CENA 1: Apavorado, Maurício estapeia o rosto de Elisabete até que sua mãe reaja.
-Vamos, mãe! Acorda! Reage!
Elisabete abre os olhos e Maurício respira aliviado.
-O que foi isso que você tomou, mãe?
-Tranquilizantes.
-Quantos?
-Mais de trinta.
-Mãe, você quis se matar? Não pensa nas consequências disso? E eu? Você não é uma pessoa sozinha largada no mundo, como teve a capacidade de fazer isso?
-Filho... me ajuda! Eu não quero morrer, me ajuda!
-Claro que eu vou ajudar. Você fica quieta aí na sua cama que eu vou chamar uma ambulância. Mas antes, vou confiscar esse frasco maldito e qualquer objeto cortante daqui. Te conheço, dona Elisabete, te conheço!
Em menos de cinco minutos, a ambulância chega e Maurício acompanha Elisabete dentro da ambulância, a caminho da emergência do hospital.
-Francamente, mãe... pra que fazer isso? Olha a situação em que você se enfiou, que me enfiou junto! Eu posso ficar sem mãe por causa do seu próprio egoísmo!
-Rapaz, não seja duro com a sua mãe. Ela está com boas reações cognitivas ainda... vai dar tudo certo, você vai ver... - fala o médico.
-Eu sei, doutor. Mas isso nem precisava chegar a acontecer, se ela tivesse mais juízo e tivesse me dado ouvidos. Eu devia ter insistido pra ela sair mais, pra conhecer mais gente, se desapegar do meu pai de uma vez...
-Seu pai se foi, rapaz?
-Não, doutor. Se divorciou da minha mãe. Ela não sabe lidar com isso ainda.
-Entendi. Esses casos de tentativa de suicídio pelo fim de um relacionamento são mais comuns que você imagina, rapaz...
-E por que ela foi sedada?
-Ela tomou um placebo. Eu dei água com sal dizendo que era sedativo. Juntou o psicológico com o que ela tomou de tranquilizante. É melhor assim, vai por mim.
-Só quero que ela saia dessa... que não acabe envenenada.
-Envenenada ela já está, rapaz. Mas não vamos deixar acontecer o pior. Agora desça, por favor. Chegamos.
Maurício desce da ambulância e acompanha Elisabete sendo levada na maca para ser desintoxicada.
-Você fica aqui. - barra um médico.
-Mas é minha mãe...
-Ela vai ser desintoxicada. Não vai morrer nem ter sequelas maiores. Você agiu rapidamente, rapaz. Tá tudo certo.
-E eu posso levar ela pra casa ainda hoje?
-Não. Você pode ir falar com ela depois da lavagem estomacal e dos procedimentos restantes, que são rápidos. Mas essa noite ela fica aqui, por precaução. É procedimento de praxe, não se preocupe.
Maurício aguarda e cerca de meia hora depois, o médico o chama.
-Maurício, pode vir ver sua mãe.
Maurício vai até Elisabete.
-Que sustão que você me deu, mãe! Promete que nunca mais faz isso?
-Prometo. Só não prometo ter alegria de viver...
-Pois devia. Isso aqui é uma segunda chance. Não deve ser desperdiçada.
-Que chance eu vou querer? Nem meu casamento eu tenho mais, de que vale a minha vida?
-Mãe... e eu não sou nada? Posso não ser mais uma criança nem um adolescente, mas sou seu filho ainda preciso de você aqui comigo, viva. Cheia de esperança, procurando viver, buscando felicidade. A vida tá aí pra ser vivida... e você precisa aprender a fazer isso por conta própria, sem condicionar a ninguém, muito menos ao pai, a sua felicidade.
-Só não sei como fazer isso.
-Mas precisa descobrir. Olha o que você fez, mãe! Você poderia estar morta se eu não tivesse te socorrido a tempo e chamado a ambulância. Percebe o nível de gravidade disso? Ah, tem mais uma coisa: eu vou ligar pro pai. Contar tudo o que aconteceu. Nem você vai me impedir!
