quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CAPÍTULO 9

CENA 1: Cristina tenta se tranquilizar e faz perguntas ao médico.
-Como é que é essa história? Que doença degenerativa é essa? Tem tratamento? Eu não posso ficar cega!
-Calma, Cristina! Não tá vendo que tá enchendo o médico de perguntas? - repreende Vitório, aflito.
O médico começa a falar.
-Não precisa me chamarem de doutor, me chamem de Otávio. Bem, precisamos esclarecer sobre a doença de Cristina. O fato é que se ela fosse descoberta em estágio inicial, seria tratável.
-Como é que é? Em que estágio estou? - espanta-se Cristina.
-Essa é uma doença degenerativa de ação rápida. Pelas minhas contas, os primeiros sinais devem ter surgido há seis meses, mas foram ignorados. Na maioria dos casos de DMRI exsudativa, a única alternativa de tratamento é quando a doença ainda é assintomática, o que poderia ter sido visto num diagnóstico precoce. Da forma como já avançou... já não existe um tratamento possível a não ser transplante de córneas. Até aí, não seria problema algum. Só que no seu caso, Cristina... bem, o seu caso requer um transplante de retinas também, porque a doença age sobre elas. E se não houver um transplante, você ficará cega em menos de um ano. Completamente cega, de maneira irreversível. A única maneira de evitar isso é com um transplante de córneas e retinas. Só que o procedimento de transplante de retinas é algo muito recente na nossa medicina, de forma que ainda é bastante experimental e as chances de dar certo são incertas.
-Você tá dizendo que a única chance da minha mulher é transplante e mesmo assim não tem garantia? - espanta-se Vitório.
-Sim, Vitório. Infelizmente a probabilidade de cegueira permanente é imensa.
-Doutor Otávio... pelo amor de Deus! Estamos praticamente em 2017... a medicina há de ter alguma alternativa. Não posso ficar cega tão jovem. Eu também sou médica. Pediatra, é bem verdade... não posso deixar minha carreira agora. As crianças precisam de mim e da minha clínica. - preocupa-se Cristina.
-Não há nada na nossa atual medicina, nem no exterior, que possa ser feito no sentido de tratar o seu tipo de DMRI. É extremamente agressiva e já está num estágio que nenhum tratamento vai surtir efeito além de protelar por alguns meses, no máximo três, a cegueira. Transplante é a única opção concreta. E é um tipo de transplante experimental, pouco convencional. Mesmo que o procedimento seja efetuado com sucesso, as chances de rejeição são altíssimas. Eu sinto muito, Cristina. Essa é sua única saída... e não temos nenhuma garantia de que você continuará enxergando depois disso.
-Escute o doutor Otávio, Cristina... é a única esperança que nós temos... é a sua única chance de seguir uma vida normal.
-Nunca pensei que teria de lidar com isso. Ainda mais tão jovem. Não sei o que pensar. Não sei o que sentir. Eu só quero sumir. Me esconder... - desabafa Cristina.
-Quando você superar o choque desse momento difícil, me procure outra vez, Cristina. Você precisa manter acompanhamento médico. Não é uma opção, é uma obrigação.
-Que alternativa eu tenho? Volto aqui quando estiver de cabeça fria.
-Vamos, meu amor... desculpe qualquer coisa, doutor Otávio.
-Deixe disso, Vitório. Imagino o choque que está sendo pra vocês. Insista com sua mulher se for preciso pra ela continuar a ter acompanhamento antes de conseguirmos córneas e retinas pro transplante.
Cristina e Vitório se abraçam, desconsolados. CORTA A CENA.

