segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CAPÍTULO 13

CENA 1: Leonardo encara o pai raivosamente.
-Choveu criptonita e eu não fiquei sabendo? Porque pra você se abalar do Rio de Janeiro até aqui, deve ter acontecido algum fenômeno nunca antes visto.
-Filho... deixa eu entrar, por favor. O que eu preciso conversar com você é algo sério.
-Você pode falar daqui da porta, pai. Eu não sou surdo.
-Pensei que pessoas como você fossem mais educadas e gentis. Ainda mais com o próprio pai que se abalou de outro estado pra vir te ver...
-Pra me ver? Conta outra, seui Leopoldo. Quem não te conhece, que te compre.
Flavinho vai até a porta.
-Algum problema, amor? - pergunta Flavinho.
-Vocês são asquerosos. Olha só o jeito que esse sujeitinho fala com você, Leonardo... - repreende Leopoldo.
-O que é tão difícil de você entender, pai? Que duas pessoas se amam? Que se respeitam e que se tratam bem? Que pensam sempre no bem estar um do outro? - desafia Leonardo.
-Poupe-me desse discurso politicamente correto, Leonardo. Vocês continuam sendo ridículos. - revida Leopoldo.
-Mais um motivo pra você não entrar nessa casa. Sabe de quem ela é? Do Flavinho! Comprada com o suor do trabalho dele! - revida Leonardo.
-Deixa, Leo... esse seu pai não entende. Mas se eu fosse você, deixava ele entrar. Afinal de contas, ele não disse que a gente é ridículo? Pois o ridículo aqui vai te receber em casa. Deixa seu pai entrar, amor... - ordena Flavinho.
Leonardo permite que Leopoldo entre.
-Você pode falar a sós comigo, Leonardo? - pergunta Leopoldo.
-Por que a sós? Não tenho nada pra esconder do meu marido. O Flavinho vai ficar. Não tem nenhum tipo de segredo entre nós e se o que você tem a falar é realmente importante, certamente não é algo escabroso que ele não possa saber. - fala Leonardo.
Flavinho se sente desconfortável diante de Leopoldo.
-Leo... acho melhor deixar vocês a sós. Eu não quero me meter num papo de pai e filho... - fala Flavinho, saindo da sala.
-Tá vendo, Leonardo? Até o viadinho que você chama de marido tem mais consideração que você.
-Dispenso suas críticas. Seja direto, pai.
-Eu preciso que você volte ao Rio de Janeiro.
-Como é que é? A troco de que? O que você anda tramando? Sou maior de idade e vacinado. Não lhe devo nada.
-Tem a ver com a sua mãe. O coração dela anda cada vez mais fraco. Ela sente muito a sua falta.
-E eu sinto a dela...
-Por isso mesmo que te chamo de volta. Não vá pensando que eu quero você de volta na minha casa... estou fazendo isso pela sua mãe. Não sei sinceramente quanto tempo ela ainda tem pela frente. E eu não ia me perdoar se ela partisse sem te ver, sem matar as saudades.
-Saudades que você faz questão de alimentar. Se ela piorou, a culpa é sua, pai. Eu não sei se vou. Você pode estar planejando algo. Agora, se me der licença, ainda tenho coisas a fazer hoje e a sua presença não vai me ajudar em nada. Vai embora. Vai antes de ficar muito tarde pra você chegar em segurança lá em casa.
-Filho, eu vim desarmado. Não pense que foi fácil vir aqui, te encarar depois de tudo. Pense com carinho em voltar. É pela sua mãe. Se não for por mim, que seja então por ela.
-Isso é tudo?
-Sim, é tudo.
-Então vai embora. Por favor.
Leopoldo parte. CORTA A CENA.