CORTA A CENA.
CENA 2: Instantes depois, Fábio chega ao hospital e vê Maurício à sua espera no corredor.
-Então, filho... me conta melhor como foi isso...
-A mãe tentou se matar tomando aquele tranquilizante que ela toma quando tá com dificuldade pra dormir, sabe?
-Meu Deus... isso que dá ela não ver vida fora do casamento e assistir novela mexicana demais...
-Nossa, que jeito de falar, pai...
-Nunca sei como reagir nessas horas de nervoso. Ela vai ficar bem?
-Fisicamente ela vai. Mas emocionalmente a mãe tá completamente perdida. Não sei mais o que fazer, pai... sinceramente, eu não sei.
-E você pensa que eu sei? Filho, essa situação me deixa tão perdido quanto você ou ainda mais perdido. Ainda mais tendo essa minha história mal resolvida com a Cristina. Acho que sua mãe demorou pra assimilar que de fato tinha se divorciado de mim.
-Acho que é bem isso, pai. Só que eu não sei mais como ajudar ela. Já dei tudo o que foi de conselho útil. Na hora ela parece entender as coisas... mas depois esquece. Sinto medo, pai... de ela não estar mais aqui com a gente. De desistir da vida... e por tão pouco!
-Ainda bem que você entende, filho... por um momento eu tive medo que você insistisse pra eu dar uma chance à sua mãe outra vez.
-Nunca que eu ia fazer um negócio desses com você, pai. Eu vi o quanto foi sofrido pra você e pra mãe esses anos todos... eu sabia que não existia um casamento ali mais, era só um contrato. Só que a mãe foi a última a enxergar isso.
-Ela não queria ver. E eu compreendo as razões dela.
-Por mais que sejam compreensíveis essas razões, não é justo você mudar sua vida mais uma vez por ela. Você já cometeu esse erro antes. Se tivesse tomado uma atitude antes, teria vivido livre mais tempo com a Arlete. Quem sabe eu poderia ter até um irmãozinho ou irmãzinha agora...
-Filho... esquece isso. O que já foi já foi. Não faz sentido a gente tergiversar sobre o que poderia ter sido.
-Eu sei... desculpa qualquer coisa.
-Não tem porque eu te desculpar, relaxa. Posso ir ver a Bete?
-Poder pode... só não sei se é aconselhável. Pelo menos, não agora...
-Você tem medo que ela se abale mais, eu sei...
-E não é pra ter? Eu sei que ela fez errado de te seduzir, mas... esse não é o momento pra apontar o dedo pra ela. É hora de tentar encontrar um jeito de mostrar pra ela que ela tem muita força ali dentro...
Fábio abraça o filho, emocionado. CORTA A CENA.
CENA 3: Flavinho procura Valéria.
-Posso entrar?
-Já entrou...
-Eu queria te pedir desculpa por qualquer coisa, amiga...
-Quer saber? Nem tem que me pedir desculpa por coisa nenhuma... eu realmente ando incomodada, estressada. Deve ser essa coisa toda da gravidez, esses hormônios me deixando fora de mim...
-Que são hormônios, disso eu não tenho dúvida. Se são relacionados à gravidez, já não sei...
-Menos, Flavinho! Ocê vem aqui me pedir desculpa e começa essa conversa mole? Se for pra continuar, melhor sair daqui, sério mesmo.
-Na verdade eu queria conversar sobre seu irmão.
-Que? Mas o que o Gustavo pode ter aprontado?
-E quem disse que ele aprontou alguma coisa?
-Uai, procê chegar falando assim, dizendo que precisa falar sobre ele... sei lá, né.
-Na verdade eu tou admirado com ele.
-Por causa do que ele faz com as crianças da clínica?
