a caneta também!
-Marilu, o Fábio tem direito de saber onde nossa filha está...
-Que direito esse destruidor de casamentos tem?
-Não foi ele que destruiu nada...
-Sérgio... anda de uma vez e me entrega o papel e a caneta agora. Você não quer um escândalo, quer?
-Não, claro que não...
-Então você vai comigo até a entrada de bico calado. Quem fala com esse tal de Fábio agora sou eu!
Nicole se coloca na frente de Sérgio e cutuca Fábio.
-Dá o fora daqui, cara. Você tem idade pra ser praticamente pai da minha filha... onde já se viu! Some daqui! Não vai ter endereço de onde ela tá coisíssima nenhuma! - fala Nicole.
-Mas o seu Sérgio...
Fábio é interrompido por Nicole.
-O meu marido é um sonhador inconsequente que ficou preso em algum romance do século passado. Cai fora daqui antes que eu comece a gritar pra valer!
Fábio, conformado, deixa a entrada da casa. CORTA A CENA.
CENA 5: Valéria se surpreende ao ver Hugo saindo do banho com a toalha enrolada na cintura.
-Uai, não era hora de você estar na agência, Hugo? Quase tomei um susto quando vi ocê saindo do banheiro...
-Era... mas convenhamos que eu tive motivos de sobra pra não querer chegar lá hoje muito cedo. Por mim, eu nem iria. Mas no fundo eu não vivo sem aquela loucura da Natural High... depois... eu preciso enfrentar a fera.
-Sabe, Hugo... eu fiquei pensando naquilo que ocê me disse mais cedo... sobre assumir o bebê. Eu agradeço de coração pela boa vontade, mas não quero que ocê tome nenhuma decisão assim, sem pensar muito. Pode se arrepender depois...
-Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida, Valéria. Pode confiar em mim. Se eu disse que eu quero ser pai do bebê, eu não tou sendo precipitado. Eu realmente quero.
-Você me emociona, Hugo... só agora eu percebi que você me viu por dentro. Me viu de verdade. Me viu de um jeito que ninguém há muito tempo parecia ver, além do Flavinho e do meu irmão...
-Você me inspira, Valéria. De certa forma, me alimenta e me enche de gás. Você é a coisa mais bonita que me aconteceu...
Os dois se beijam, porém Valéria recua.
-Depois, Hugo... aqui no corredor qualquer um pode ver...
CORTA A CENA.
CENA 6: Leopoldo acorda Bernadete.
-Amor... tá tudo bem?
-Tá sim... só precisei dormir mais pra esquecer um pouco de tudo.
-Nem sei o que dizer. O silêncio nessa casa tá ficando insuportável.
-Logo esse silêncio passa, Leopoldo.
-Você parece calma, Bernadete.
-E eu tou calma. Mais que isso, amor... eu tou sinceramente bastante aliviada.
-Como é que é?
-Isso mesmo que você ouviu. No fundo eu sentia que alguma coisa não tava muito certa nessa coisa do nosso filho se casar com a Cristina. Eu gosto dela. Mas não sei se eles seriam felizes juntos.
-Eu sinceramente não esperava escutar essas coisas de você. Pensei que...
-Não sei o que você pensou, mas sei que pensou errado. O católico fervoroso aqui ainda é você...
-Mas, amor... e o nosso nome, como fica?
-Você acha realmente que tou preocupada com o nosso nome nessa altura da minha vida?
-Bem... acho melhor a gente mudar de assunto.
-Também acho. Estou morrendo de fome. Acho que vou descer pro café...
CORTA A CENA.
CENA 7: Horas depois, já no trabalho, Cristina chama Gustavo em sua sala.
-Precisando me passar alguma coisa, Cris?
-Não, Gustavo. Eu te chamei aqui na minha sala pra te agradecer por tudo... pela acolhida, pelo que você e minha irmã fizeram por mim. Eu nunca vou saber agradecer o suficiente...
-Deixa disso, cunhada. A gente tá junto nessa. Fica o tempo que precisar no meu apartamento, Mesmo, viu?
-Nem precisa se preocupar, Gustavo. Não gosto de abusar da boa vontade dos amigos... eu preciso encarar as coisas que deixei pra trás. E se ficar adiando isso indeterminadamente, vai acabar piorando as coisas.
