quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

CAPÍTULO 70

CENA 1: Apesar de surpreso, Gustavo segue sem entender o motivo do pedido de desculpas de Flavinho.
-Tá tudo certo, Flavinho... eu já te falei que não tenho o que desculpar ou perdoar. Tá tudo bem, viu?
-Não tá nada bem... eu agi errado. Pensei errado... não sou sempre um cara legal. E sei que pensei besteira a seu respeito.
-Mas que tipo de besteira? Desculpa, mas não tou entendendo é nada, Flavinho...
-Eu me senti enganado por você. Mas sei que ocê não me enganou...
-Uai, que negócio é esse?
-Tanto você quanto a Valéria nunca mencionaram sua sexualidade.
-É que não achei necessário dizer. Desculpa se isso te fez pensar que eu não confio em você. Porque eu sempre confiei e sempre vou confiar, tá?
-Não é só isso. É porque eu tenho uma visão meio errada dos bissexuais... ou tinha... sei lá, tou tentando não ter mais, mas ainda tá difícil.
-Como o que, por exemplo?
-Que bissexuais são promíscuos, indecisos, infiéis... essa coisa toda. Desculpa, Gustavo... eu não quero continuar pensando essas coisas. E é por isso que eu vim te pedir desculpa. Porque eu sei que fui injusto... e não quero mais ser. Eu gosto muito de você e vou superar esses meus preconceitos.
-Que besteira, Flavinho! Sério que você passou por todo esse conflito? Eu sou acostumado com as pessoas fazendo mal juízo da minha bissexualidade, acho que é por isso que esqueço de contar. Dá um abraço aqui, meu amigo!
Flavinho abraça Gustavo.
-Então tá tudo certo?
-No que depende de mim, tudo sempre esteve certo.
-Então tá tudo bem... desculpa mesmo se eu pensei merda, tá?
-Eu pareço me importar com isso?
-Não...
-Então por que ocê tá me pedindo desculpa? Flavinho, eu nem tenho o que desculpar... sério mesmo!
-Você não existe, Gustavo...
-Pode parar. Você que é incrível, sabia?
-Logo eu? Sou tão cheio de defeitos, Gustavo...
-Mas admite todos eles. Não tem medo de esconder as fraquezas, as coisas que ainda precisa melhorar.
-Ai, para... desse jeito ocê vai me deixar sem graça.
-Nada que umas cervejas não resolvam...
-Ei, não é porque eu não fiquei de ressaca que eu tou considerando outro porre...
-Quem falou em beber além da conta? Sabe aquele bar que fica quase ao lado do meu prédio?
-Ah, sim... mas só se eu ficar na cerveja e nada além disso.
-Flavinho, quem resolveu misturar foi você, eu não te obriguei a nada.
-Ah, nem vem que ocê me entendeu. Vou pegar leve pra não pagar mico e nem dar trabalho.
-Ei, quer largar de ser tão defensivo?
-Defensivo, eu?
-Não, Flavinho, a Camila Cabello.
-Morto que você curte Fifth Harmony!
-Pelo visto tem um tantão de coisa que ocê ainda não sabe sobre mim... mas não leva a mal, é que eu esqueço de falar, mesmo.
-Bem, já que a gente vai pro lado do seu prédio, ocê trate de estacionar sua moto lá porque senão já viu...
-Quem você pensa que é pra me dar ordens?
Os dois riem. CORTA A CENA.