-Sim, Valéria... isso me tocou. Eu jamais pensei que ele fosse ser capaz de uma coisa tão bonita... me lembra tanto o Leo, como eu conheci ele, sabe? Fiquei tocado, não vou mentir.
-Vish... agora é a minha vez de dizer, Flavinho... acho que ocê ficou tocado sim, mas não só por achar bonito o gesto do meu irmão. Alguma coisa aí dentro tá começando a surgir.
-Tá doida, garota? Vira essa boca pra lá! Se esqueceu que ele tá com a Daniella?
-Mas não tá morto. E você tá sem ninguém.
-Não acredito que ocê tá me falando um trem desses...
-Uai, que é que tem? Meu irmão gosta de gente. O que impede ele de gostar de você um dia?
-Valéria, acorda! Independente disso, ele tem uma namorada. E não vou ser eu, Flávio de Leon, que vou me meter entre um casal. Não mesmo!
-Precisa reagir desse jeito?
-Desse jeito como?
-Todo nervosinho...
-Coisa da sua cabeça, Valéria... sério. Ainda tou de luto... faz muito pouco tempo que eu perdi o Leo. Ele foi um grande amor na minha vida.
-Tá vendo? Você falou um troço certo: ele foi um grande amor. Mas não foi o grande amor.
-Enquanto a gente tava junto, foi sim. Ai, Valéria... precisa mesmo desse papo? Não pretendo me apaixonar. Não tão cedo assim. Muito menos pelo seu irmão.
-Nossa... não tá mais aqui quem falou, eu hein...
CORTA A CENA.
CENA 4: Ao amanhecer do dia seguinte, a campainha do apartamento de Mônica toca. Bruno se incomoda e esbraveja na cama.
-Porra, só o que me faltava aparecer gente batendo aqui em plena madrugada!
-Bruno, são seis da manhã. Não é mais madrugada.
-Vai catar pulga, Alexandre! Que saco!
Mônica escuta discussão ao passar pelo corredor.
-Chega, Bruno! Se esqueceu que hoje é o dia que a Raphaela volta?
-Ah, a grande Raphaela Napoli. Caguei baldes. - reclama Bruno.
-A modelo famosa? Não acredito! - anima-se Alexandre.
-Isso, gauchinho... vai lá puxar saco da top pra ver se você consegue um QI... - ironiza Bruno.
Mônica olha para Bruno com reprovação e vai abrir a porta. Raphaela abraça calorosamente Mônica.
-Que saudade da minha madrinha preferida!
-Querida! Saudade tive eu, Raphaela... você não faz ideia do tanto que aconteceu ultimamente por aqui.
-Nossa, houve algum assassinato?
-Não, mas eu tou quase matando um!
As duas riem.
-Entra, Rapha... venha conhecer o pessoal que tá morando aqui agora...
-É impressionante como a vida dá voltas, eu faço sucesso e ainda só me sinto em casa aqui. Você me permite ajudar os iniciantes?
-E você ainda pergunta? Ando mesmo precisada de uma ajudante como você, que ama o que faz.
Raphaella entra e cumprimenta a todos.
-Oi, gente! Desculpa chegar cedo, como vocês devem saber eu sou a Raphaela Napoli. Vim passar uns tempos aqui. Qualquer dúvida que vocês tiverem em relação à carreira, podem falar comigo que eu vou amar ajudar. Agora me deem licença que eu vou arrumar minhas coisas no quarto que a Mônica separou pra mim...
-Mas tá se achando essa garota, impressionante. Era uma célebre desconhecida até dois anos atrás e agora tem até quartinho cativo enquanto eu durmo na sala... - reclama Bruno.
-Tu não é o único. Eu não acho ruim dormir aqui. Por que tu não fala isso na cara da Mônica? Quem sabe ela pode resolver esse caso e eu confesso que me aliviaria de não ter que aguentar esse monte de reclamação o tempo todo.