CENA 2: Carla percebe que sua mãe está com expressão preocupada enquanto se arruma para ir à universidade.
-Ei, dona Margarida... que cara é essa, posso saber?
-Nada não, Carla...
-Mãe... não tenta me enganar. Como é que eu vou ir pra minha aula preocupada com você? Alguma coisa tá te afligindo. Pode ir me falando o que é ou então eu nem saio daqui, tá me ouvindo?
-Tá... não vou esconder nada. É sobre o Érico.
-O que tem esse desmiolado?
-Não fale assim do seu irmão!
-Se ele tivesse mais juízo, eu não diria isso.
-Você que sempre implicou com ele.
-Que seja. Qual é a nova que ele aprontou?
-Nada. Na verdade era pra ele ter voltado da viagem já. E nada dele dar notícias até agora. Nem uma ligação ele deu.
-Relaxa, mãe. Notícia ruim corre rápido. Depois, o Érico pode ser meio desmiolado, mas safo ele é.
-Ele não é desmiolado, filha. É você que não acompanha.
-Ah, claro. Você acompanha direitinho, né mãe?
-Pelo menos tento entender.
-Você passa a mão na cabeça dele sempre. Nunca deu limites pra ele. Sempre foram pra mim.
-Não seja injusta, Carla. Ele é uma alma sensível... os talentos dele são diferentes dos seus.
-Viu como ele é seu preferido?
-Eu nunca disse isso. Vocês são diferentes. E como diferentes, merecem ser olhados de forma diferente. Achei que você fosse adulta pra entender isso.
-Você vai ver, mãe... tá tudo bem com ele. Qualquer hora ele aparece. Se alguma coisa tivesse acontecido, já saberíamos.
-Deus te ouça, minha filha.
-Já ouviu. Não dou dois dias pra ele pintar aqui de novo. Só quero ver qual vai ser a novidade da vez.
-Vai pra sua aula, filha. Essa conversa não tem como terminar bem.
CORTA A CENA.

CENA 3: Vitório e Crisrtina chegam em casa e Cristina decide falar sobre sua decisão.
-Vitório... eu tomei uma decisão... difícil, difícil pra caramba. Mas necessária.
-Bem que notei você calada o caminho inteiro voltando pra cá.
-Tive mais motivos além do choque de saber que vou ficar cega. Você vai entender.
-Você não está condenada à cegueira... você ouviu o que doutor Otávio disse.
-É sobre essa alternativa justamente que eu quero falar com você. E peço que não me julgue.
-Do que cê tá falando?
-Que eu não considero transplante uma alternativa.
-Como é que é? Ficou doida, Cristina?
-Nunca estive tão sã. Eu sei que vai ser difícil, eu não queria ficar cega. Mas se essa é a minha sina, que seja.
-Você é médica, pelo amor de Deus! Como pode pensar uma coisa dessas?
-É meu direito. É a minha ética. Eu não quero ter de depender da morte de alguém pra poder ter a possibilidade de não perder minha visão.
-Você não pode estar falando sério. Você sabe muito bem que não é assim que a coisa funciona.
-Teoricamente não é. Mas e a minha consciência, fica como? Como é que eu ia me sentir sabendo que indiretamente eu torci pela morte de alguém pra ter a chance, ainda que incerta, de não perder a visão? Me diz como que vou conviver com isso?
-Você parece uma religiosa falando.
-Isso transcende preceitos religiosos, Vitório. É a minha ética. É a minha consciência que ia pesar sabendo que dependi da morte de alguém pra ter a chance de enxergar. Você parou pra pensar que esse procedimento de transplantes de córneas e retinas é algo recente, que não me dá a mínima certeza de que não vou ficar cega?
-Mas as pessoas morrem de qualquer maneira, Cristina. Faz parte da vida.
-Não pensei que você fosse frio assim.
-Cristina, presta atenção: não sou frio. Só que essa é a sua única chance de não ficar cega! Porra, Cris! Será que você não consegue entender isso?
-Entender eu entendo, mas eu não quero isso pra mim! Entendeu agora? Não quero. E se eu não quero, eu não quero. Simples assim! Eu sei que as pessoas morrem todos os dias. Mas depender da morte de alguém é como esperar que alguma família viva o baque do luto pra eu poder sorrir amanhã. Não percebe o quão egoísta isso é?
-E você vai evitar alguma morte acidental dessa maneira? Me poupe, Cristina, se poupe disso! Que moralismo é esse?
-Você não quer me entender. Eu já decidi: prefiro ficar cega e aceitar meu destino do que ter de torcer pela morte de alguém.
-Quer saber? Preciso sair. Não consigo mais com essa conversa. Você não está pensando em mim.
-E você, tá pensando em mim?
-Chega, Cristina. Chega!
-Não grita assim comigo. Quer saber de uma coisa? Acho que não dá pra gente. Nosso caso já tinha acabado quando você me abandonou. Você é egoísta e só enxerga seu lado. Quem vai embora sou eu.
-Mas, meu amor... me escuta!
-Acabou, Vitório. Esse nosso reencontro foi um erro. Melhor esquecer.
Vitório olha chocado para Cristina, sem acreditar.
CORTA A CENA.