CENA 2: Na manhã do dia seguinte, Cristina percebe durante café da manhã que Daniella está com o pensamento longe e espera ficar a sós com a irmã para lhe questionar.
-Impressão minha ou você tá com a cabeça voando bem longe daqui, Dani?
-Ai, Cris... tá tão na cara assim?
-Mana... tá quase dançando a hula na minha frente, sério mesmo.
-Ah, cê sabe como é, né? É muita responsabilidade pra mim... às vezes até esqueço que só tenho vinte e dois anos...
-Sei, sei... e por que será que eu não acredito nem um pouco nisso?
-Não sei o motivo. Você sabe muito bem que não estava nos meus planos assumir a sua clínica.
-Não tou dizendo que não tenha um pouco disso, Dani... mas não é só isso. Você tá com jeito de apaixonada. E vai por mim: nem adianta tentar esconder essas coisas de mim, eu sacaria mesmo que já tivesse ficado cega.
-Eu tou realmente gostando de alguém, Cris... mas não sei o que fazer.
-É o Gustavo, não é? Adoro ele. Além de um funcionário excelente e sempre solícito, ele é um partidão, viu?
-Quer parar, Cristina? Depois dos trinta resolveu bancar a alcoviteira? Quem te viu e quem te vê...
-Você ama esse cara. Tá na sua cara.
-Ai, mana... tou realmente me apaixonando. Isso é inédito pra mim. Não faço a mínima ideia de como lidar com isso.
-Que tal se entregar e aceitar o fato? Vocês deviam namorar, isso sim.
-Tá doida, mana? Você sabe muito bem o que penso sobre isso. Não é porque estou amando que vou mudar de ideia. Isso atrapalharia meus planos. Inclusive esse é um momento propício pra te dizer que estou ocupando seu lugar na clínica provisoriamente. Você sabe que tenho meus projetos. E não quero nem vou abrir mão deles.
-Não sei se volto, Daniella... você sabe muito bem o motivo.
-Sim, mas então você trate de arranjar alguém depois. Eu não vou ficar a vida inteira ocupando uma posição que nem minha é.
-Vou ver o que posso fazer, mana.
-Veja o quanto antes. Posso ser jovem, mas não tenho todo o tempo do mundo à minha disposição...
-Você acha problemática a minha decisão de não fazer o transplante?
-Não falei sobre isso, mana. Mas você quer saber? Acho sim. Agora preciso ir trabalhar. A gente se fala de noite.
Cristina fica pensativa. CORTA A CENA.

CENA 3: Leonardo desabafa com Valéria e Flavinho sobre vinda de seu pai na noite anterior.
-Agora vocês vejam como esse sujeito que se diz meu pai consegue ser frio... ele simplesmente não quis saber como eu estava, se eu tava feliz. Só veio aqui pra praticamente exigir que eu voltasse pro Rio... - desabafa Leonardo.
-Não foi bem assim, amor... eu escutei de longe. Ele só não é uma pessoa que sabe lidar com demonstrações de sentimentos. Acontece... - fala Flavinho.
-Flavinho, meu amigo... entendo que você se preocupe com o Leo, mas... ele que é o filho. Ele sabe como é... - argumenta Valéria.
-Tá vendo, amor? A Valéria tem razão. Eu sei o quanto isso me atinge. Mas sabe, gente... eu fiquei pensando em tudo. Preocupado com a minha mãe, pra ser mais exato. Algo me diz que meu pai não se abalaria de outro estado até aqui pra me contar uma mentira. Só que ao mesmo tempo eu sinto calafrios só de pensar em ir ao Rio de Janeiro outra vez e encarar tudo de novo... - fala Leonardo.
-Eu acho que você deve reavaliar essa decisão de não ir. Mesmo que seu pai esteja mentindo, não seria um excelente pretexto pra você matar as saudades da sua mãe? - questiona Flavinho.
-Flavinho tem razão, Leo. Sendo mentira ou verdade esse trem da sua mãe estar pior de saúde, faz um tempão que ocê não vai ver ela. - argumenta Valéria.
-Ai, gente... não sei. Eu morro de saudades da minha mãe. Quero muito ir ver ela, dar um abraço bem apertado. Mas a minha ida ao Rio de Janeiro fatalmente representaria uma série de mentiras que eu seria obrigado a contar, porque meu pai fez questão de inventar. E eu simplesmente não tenho peito ou disposição pra desmascarar tudo isso... ainda mais sabendo que isso deixaria minha mãe pior ainda... - continua Leonardo.
-É tanta mentira assim, amor? - questiona Flavinho.
-Mais que vocês possam imaginar. Meu pai é culpado por muitas mentiras. A começar pelo fato de ter me expulsado de casa e me proibir de falar a respeito disso com a mãe. Mas tem muito mais... - explica Leonardo.
-Independente disso, amor... é a sua chance de ver sua mãe. Eu não desperdiçaria... - fala Flavinho.
-Nem eu. Você ainda tem uma mãe, amigo... eu não tenho uma mãe... nem um pai. Tinha a minha avó, que criou eu e Gustavo, mas hoje só tenho o Gustavo e ele tá longe daqui. Família é importante, viu? - fala Valéria.
-Eu vou pensar nisso tudo. Ainda fico dividido... - desabafa Leonardo.
CORTA A CENA.