CENA 2: Guilherme desabafa com Érico sobre situação com seu pai.
-Eu sei que talvez você não queira ouvir, eu sei que cê tá empolgado de eu ficar aqui, mas...
-Fala, Gui... cê sabe que eu vou ouvir seus desabafos sempre que precisar.
-Mas sei que cê tem os seus problemas.
-Isso não diminui os seus. Quer fazer o favor de parar de minimizar suas dores?
-Ai, Érico... me machuca tanto tudo o que o meu pai fala, sabe? Me magoa muito, porque ele parece que não faz a mínima questão de me ouvir. De saber da história pelo meu lado... ou pelo lado de quem realmente pode ensinar alguma coisa pra ele.
-De repente ele acha que os mais jovens não tem nada a ensinar pra ele. Cê sabe como foi a educação dele, melhor que eu, inclusive...
-Eu sei de tudo isso, Érico... mas não é fácil. Primeiro porque ele me enganou. Foi falso, duas caras, durante anos...
-Já te passou pela cabeça que isso é o jeito torto dele amar?
-Torto demais, só se for. Me tratando bem pela frente e quando eu virava as costas, metia o malho e falava os maiores absurdos? Que amor é esse que tem duas caras? Que amor é esse que tem medo de ser honesto com o próprio filho? Se ele tivesse falado desde o começo da dificuldade dele em entender minha bissexualidade, tranquilo, de boas... eu entenderia. Seria didático quantas vezes fosse preciso. Discutiria e aguentaria as explosões dele, numa boa. Mas ele fechou essa porta e isso é o que mais me dói.
-Gui... eu sei o quanto isso tudo deve te doer. Mas você já parou pra pensar pelo lado positivo dessa coisa toda?
-Que lado positivo, Érico? Nem eu que sou otimista consigo ver algo de bom nisso tudo...
-O lado bom? Você ter um pai...
-Ai, Érico... desculpa. Tá vendo porque eu falei? Eu não devia desabafar essas coisas, ainda mais com você...
-Devia sim. Pra eu poder te lembrar da sorte que você tem de pelo menos ainda ter um pai, que apesar dos pesares, nunca deixou de ser presente na sua vida. E eu? E a Carla? Que nem a chance de conviver com nosso pai a gente teve? Sabe? Não quero minimizar o seu problema nem mudar o foco das coisas, mas pensa nisso! Pensa na sorte que você tem e na chance que isso te concede de pelo menos tentar consertar o que não vai bem...
-Eu sei disso, Érico... mas eu sei também que a minha mãe sofre. Eu sofro com tudo isso. De que adianta ter um pai presente se ele condena tudo o que eu sou, por ignorância?
-Pensa que a ignorância não é culpa dele...
-Mas ele sabe que é ignorância. Em momentos de lucidez, ele reconhece que precisa melhorar...
-Ah, claro... e você acha que uma pessoa se desconstrói do dia pra noite, Gui? Francamente...
-Talvez eu deva dar tempo ao tempo...
-Talvez? Eu tenho certeza. Você e seu pai ainda se acertam... nem que isso leve anos.
CORTA A CENA.

CENA 3: Armênia se preocupa com Humberto durante o jantar.
-Come alguma coisa pelo menos, querido...
-Não tem como... nada entra, nada desce...
-Sabe o que é isso? Consciência pesada. E você sabe disso.
-Sei mesmo. Não sou capaz de discordar.
-Melhor assim. Porque nós precisamos conversar, Humberto... e você vai me ouvir sem protestar. Chega de achar que você tem alguma vantagem ou domínio por ser homem.
-Em qualquer outro momento eu ia mandar você se calar e se colocar no seu lugar. Mas tou sem forças pra isso... e no fundo eu reconheço que cê tá certa e provavelmente sempre esteve.
-Então trata de fechar essa sua matraca geminiana que hoje quem vai falar sou eu...
-Tá.
-Humberto, você é o único responsável direto por ter transformado a sua relação com o nosso filho numa coisa completamente tóxica.
-Tóxica?
-Exatamente. Cê pode até não reconhecer isso, mas é exatamente o que aconteceu. Você intoxicou, dia após dia, a relação de vocês, desde que o Guilherme assumiu a bissexualidade. Não teve peito de encarar de frente seus preconceitos e admitir essas fraquezas diante dele. Fez jogo duplo.
-Mas não foi minha intenção, Armênia... eu só não tinha coragem de...
-De ser homem? De falar na cara do nosso filho o que você realmente pensava diante de tudo? Por mais errado que fosse, vocês se comunicariam. Brigariam, se enfrentariam... mas você, Humberto, teria aprendido antes o quanto essas suas visões retrógradas são erradas. Você deixou o tempo passar. E uma das culpadas fui eu.
-Você?
-Eu devia ter jogado a merda no ventilador. Meu erro foi tentar colocar panos quentes nisso tudo durante anos. Deu no que deu, nesses incidentes todos. Tudo porque eu tentei poupar nosso filho de se decepcionar com você. Pra que? Pra nada!
-O duro é que tudo o que cê disse até agora é verdade...
-E é bom que você não se esqueça disso. Porque eu estou ficando farta, Humberto. Se você continuar sem mudar e evoluir, a nossa única saída vai ser a separação. Do jeito que está, não pode mais ficar... e eu nunca falei tão sério na minha vida. Cresce. Mas cresce de verdade, viu?
CORTA A CENA.