-O que você quer dizer com isso?
-Que antes de encarar o Hugo eu preciso encarar meus pais. Dar uma satisfação a eles. E pra isso eu preciso voltar pra casa, entende?
-Claro que entendo, Cris... mas se precisar de mais um dia, fica tranquila.
-Eu agradeço, de coração. Mas preciso me resolver com eles hoje ainda, assim que eu fechar a clínica. Agora vem cá me dar um abraço, meu amigo!
Gustavo e Cristina se abraçam. CORTA A CENA.
CENA 8: Flavinho troca o soro de um dos pacientes quando vê Gustavo contando uma história para uma das crianças se acalmar. Encantado, Flavinho assiste à cena até a criança se acalmar e adormecer. Quando Gustavo está praticamente de saída da sala, Flavinho vai atrás dele.
-Ei, Gustavo... tá muito ocupado agora?
-Sempre ocupado, mas nunca o suficiente pra não te dar atenção. Tá precisando de alguma coisa?
-Não... bem, quer dizer... eu queria te dizer o quanto te admiro.
Gustavo fica visivelmente sem graça.
-Uai, Flavinho... o que te deu? Nem sou tudo isso...
-Claro que é. E essa sua humildade te faz mais incrível do que você possa imaginar. De verdade.
-Desse jeito você me emociona, Flavinho. Sabe, eu não faço nada disso pra ser reconhecido ou ganhar aplausos. Mas de alguma forma mexe comigo saber que você me enxerga dessa forma.
-Eu que me emociono, Gustavo. De algum jeito, tudo isso que você vaz pelas crianças me lembra demais do Leo...
-Sinto muito... eu não queria despertar lembranças dolorosas...
-Mas é aí que tá, Gustavo... lembrar dessas coisas boas não é doloroso...
-Não?
-Juro que não. Na verdade, me faz até bem... aprender a deixar ir. Permitir que as coisas sigam, que a vida siga. Às vezes eu sinto que demoro pra me recuperar das coisas. Demoro pra entender de verdade que a vida nunca para. E de certa forma, você tem me ajudado nisso. Obrigado, Gustavo... de coração.
Gustavo abraça Flavinho, emocionado. CORTA A CENA.
CENA 9: Horas mais tarde, Cristina chega em casa e se surpreende ao encontrar Nicole e Sérgio conversando calmamente.
-Ué... não vão me dar bronca por tudo o que eu aprontei no casamento? - espanta-se Cristina.
-Filha... no final das contas eu fiquei aliviado por você. - explica Sérgio.
-Eu nem arrisco mais falar nada. Já me revoltei o suficiente. Você é adulta e sabe de si, não é mesmo? Então que assuma as suas responsabilidades... - fala Nicole.
-Bem... eu fico mais tranquila de saber tudo isso. Achei que vocês estariam umas araras comigo depois que eu fugi do altar... - fala Cristina.
-Eu fiquei. Mas não importa mais... - fala Nicole.
-Gente... foi até melhor assim... porque eu descobri umas coisas meio escabrosas em relação ao Hugo e à Giovanna... - prossegue Cristina.
-Bem que eu sempre achei esquisito aqueles dois. Inclusive a natureza daquela relação ali me é bem estranha, O Hugo sabe que eu fico de olho... - revela Sérgio.
-Pelo visto todo mundo aqui tinha um pé atrás com a Giovanna. Bem, eu preciso esclarecer as coisas pessoalmente com o Hugo... - finaliza Cristina.
CORTA A CENA.
CENA 10: Hugo é surpreendido por Cristina batendo na porta de seu quarto.
-Cristina? Quem abriu pra você?
-A Valéria. Acho que seus pais ainda não querem me encarar... e com razão.
-Que seja. Eu queria dizer que não estou triste com você. Você fez o que achou certo. Se não me ama o suficiente, não tinha que casar.
-E você parece tão aliviado quanto eu...
-Não, que isso...
-Nem precisa mais disfarçar, Hugo... eu sei de tudo. E sabe quem me contou tudo? A própria Giovanna.
-Como é que é?
-Eu sei que vocês mantém um caso há mais de doze anos...
Hugo fica sem reação diante de Cristina. FIM DO CAPÍTULO 51.
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