CENA 4: Daniella é surpreendida por Cristina na sua sala da clínica.
-Mana? O que cê tá fazendo aqui? Não era pra estar com o Vitório, longe daqui?
-A gente voltou de viagem. E eu terminei tudo com ele.
Cristina começa a chorar e Daniella fica confusa.
-Peraí... você disse que ele era o amor da sua vida. O que pode ter dado de errado em tão pouco tempo? Ele te bateu? Eu denuncio esse verme e coloco ele na cadeia!
-Não, Daniella... não é nada disso!
-Então o que é? Você mal consegue falar de tanto que chora!
-Eu vou ficar cega.
-Que? Que piada é essa?
-É sério, mana. Eu tenho degeneração macular relacionada à idade, prematura. Exsudativa. Estágio avançado... minha única chance é transplante de córneas e retinas.
Daniella se choca.
-Não pode ser, mana... quando você descobriu?
-Hoje mesmo. Foi por isso que voltamos ao Rio. Andei perdendo parcialmente a visão e achei inicialmente que fosse estresse. Só que é uma doença degenerativa.
-E por causa disso cê terminou com ele? Não tou entendendo nada, Cris...
-Não, mana. Terminei com ele porque ele não soube entender ou respeitar minha decisão.
-Que decisão?
-Que eu não quero transplante.
-Como é que é? Tá doida, mana?
-Você também com esse papo, Dani? Pensei que você apoiasse minhas escolhas.
-Eu apoio, criatura. Mas sem transplante, é 100% de chance de você ficar cega, acorda!
-Sim, mas te ocorreu que eu teria que depender da morte de alguém pra ter chance de continuar enxergando? Isso é cruel demais pra mim.
-Sabe o que eu acho? Que você ainda tá em choque. Onde já se viu terminar com o Vitório por causa disso? Ele te ama, poxa! Quando você sair desse choque, vai entender tudo melhor.
-Não tou em choque. Estou decidida. Você me apoia?
-Apoio. Mas não concordo. Nem trinta anos você fez ainda... tem uma vida e uma carreira lindas pela frente. Quer ficar cega? Eu apoio, mas nunca vou concordar com isso. Tá me ouvindo? Nunca! E tem mais: você vai precisar encarar as feras e voltar pra casa comigo.
-Não queria que fosse assim.
-Mas é como é. Eles são nossos pais. Vão saber te perdoar. Confia nisso.
CORTA A CENA.