CENA 4: Mônica aguarda Bruno chegar em seu quarto. Bruno chega.
-Mandou chamar, Mônica? A Geórgia me avisou que...
-Senta, Bruno. A gente não teve como conversar sério antes, mas essa conversa vai acontecer agora. E é bom que você me escute mais do que fale, tá ok?
-Nossa... tudo bem, Mônica... mas o que cê tem de tão sério pra conversar comigo?
-Bruno... você e eu sabemos que você fez coisa muito errada. Durante muito tempo eu fiz vista grossa enquanto isso não prejudicou ninguém. Mas o acidente com o Alexandre, provocado por você, foi o cúmulo. Você teve sorte por tudo ter terminado bem, porque o Alexandre podia ter se ferido gravemente e até não estar mais vivo. E a culpa seria sua.. Uma coisa é você competir saudavelmente entre seus colegas. Isso todo mundo faz em algum momento. Outra coisa é você ter inveja de todo mundo, se sentir ameaçado e querer tirar as pessoas do seu caminho. Isso é doentio.
-Mas eu prometi que nunca mais vou fazer algo assim... eu vi o tamanho da merda que fiz. E me arrependi de coração. Acho que cê sabe disso...
-Sabe que eu acredito? Dá pra ver o arrependimento na sua expressão, no seu jeito, no seu olhar... mas eu preciso deixar uma coisa bem clara aqui, pra que não te reste nenhuma dúvida.
-Dúvida do que?
-Cê já vai entender...
-Vou?
-Sim... e você deveria agradecer de joelhos a sua namorada, viu? Se não fosse pela Geórgia, cê já tava fora daqui.
-Como assim?
-Simples. Eu fiquei furiosa com você quando constatei que você armou o acidente do Alexandre. Eu, por mim, tinha te expulsado daqui. Não ia te deixar na mão porque sei que você não tem condições de voltar pra Argentina, mas você estaria fora daqui... e da agência também. Então trate não só de agradecer Geórgia, mas também trate de rever suas atitudes. Você não é mais nenhum garoto... e se não mudar, vai ver sua juventude passar sem o sucesso que sonhou...
-Eu agradeço pela segunda chance, Mônica.
-Não vai haver uma terceira. Por isso te chamei aqui.
-Pode acreditar que eu aprendi a lição.
-É bom que tenha aprendido. Não vou ter mais nenhuma tolerância se você aprontar mais uma que seja.
-É justo. Posso ir?
-Pode. Mas vê se não esquece de nada que eu disse, tá? Sabe, Bruno... eu gosto de você. Mas você precisa colaborar e melhorar como pessoa.
-Eu já ando revendo muita coisa nessa vida...
-Siga assim, querido. Siga assim que você só tem a ganhar...
CORTA A CENA.