-Vai cagar, Alexandre. Coisa chata, você... sempre todo certinho, mimimi pra cá, mimimi pra lá...
-Não sou eu que fico reclamando de tudo. Cresce, Bruno. Tu não tem mais idade pra ser idiotinha assim.
CORTA A CENA.
CENA 5: Flavinho chega ao trabalho e se surpreende por já encontrar Gustavo na clínica.
-Nossa, nunca te vi chegar tão cedo assim!
-Às vezes chego bem antes, Flavinho. Sabe como é, pra não atrasar. Morro de medo de me atrasar, então prefiro nem arriscar.
-Eita, isso que é ser prevenido.
-Sabe, Flavinho, aquele dia eu vi que ocê curtiu a ideia de animar as crianças...
-Que dia? Ah... sim... então, eu acho lindo o que ocê faz, mas daí a eu me juntar...
-Que mal tem, Flavinho?
-Não... mal não tem... é que eu não sou bom como você.
-Nada disso. Você é bom, sim... só precisa parar de se nivelar por baixo assim.
-E o que ocê sugere pra eu parar de me sentir pequeno, posso saber?
-Simples: se junta comigo hoje pra animar as crianças, vai!
-Que? Endoideceu? E se eu não der conta do meu trabalho?
-Se eu dou, você também consegue.
-Que horas seria?
-Depois das cinco, como sempre.
-Tá... vou ver se até lá consigo pensar direito sobre tudo isso.
-Aceita, vai!
-Prometo tentar... só que isso tudo me lembra o Leo... e isso pode pesar aqui dentro, entende?
-Você merece ser leve de novo, meu amigo. Não tá na hora de se permitir a isso?
-Olhando por esse lado... tem razão. Pode me esperar que eu vou me juntar a você hoje. Mas a princípio é só hoje, viu?
-Ótimo! Já temos um começo!
CORTA A CENA.
CENA 6: Giovanna chega à agência com atraso e Hugo a encara, debochado.
-Olha ela, dona Giovanna Salgado, chegando atrasada na Natural High! Quem te viu, quem te vê...
-Dispenso o seu deboche, Hugo. Não posso me atrasar, não?
-Não deveria. Você ainda é minha subordinada.
-Não seja ingrato. Posso não ter a sua importância aqui dentro, mas se não fosse por mim, essa agência nem existiria.
-E você faz questão de dizer isso sempre, né? Parece um troféu.
-Você não sabe de nada, Hugo.
-Mas talvez devesse saber. Ou não?
-Que conversa mole sem sentido, essa sua. Quem te pede pra me deixar trabalhar agora, sou eu.
-Ficou bravinha? Típico. Só queria entender uma coisa...
-Pois fale...
-Qual é o seu interesse em manter as coisas sempre sob o seu controle?
-Quem foi que te disse que eu quero as coisas sempre sob o meu controle? Tá doido, cara?
-Não preciso que ninguém me diga. Pra mim é claro. Essa insistência em me casar com a Cristina, por exemplo.
-Não tem porcaria de manipulação nenhuma nisso. Eu nasci pra ser a outra. Pensei que você soubesse disso depois de tanto tempo.
-Eu sei. Mas não gosto disso. Nem um pouco.
-Resolveu bancar o moralista agora, pra cima de mim? Vá plantar bananeira, Hugo...
Giovanna deixa a sala e Hugo se sente desconfortável. CORTA A CENA.
CENA 7: Érico estranha a presença de Guilherme na sala.
-Ué... não era pra estar na faculdade já? Bom dia...
-Então, Érico... hoje deu uma preguiça, sabe? Tiro sempre as melhores notas, uma falta de vez em quando não faz mal...
-Nunca pensei que você tinha esse lado meio rebelde.
-Ele começa e acaba nessas extravagâncias...
-Sabe, Guilherme... eu queria ser mais rebelde. Não no sentido de bater de frente, mas no sentido de fazer o que eu realmente quero na vida.