CENA 4: Érico vai ao quarto de Carla enquanto ela se arruma.
-Oi, mana... tudo bem a gente conversar um pouco?
-Tudo bem, Érico. Só não sei que assunto a gente tem em comum, né...
-Sabe, Carla... eu nunca entendi esse seu jeito de me tratar.
-Que jeito, Érico? Vai se fazer de coitadinho outra vez? Ora, me poupe. Eu te trato normal, como qualquer outra pessoa. Com a diferença que você não é qualquer pessoa, muito menos normal...
-Tá vendo como você não se aguenta? Tá sempre me criticando...
-Quem sabe porque você me dá motivos pra te criticar.
-Desde criança? Não pense que me esqueci da forma como você era dura comigo quando eu ia empolgado mostrar minhas conquistas pra você...
-Ai... vai começar de novo essa bobagem canceriana de jogar coisas do passado na cara? Me poupe.
-Como se você também não fosse canceriana, né?
-Ai, que seja. Mas não sou essa coisa chorosa que nem você. Sabe, Érico... você é meu irmão, eu te amo, mas você força a barra, saca? Olha só o jeito que você se veste! Desde sempre quis ser o diferentão. Agora me inventa essa moda pós emo. Se você espera que eu vá passar a mão na sua cabeça e achar tudo lindo, tá perdendo o seu tempo.
-Por que você faz isso comigo, Carla? Desde que me entendo por gente é sempre assim: você menospreza tudo o que vem de mim. Tudo!
-Deve ser porque nada que você faça seja digno de nota. Mano, olha só... você quer ser levado a sério? Então se faça ser levado a sério. Comece vestindo roupas de gente.
-Não te passou pela cabeça que esse é o meu estilo? Minha identidade?
-Ah, claro... e precisa sempre ser o diferente. Precisa ser o que chama atenção.
-Eu não faço nada disso pra chamar atenção, se é isso que você pensa.
-Pra cima de mim, Érico? Conta outra, vai... você sempre faz tudo pra ser o diferentão, o único, o especial. Dá no saco isso, sabia?
Margarida escuta a conversa e entra no quarto de Carla.
-Carla, chega. Você realmente não tem um pingo de consideração nem respeito pelo seu irmão. Vem comigo, Érico. Não vai dar ouvidos pro que sua irmã diz. Ela não te entende. - fala Margarida.
-E você sempre entende ele, né mãe? Engraçado que comigo a coisa nunca foi assim... - retruca Carla.
-Carla, agora não. Você vai acabar atrasando por causa dessa conversa besta. - finaliza Margarida.
CORTA A CENA.