CENA 5: Sérgio recebe Mônica em seu apartamento.
-Atrasou um pouco, amor... aconteceu alguma coisa?
-Eu tinha te falado que tava tentando arranjar tempo de enquadrar o Bruno, não falei?
-Ah, sim... foi hoje?
-Fiz isso antes de vir pra cá. O menino parece que aprendeu a lição.
-Tomara que tenha aprendido... mas é sempre bom manter o pé atrás.
-E você acha que eu não mantenho, amor? Ah, Sérgio... eu não nasci ontem. A profissão me ensinou a confiar até a página dois... não mais que isso.
-Você não pensa em tirar férias?
-Cê tá doido, amor? Eu tou cobrindo as férias do Ricardo! Nem pensar, por enquanto...
-Mas e depois que ele voltar? Você não acha que anda trabalhando demais?
-Pior que acho... mas não é tão simples. Por mim, eu saía de férias... mas tem muita gente que depende de mim de alguma forma. Não me sinto em condições de largar tudo isso assim, no mais.
-Pois eu acho que você se cobra demais, Mônica... devia relaxar mais. Aproveitar a vida, sabe?
CORTA A CENA.

CENA 6: Horas depois, Flavinho acaba ficando novamente no apartamento de Gustavo.
-Desse jeito ocê vai pensar que eu tou querendo me mudar pra cá...
-Besteira. É melhor no deslocamento até a clínica. Depois a sua mãe não vê problema...
-Acho engraçado quando você diz que a Bernadete é minha mãe... é assim que eu sinto ela, mas... é doido imaginar que você veja assim também.
-Desculpa minha franqueza, mas entre ela e a Cleusa, não tenho dúvidas de quem é sua mãe na prática.
-Sutil como o coice de um cavalo, hein? Mas é verdade. Gustavo... nem ouso discordar.
-Entre mortos e feridos, hoje nós dois nos salvamos...
-Oi? Como assim?
-Hoje você não tomou porre.
-Nossa, que engraçado você...
-Sabia que você fica bonitinho quando fica bravo?
Flavinho se espanta com comentário de Gustavo.
-O que foi que ocê acabou de dizer?
-Uai, que é que tem demais? Eu achar você um cara bonito? Acho mesmo. Não sei porque tanto espanto.
-É que... bem, ocê sabe que faz pouco tempo que o Leo morreu e... bem, a memória dele ainda é algo muito vivo em mim.
-Oi? Mas que papo é esse? Ocê não tá achando que eu tou dando em cima, tá?
-Ai, desculpa... por um momento eu pensei nisso, sim.
-Deixa de bobeira, Flavinho. A gente é amigo há tanto tempo, sabe? Se eu estivesse a fim, você já saberia. Mas eu compreendo você. Essa coisa toda, a solidão inesperada... tudo isso mexe com a gente. Fica tranquilo que não levei a mal essa confusão.
-Realmente... isso mexe comigo. Mais do que eu pensei que fosse mexer. Mas chega de lamúria. Tem cerveja na sua geladeira?
-Acho que tem umas. Vamos pegar?
-Vamos!
CORTA A CENA.

CENA 7: Na manhã do dia seguinte, Guilherme está à mesa, tomando café, quando é surpreendido por Humberto, acompanhado de Margarida.
-Guilherme... acho que seu pai e você precisam conversar. - fala Margarida, se retirando.
Humberto olha para o filho. Guilherme segue comendo.
-Não vai falar comigo, filho?
-Eu deveria? Depois de ouvir todos aqueles absurdos? Absurdos que, aliás, você só tem coragem de falar pelas minhas costas, porque não é homem pra me peitar? Não temos o que falar, seu Humberto. É melhor você ir embora e me deixar comer em paz.
-Mas as coisas não podem continuar assim...
-Fui eu que deixei elas assim?
-Não...
-Então as coisas já começam a se esclarecer. Mas não hoje. Não aqui, não agora.
-Você quer mesmo que eu vá embora? Eu vim aqui, de coração aberto, disposto a conversar.
-Espera a poeira baixar, pai. Vai ser melhor pra todos nós, vai por mim.
-Se é assim que você prefere, eu vou. Mas saiba que eu me arrependo muito.
-Eu acredito. Mas você precisa melhorar muito ainda. Em muitos sentidos.
CORTA A CENA.