-E por que você não faz? Nada te impede...
-Tenho medo de sofrer violência... acho que é por isso que nunca me envolvi com ninguém.
-Pena. Você devia se permitir... tem alguém que te interesse?
-Tem... mas ele não repararia num cara errado como eu...
-Você não é errado. E quem disse que ele não repara?
Os dois se olham, com atração. CORTA A CENA.
CENA 8: Durante a tarde, Fábio e Maurício acompanham Elisabete de volta ao apartamento.
-Gente, não precisava dessa coisa toda. Acabei atrapalhando seu dia, Fábio... cê nem tinha que ter ido comigo e com o Maurício almoçar comigo no restaurante... - fala Elisabete.
-Deixa de besteira, mãe. A gente só fez isso pra ter certeza que você tá realmente se sentindo melhor depois dessa coisa toda... - esclarece Maurício.
-Depois, eu conversei com o médico que te atendeu. Ele disse pra gente não desgrudar de você, mesmo que você não manifeste mais tendência suicida. - continua Fábio.
-Já disse que me arrependi, gente... e fui sincera. Eu fiz aquilo num momento de cabeça quente, de desespero. Fui egoísta. Eu quero viver, gente... eu juro que quero! E dessa vez por mim, sem me apoiar em nenhuma solução milagrosa. - fala Elisabete, convicta.
-Muito me alivia saber disso. Você foi minha mulher e é uma amiga muito querida, além de ser mãe do meu filho... - fala Fábio.
-É... e eu não tenho idade nem estrutura emocional pra ficar órfão de mãe justo agora, viu? Fico tranquilo de saber que tudo isso pelo menos te serviu de lição... - desabafa Maurício.
-Eu sinto muito por tudo, por toda a preocupação que causei a vocês. Eu quero lutar por mim, pela minha vida, pela minha felicidade. Não sei por onde começar. Mas sei que seja por onde for que eu comece, eu vou encontrar o meu caminho. Ah, se vou! - afirma Elisabete.
Maurício e Fábio abraçam Elisabete. CORTA A CENA.
CENA 9: Ao final do expediente, Gustavo e Flavinho gargalham.
-É um barato fazer essas crianças rirem, né?
-Nem me fala, Gustavo. Volto pra um momento da minha vida que era feliz pra danar! A gente ri da risada gostosa deles, me emociona ver a esperança se renovar nelas... isso com certeza ajuda no tratamento e na cura delas...
-É assim que eu sinto. Mas queria te fazer um convite. Vou no Cantinho Francês hoje com a Dani... não quer vir com a gente?
-Tá maluco? Vai de moto e vai beber?
-Claro que não. Eu e a Dani vamos rachar um táxi.
-Eu até iria, mas tou podre de exausto de hoje. Fica pra próxima... vou chamar o uber agora...
-Olha, como tá esbanjando! Se sentindo rico, já?
-Bobo... só prefiro não lidar com o risco de cruzar com algum taxista sem noção...
-Então a gente se vê amanhã... o meu táxi já chegou...
CORTA A CENA.
CENA 10: Daniella e Gustavo se divertem no pub de Idina e Gustavo percebe que bebeu além da conta.
-Vish, acho que me empolguei na cerveja, amor... vou ali no banheiro e já volto.
Gustavo vai ao banheiro e Daniella segue bebendo e apreciando a música ambiente. De repente, é surpreendida por Patrícia se sentando na cadeira deixada vaga por Gustavo.
-Dani, que coincidência! Não esperava encontrar você por aqui!
-Gente, nem sabia que você já conhecia o Cantinho Francês, tou passada!
Nesse momento, Gustavo volta e se depara com Patrícia.
-Posso saber o que é que você veio fazer aqui? Tá me seguido agora, garota?
Patrícia olha para Gustavo, tensa. FIM DO CAPÍTULO 45.
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