sábado, 26 de novembro de 2016

CAPÍTULO 12

CENA 1: Gustavo se apavora ao perceber que se trata de Patrícia lhe mandando uma mensagem ameaçadora e segue lendo a mensagem.
“Você realmente pensou que ia escapar de mim? Não adianta fugir. Eu te encontro até no inferno. Te encontro em qualquer lugar desse mundo. Já sei que você se mudou, já tenho seu celular... o que mais você precisa pra entender que eu nunca vou estar longe? Você nunca vai estar livre de mim, Gustavo. Você me deve o amor que eu sinto por você. Nunca ouviu aquela velha frase “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”? E você é responsável pelo que despertou em mim. Todo o meu fogo, toda minha paixão, todo meu amor e todo meu ódio. Se você não voltar a ser meu, só meu, não vai ser de mais ninguém. Morre você e quem estiver com você. Não me interessa quem seja a pessoa que tentar alguma coisa com você. Vai todo mundo morrer se você não voltar pra mim. Você tem obrigação de ser meu. Conquistou meu coração. Eu exijo o que é meu. O seu amor tem que ser meu. Eu te amo, mas não duvide do que o meu ódio é capaz.
Beijinho,
da tua Patrícia”
Gustavo termina de ler a mensagem e procura manter a calma.
-Foco, Gustavo. Não vai responder essa louca da Patrícia que é exatamente isso que ela quer. Que você demonstre abalo e responde alguma coisa. Pensa, cara... pensa! - fala consigo mesmo.
Gustavo olha para os lados e se certifica de que Patrícia não está por perto.
-Claro, como não pensei nisso antes?
Gustavo se dirige à loja de uma pequena galeria.
-Boa tarde. Quanto está um chip da operadora pro meu celular? É que meu chip antigo foi perdido... - fala Gustavo.
-Boa tarde. Um chip está custando trinta e quatro reais. Mas você pode solicitar que o número permaneça o mesmo, se quiser. Só que isso vai levar algumas horas, até um dia. - fala a atendente.
-Não, querida. Eu quero mesmo é um chip novo. É até melhor trocar de número.
-Então está certo. Vou precisar anotar seus dados, tudo bem? Vou precisar do nome completo, do CPF, do RG e de um comprovante de endereço.
-Ótimo.
Gustavo passa as informações para a atendente e confirma seu endereço.
-Está feito, seu Gustavo. Você pode passar no caixa e efetuar o pagamento.
Gustavo leva o novo chip e vai ao banheiro masculino da galeria para efetuar escondido a troca do chip. Assim que termina a troca, liga para Valéria.
-Oi... mana, tudo bem com você?
-Oi, Gustavo! Que saudade, maninho! Tá ligando de que celular? Esse não é seu número...
-Agora vai ser, Valéria. Tive que trocar com urgência. Fui levado a isso.
-Não vai me dizer que... a Patrícia, de novo?
-Ela mesma, mana. Não sei como até meu celular essa maluca conseguiu. Não foi você que passou, foi?
-Claro que não, mano. E nem penso em passar seu novo número ou qualquer informação sua pra ela.
-Excelente. Então registra aí na sua agenda que esse número que tá te ligando agora é o meu. Mana... preciso desligar agora e voltar ao trabalho. Nos falamos quando eu tiver tempo. Quero saber como você está.
-Tudo bem, mano. Vai lá. Beijo, te amo.
-Beijo, caçulinha.
CORTA A CENA.

CENA 2: Hugo volta para casa e percebe que Leopoldo segue apreensivo.
-Oi, pai... ainda preocupado com o Leo?
-Não dou conta de conseguir falar com ele, Hugo... isso me preocupa.
-Bobagem. Ele está bem. Ele e o Flavinho...
-Você fica ridículo falando o apelido daquele...
-Você julga demais, pai. Não consegue relaxar. É tão urgente esse papo que cê precisa ter com o Leo?
-Claro que é, Hugo. Você sabe o quanto sua mãe sente falta dele. E que ela precisa dele por perto, porque a gente não sabe como ela vai estar de saúde amanhã ou depois.
-Sabe... eu me pergunto se você se importa com alguém de verdade, pai.
-Como é que você tem capacidade de dizer um negócio desses? Andou bebendo em pleno sábado à tarde?
-Não se faça de sonso, pai. Você sabe perfeitamente do que falo. Sabe que tenho motivos de sobra pra questionar toda essa sua preocupação. É com a mãe e com o Leo que você realmente se preocupa? Ou será que tá mais preocupado com a sua própria imagem, com a sua própria reputação? Tá com medinho de que as pessoas descubram o que você considera fracasso, vai dizer que tou mentindo?
-Você não entende nada, Hugo. Deveria calar mais essa boca.
-Olha, pai... de verdade, eu não tou querendo discutir com você. Só quero te ajudar... a pensar, a refletir sobre tudo isso. Você realmente tá disposto a falar com o Leo pela saúde da mãe?
-Mas que pergunta bem imbecil, Hugo! Óbvio que sim!
-Então esse é um ótimo momento de provar todo esse zelo.
-Como, se nem uma ligação eu consigo completar?
-Ora, seu Leopoldo... não se faça de lerdo. Você sabe muito bem o que pode fazer.
-Você acha?
-Tenho certeza! Você sabe onde ele mora. Se é tão importante que você converse com ele pra explicar tudo direitinho e pedir pra ele passar uns dias aqui, prove isso e vá falar pessoalmente com ele. BH não fica do outro lado do mundo.
-Eu preciso pensar, Hugo. Vou precisar engolir muita coisa se eu decidir por isso.
-Pensa com carinho, pai. É por todos nós, não se esqueça disso.
CORTA A CENA.