CENA 5: Flavinho e Leonardo tentam tranquilizar Valéria enquanto ela aguarda resultado do exame de gravidez no hospital.
-Valéria... nervosa desse jeito cê vai acabar passando mal... - preocupa-se Flavinho.
-Não consigo parar de pensar no resultado desse exame. - fala Valéria.
-Gente, a doutora Regina já disse que vai te chamar direto no consultório dela. Calma. - fala Leonardo.
-É isso que tá me apavorando. Se ela disse que vai me chamar direto, é porque tem quase certeza da minha gravidez. - fala Valéria.
-Isso é óbvio, né! Até pra um leigo, tudo indica que você tá realmente grávida. - pontua Flavinho.
-Nossa, com um amigo assim eu nem preciso de inimigo... - reclama Valéria.
-Vou fingir que não ouvi isso. Ó, doutora Regina tá vindo aqui. - fala Flavinho.
A média se aproxima.
-Valéria, se você preferir, os meninos podem entrar com você. - fala a médica.
-Acho melhor eu ficar aqui. Flavinho vai com você. - fala Leonardo.
Valéria e Flavinho entram no consultório de Regina.
-Então, doutora... já tem o resultado do meu exame? - pergunta Valéria, aflita.
-Sim. Você está grávida, não há mais dúvida. Você pode por favor deitar pra eu te examinar? - fala Regina.
-Meu Deus... não pode ser... claro, eu já vou me deitando... Flavinho, o que vai ser de mim agora? - fala Valéria, confusa.
-A gente vê como vai ser, amiga. Agora deita pra doutora Regina te examinar. - fala Flavinho.
Valéria é examinada rapidamente por Regina, que conclui através do exame de toque o período estimado da gravidez.
-Valéria... você está aproximadamente com seis semanas de gestação. - informa a médica.
-Não podia estar grávida agora, doutora Regina! Não estava nos meus planos! - desespera-se Valéria.
-Bem... se isso te serve de consolo, tudo corre bem na sua gestação e sua saúde nunca esteve melhor. É importante que você inicie desde já os exames pré-natais e mantenha uma alimentação regrada e saudável. Fora isso, não há nenhuma recomendação especial. Parabéns, mamãe! - fala Regina.
-Parabéns? Uma gravidez era a última coisa que tava nos meus planos agora, doutoura... - esbraveja Valéria.
-Valéria, para! O que a doutora tem a ver com isso? Bem... podemos ir, dona Regina? - fala Flavinho.
-Podem ir.
Flavinho acompanha Valéria, consolando-a. CORTA A CENA.

CENA 6: Hospedados num hotel em Paris, Arlete e Fábio aproveitam a viagem quando Arlete pede para conversar.
-Amor... sei que você pediu pra não voltar nesse assunto, mas é que não sai da minha cabeça...
-Já sei até o que é. É sobre a Bete, não é?
-Sei que você não quer que eu insista nisso. Só que me preocupo de verdade com ela. De coração. Ela foi minha amiga antes de tudo, você sabe disso.
-Você foi amiga da Elisabete, Arlete. Se ela tivesse sido sua amiga, teria compreendido que seu envolvimento comigo nunca foi uma traição. Será que vale a pena falar disso agora?
-Sei que não vale, Fábio. Só que se eu não falar sobre isso, eu expludo. Eu me preocupo de coração com ela. Com o que vai ser da vida dela daqui em diante. Quero tanto que ela aprenda a viver por si própria, sabe?
-Isso eu também quero. Mas vamos encerrar por aqui. Temos esse hotel e essa cidade pra aproveitar ainda, amor...
Os dois se beijam. CORTA A CENA.

CENA 7: Guilherme chega em casa acompanhado de dois amigos e Humberto estranha a presença deles.
-Oi, filho. Quem são esses dois? - pergunta Humberto.
-Isso é jeito de falar, Humberto? Sou Armênia, mãe do Guilherme. Vocês devem ser colegas dele, certo? Sejam bem vindos. - fala Armênia.
-São Victor e Mariana, meus colegas, mesmo... eu vou ali pro meu quarto, fiquei de ajudar eles em algumas coisas que eles não estão entendendo. - esclarece Guilherme.
Humberto se escandaliza ao ver os três indo ao quarto de Guilherme.
-Você viu isso, Armênia? Que pouca vergonha!
-Pouca vergonha é você enxergar maldade onde não tem.
-Vai vendo, mulher... vai vendo. Isso daí é sacanagem, certeza.
-Vai deitar, Humberto. Não estou nem um pouco disposta a aguentar esses seus delírios.
-Vou mesmo. Você prefere acreditar que nosso filho é um santo, desisto de fazer você ver que ele é um perdido.
-Perdido é você, em seus pensamentos absurdos. Sai daqui, Humberto. Por favor.
CORTA A CENA.