CENA 8: Elisabete surpreende Maria Susana, chegando em sua casa.
-Nossa, eu não esperava te ver aqui hoje... ainda mais tão cedo. Entra, por favor!
-Eu vim aqui porque andei pensando... aliás, andei sentindo saudade.
-Também senti saudade... mas não sabia como agir diante disso. Que bom que você veio...
-Eu quero passar o dia com você. O que cê acha?
-Ah... eu adoraria! Mas e o Miguel? Como eu explico pra ele?
-Diz pra ele que eu sou uma amiga, ué. Ele já me conhece, não é nenhum espanto.
-Sabe o que é, Bete? Se eu for passar o dia com você... bem, eu não vou querer ficar só como amiga... se é que você me entende.
-Nem eu pensei só nisso.
-Só que nesse caso, eu acho que o Miguel ia ficar sem entender num primeiro momento... ele precisaria de uma preparação, de uma didática... eu vou ligar pro Zé. Pra ver se ele ou a Idina tem como ficar com o Miguel durante o dia,
-E tem possibilidade da coisa não dar certo?
-Quase zero. Eles são ótimos... sempre dão um jeito. E duvido que justo agora no finalzinho das férias do Miguel o Zé não queira paparicar mais ainda o filho...
-Se você diz... vai ligar pra eles, já?
-Claro!
CORTA A CENA.

CENA 9: Poucas horas depois, Idina observa Miguel dormir no sofá.
-Coisa boa um sono leve desses, hein? Quando eu era criança, era bem assim... dormia em qualquer canto. Ah, como faz falta essa ausência de preocupações...
-Ah, Idina... Miguel tá tão crescido já, sabe? Chega a dar um aperto no peito em imaginar que esse sossego todo tá perto de acabar...
-Eu fiquei surpreso de você não falar nada pra Maria Susana.
-E por que eu haveria de falar? Tá certa ela de querer ser feliz.
-Por um momento eu pensei que você pudesse encrencar com essa nova fase dela, com a Bete...
-Encrencar, eu? Jamais! É bom porque as coisas ficam mais ou menos em família...
-Você diz isso pela Bete ser a ex do Fábio?
-Sim. Ele era o amor da minha irmã, não era? Melhor assim... tudo em casa.
-A cada dia que passa você consegue me surpreender mais ainda, sabia disso, Zé?
-Ah, Idina... só faço o que posso.
-Não, José... cê faz muito além do que pode. E todo mundo que te ama e convive contigo só tem a agradecer... pode ter certeza disso!
-Nem... amor é amor, Idina. Nem que seja entre iguais. Se você fosse um homem, por exemplo, eu ia te amar mesmo assim. Por você ser quem você é... entende?
Idina abraça José, orgulhosa. CORTA A CENA.

CENA 10: Flavinho passa em casa antes de ir para a clínica e Valéria o procura no quarto.
-Uai, nem sabia que ocê passava aqui antes de ir pro trampo...
-Preciso, né? Não tenho escova de dentes no apê do seu irmão...
-Vocês dois, hein? Sei não, viu...
-Nem começa, garota... nem começa.
-Ai, Flavinho, ocê me poupe dessas fugas sem sentido.
-Oi?
-Sim, sem sentido! Já faz alguns meses que o Leo se foi, a vida segue, a fila anda, qual é o problema disso?
-Problema nenhum, mas... olha, nem sei por onde começar.
-Mas eu tenho uma ideia. E uma pergunta pra te fazer. Flavinho... cê tá se apaixonando pelo meu irmão?
Flavinho gela. FIM DO CAPÍTULO 70.

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