CENA 5: Nicole e Sérgio insistem com Cristina em falar sobre transplante.
-Filha, a gente sabe que você é uma pessoa de decisões firmes e fortes. Mas a gente não pode simplesmente aceitar tudo sem questionar, sem entender o motivo... - fala Nicole.
-Sua mãe tem razão, Cristina. Querendo ou não, a sua decisão de não se submeter ao transplante não afeta somente a sua vida, mas afeta a vida de todos nós, a começar pela sua irmã... - fala Sérgio.
-Me surpreende você dizer isso, pai. Não foi você que passou a vida toda dizendo que nunca ia dar em nada esse sonho da Daniella de ser artista? - questiona Cristina.
-Acontece que ela é artista. Nasceu pra isso. Quem faz a pergunta aqui sou eu, minha filha: não foi você que sempre defendeu a liberdade da Daniella fazer o que bem quiser da vida dela? - questiona Sérgio.
-É verdade, filha... e como ficam os projetos, os planos e os sonhos da sua irmã? Interrompidos sei lá por quanto tempo enquanto ela ocupa na clínica o lugar que até outro dia era seu? - prossegue Nicole.
-Ai, gente... vocês estão quase me convencendo a mudar de ideia. Independente da minha decisão, qualquer uma delas vai afetar a vida de outras pessoas... e eu simplesmente não tinha parado pra pensar nisso antes... - constata Cristina.
-Eu espero que você se dê essa chance, querida. A gente sabe que mesmo com o transplante você ainda corre o risco de perder a visão mesmo assim... mas lembre que você nunca foi mulher de desistir ou se entregar na primeira dificuldade. Não seria agora que isso mudaria, seria? - questiona Nicole.
-Eu preciso resolver algumas coisas antes de tomar uma decisão final... - fala Cristina.
-Isso significa que você vai reconsiderar? - questiona Sérgio.
-Vai depender de como as pendências forem resolvidas. Eu não posso afirmar nada ainda... - finaliza Cristina.
CORTA A CENA.

CENA 6: Daniella e Gustavo almoçam juntos e Daniella resolve falar a ele sobre o que sente.
-Gustavo... cê promete que não se empolga demais se eu te disser uma coisa?
-Só posso saber se vou empolgar se ocê me disser o que é... vá em frente.
-Eu acho que tou me apaixonando por você. Pra valer. Não pense que é fácil chegar e dizer isso pra você assim, mas é a mais pura verdade.
-Você não faz ideia de como isso me faz feliz. Esperei mais do que ocê imagina pra ouvir isso de você.
-Pois tá ouvindo. Sabe, cara... o que a gente tem é especial, é diferente. Nunca na vida eu pensei que ia me envolver com um cara desse jeito que tá rolando entre a gente.
-Acho que isso tá levando a gente pra um caminho inevitável... quer namorar comigo?
-Eu aceito, Gustavo. Eu acho que amo você.
-Tenho certeza que te amo. A gente vai fazer isso dar certo... cê vai ver.
-Vamos com calma... a gente tá namorando sim... mas isso não significa que eu tenha mudado meus planos.
-Como assim?
-Cara... eu não nasci pra uma vida convencional... não nasci pra fazer o que esperam de mim como mulher nessa sociedade. Eu não penso em casar, ter filhos... essas coisas todas, entende? E não me sinto em dívida com a sociedade por causa disso.
-Tudo bem, Daniella... eu realmente faço o que posso pra te entender. Mas a gente nunca sabe do dia de amanhã, né? Vai que o tempo muda essas coisas?
-Daí vai ser competência do tempo... nem minha, nem sua, mas do tempo. No que depender de mim, eu não mudei em uma vírgula os meus planos pro futuro.
-Tá... chega de falar. Cala a boca e me beija.
Os dois se beijam, selando o namoro. CORTA A CENA.

CENA 7: Valéria surge no hospital onde Flavinho e Leonardo trabalham e Flavinho a vê, surpreso.
-Valéria... você não tinha que estar no salão agora?
-Tinha. Mas fui demitida. O salão tá quase falindo e um monte de gente foi demitida.
-Peraí... e você chegou a dizer que tá grávida?
-Claro que não, né Flavinho! Eu entendi a situação delicada. Não tinha outra saída.
-Sim, mas como é que a gente fica agora? Vai apertar pra todos nós...
-Ai, amigo... eu ainda não sei. Mas procurar emprego agora ia ser dar tiro no pé... ninguém vai querer contratar uma grávida.
-Justamente, Valéria. A gente vai precisar conversar mais tarde sobre isso. Nós três... a situação tá complicando de uma maneira que tá fugindo do nosso controle.
-Tenho medo do que possa acontecer. O Leonardo passando por esse dilema todo, eu passando por outro. E no meio disso o William que não pode nem sonhar que ainda tou grávida...
-É, minha amiga... a vida não anda sendo fácil pra nós.
-Só espero que eu não complique a vida de vocês por causa das minhas merdas...
-Nada disso, Valéria. Você fez o que achou certo. Vai pra casa, vai descansar. Mais tarde a gente conversa direitinho sobre tudo, tá?
CORTA A CENA.