CENA 8: Érico surpreende Carla e Margarida chegando de surpresa durante o jantar. Carla tem uma crise de riso ao ver o irmão.
-Ai, meu Deus! De que planeta você veio? Ou melhor... de que tempo? Feliz 2005, irmãozinho! - fala Carla, às gargalhadas.
-Não fale assim com o Érico, Carla! Ele é seu irmão! Meu filho amado! Que saudade que senti de você... deixa eu te abraçar! - fala Margarida, correndo para os braços do filho.
Os dois se abraçam emocionados.
-Desculpa não ter dado notícia nesses dias, mãe. Quis fazer uma surpresa. Voltar hoje sem vocês saberem. - justifica-se Érico.
-Que bom ver meus filhos aqui de novo, na nossa casa! Mas... que roupas são essas, meu filho? Que estilo é esse? - questiona Margarida.
-Não tá vendo que isso daí é emo, mãe? Só que o Érico atrasou no mínimo dez anos ou ainda mais na moda. - rebate Carla.
-Pro seu governo, Carla... os emos nunca deixaram de existir. Não sou um emo. Mas gosto do visual. Problema? Agora vê se larga dessa implicância besta e me dá um abraço, porque senti saudade até da sua implicância comigo, sabia? - fala Érico.
Os três se abraçam. CORTA A CENA.

CENA 9: Valéria chega ao apartamento que William mora e William a questiona.
-Não entendi você calada o caminho inteiro. Disse que precisava ter um papo sério comigo, mas não trocou uma palavra comigo. Foi alguma coisa que eu fiz? Fala, Valéria... tá me deixando nervoso.
-Você não fez nada. Quer dizer... fez. Nós dois fizemos. É sobre isso que tou precisando falar com você e nem sei por onde começar.
-Começa pelo começo, amor... espero que não seja nada grave.
-Grave? Não sei. Mas grávida, sim.
-Como é que é? Que papo é esse?
-William, meu amor... nem sei como isso aconteceu, sempre tomei a pílula. Fiz tudo certinho... mas tou grávida... nós vamos ter um filho.
William fica perplexo.
-Não pode ser... isso não pode ser verdade... - fala William, sem chão.
-Não fica assim, amor. Eu sei que vai ser duro pra gente. Mas vamos superar isso juntos.
Valéria afaga os cabelos de William, que se esquiva e levanta de onde está sentado.
-Você fez isso de caso pensado, sua golpista! Quem foi que te contou que eu sou rico? Já sei: você descobriu e não me disse nada. Se fez de morta pra ganhar tempo e me aplicar o golpe da barriga. Mas saiba que de mim você não vai ter um centavo! - explode William.
-Que? Você rico? Que trem maluco é esse? Não sei de nada! Juro que não sei!
Valéria se desespera.
-Vai embora. Nosso namoro acaba aqui. Você é como todas as outras. Só queria minha grana. Vai embora, agora!
Valéria sai, incrédula e aos prantos. CORTA A CENA.

CENA 10: Daniella chega em casa com Cristina e Sérgio reage furiosamente, enquanto Nicole corre para abraçar a filha.
-O que você tá fazendo aqui, sua ingrata? Já foi traída de novo pelo italianinho? Bem feito! Bem feito! Isso é pra aprender! - berra Sérgio.
-Não fala assim com nossa filha, Sérgio! Cristina, minha querida... não importa o que foi. Estou feliz que você está de volta. - fala Nicole.
-Vocês são umas fracas, todas vocês! Mulheres permissivas, sem pulso... - fala Sérgio.
-Chega, pai! Eu só voltei porque vou ficar cega! - berra Cristina, explodindo em choro.
Sérgio e Nicole se olham, desesperados. FIM DO CAPÍTULO 9.

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