CENA 8: William volta à mansão de seu pai e é recebido por ele.
-Demorou pra chegar, hein filho?
-Ah, seu Mauro... tive que resolver tanta coisa... acho que você deve imaginar.
-Claro que imagino. Você parece exausto.
-Mais que exausto, pai. Me sinto devastado. E a culpa disso tudo é minha.
-Sua? Não entendi direito isso daí...
-Sabe, pai... eu levei a sério demais aquela coisa de que as mulheres só se aproximariam de mim por interesse ao que a gente tem... e por causa disso, fiz a maior burrada da minha vida.
-Que burrada, filho? Ói, se for aquele trem de inventar que era pobre, eu avisei várias vezes que isso não tinha como dar em boa coisa.
-E não deu, pai. Eu feri a mulher que eu amo.
-Como assim?
-Ela achou que tava grávida e veio me falar disso. Surtei com ela. Na hora eu achei que ela tivesse descoberto que eu era rico e que resolveu aplicar o golpe. Acusei ela de coisas horríveis...
-William, você precisa aprender a controlar esses impulsos, meu filho! Quase trinta anos na cara e agindo feito um moleque inconsequente?
-Pois é, pai... então ela não quis mais falar comigo ou me ver. Tivemos uma conversa muito difícil. Não tou sabendo lidar com tudo isso.
-Já parou pra pensar que você pode passar uma temporada no exterior? Não seria a primeira vez... e depois, se você nem tem como resolver esses problemas daqui, o melhor a fazer é tentar desligar a mente e o coração desse trem todo...
-É, pai... acho que você tem razão. Talvez eu precise dar um tempo de BH, desse estado, desse país...
-Vai ser melhor, meu filho. Vai ajudar o tempo a agir como deve...
CORTA A CENA.

CENA 9: Bernadete confidencia seus medos a Leopoldo.
-Tenho tanta saudade do nosso caçula, Leopoldo... tenho tanto medo de não dar tempo de eu ver ele ainda nessa vida...
-Que papo mórbido foi esse agora, Bernadete? Você ainda vai viver muito, meu amor...
-Queria ter essa mesma certeza que você tem. Mas sinto meu coração tão fraco às vezes. E essa ausência do Leonardo só me deixa mais fraca ainda...
-Meu amor... deveria ser o contrário! Você deveria ficar mais forte e mais cheia de esperança, esperando o dia que ele vem nos visitar.
-Você fala como se tivesse certeza que ele vem logo.
-Certeza eu não tenho... mas acho possível que ele venha. Afinal de contas, vocês sempre foram muito ligados, não foram?
-Quanto a isso, não resta a mínima dúvida. Mas sabe, Leopoldo... por mais que ele esteja tocando a vida dele e sendo feliz lá em Minas Gerais, eu sinto como se alguma coisa estivesse faltando.
-Como o que, Bernadete?
-Alguma coisa que eu não sei explicar. Não é de hoje que percebo que ele tenta me dizer algumas coisas, mas acaba desistindo...
-Deve ser só impressão sua, querida. Você sabe como nosso filho pode ser calado às vezes. Sempre foi assim...
-Que seja... só sei que tou com uma saudade imensa do meu bebê. Queria poder estar perto dele agora mesmo...
CORTA A CENA.

CENA 10: Horas mais tarde, a campainha da mansão dos di Fiori toca e Hugo vai atender.
-Deixa que eu atendo, gente. - fala Hugo.
Hugo se direciona à porta e fica surpreso ao ver que se trata de Cristina.
-Cristina? Você nem disse que vinha...
-Preferi não dizer. Espero que não tenha chegado numa má hora...
-Que isso, querida! Entra, por favor...
-A gente precisa conversar sobre sua proposta, Hugo. Eu já tenho uma resposta.
Hugo fica tenso. FIM DO CAPÍTULO 13.

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