CENA 3: Nicole, inconformada com a decisão de Cristina, insiste em conversar com a filha.
-Querida... eu sei que quando você coloca uma coisa na cabeça, é difícil de tirar, mas...
-Ih, mãe... se for pra falar sobre a minha palavra final sobre o transplante, nem tenta.
-Chega, Cristina. Eu ainda sou sua mãe e sempre vou ser. Você tá pensando na gente?
-Eu que pergunto, mãe... você e o pai estão pensando em mim?
-Não inverte a coisa, garota! Você tá se entregando na primeira dificuldade, será que não enxerga isso?
-As coisas não são simples desse jeito, mãe. Eu não quero discutir... de verdade.
-Muito menos eu. Só quero sugerir que você reflita com calma sobre tudo isso. Decisões sérias nunca podem ser tomadas no calor do momento.
-Mãe... você sabe muito bem que não envolve só isso. É uma questão ética. A minha ética.
-Cristina, você está com trinta anos na cara... será que não é tempo de rever algumas coisas? A vida inteira você sempre se preocupou mais com os outros do que consigo mesma. Não dá pra se negligenciar desse jeito, querida. Falo isso pro seu bem e espero que você saiba disso.
-Mas mãe... como que eu vou dormir tranquila, sabendo que dependi da tragédia de alguém pra ter minhas próprias chances?
-A vida é feita de ciclos e certezas. Uma delas é que a morte é inevitável. Sua decisão não vai mudar o destino de quem precisa ir embora. Pensa nisso com carinho, filha... eu te peço.
-Tudo bem... prometo que vou tentar. Mas, mudando de assunto: o que é que você e o pai tem a ver com a vinda do Hugo aqui?
-Não chamamos ele. Ele veio porque quis... achamos melhor que vocês conversassem a sós, sem a interferência de ninguém.
-Mãe... ele pediu pra voltar. Ainda quer casar. Acho que esse cara me ama de verdade... e de uma maneira que eu nem esperava. Ele tá disposto a passar por cima de tudo o que eu fiz em nome desse amor...
Sérgio escuta conversa de Cristina com Nicole e sorri, esperançoso. CORTA A CENA.

CENA 4: Armênia aproveita que está sozinha após o almoço com o filho e resolve conversar com Guilherme.
-Filho... você se incomoda se a gente conversar um pouco?
-Que isso, mãe... você jamais me incomoda. Aliás, até sinto falta de conversar mais... mas sinto que você não se sente muito confortável quando o pai tá por perto.
-Sabe como é, filho... seu pai prefere não ouvir certas coisas.
-Eu entendo o lado dele. Mas enfim... já imagino que você queira falar de coisas que ele não iria querer ouvir.
-É mais ou menos isso, Guilherme. Sabe o que é? Vejo você sempre ajudando as pessoas, com vários amigos. Mas sozinho, ao mesmo tempo.
-Mãe... solidão não é necessariamente uma coisa ruim. Me sinto bem, assim.
-Mas você não sente falta de ter um amor? Seja homem, seja mulher... tanto faz. Um amor faz falta, sabe?
-Quem disse que não amo, dona Armênia? Só que isso não significa que eu me sinta incompleto na minha própria companhia. Não sinto falta de uma coisa puramente carnal, se é onde você pretende chegar com essa conversa. Se não tem vínculo afetivo, não tem sentido pra mim transar, essas coisas, sabe?
-Nossa, filho... você não é como a maioria dos jovens, definitivamente.
-Só não concordo com essas pressões sociais, sabe? E não pense que ela só acontece nos meios hetero. Rola muito disso nos meios LGBT, inclusive. Só que não tenho a mínima pressa de transar. Sexo por sexo nunca fez a minha cabeça.
Armênia se espanta.
-Peraí, Guilherme... você tá me dizendo que você ainda é virgem, meu filho?
-Sim, mãe. Não planejei isso... mas também não me pressiono nesse sentido. Não é um problema pra mim ter passado dos vinte sem sexo. Tenho meu próprio ritmo.
Armênia se emociona.
-Filho... você realmente não é desse mundo. Que coisa linda...
-Ei, não vai romantizar isso aqui, não, viu? Não tem nada de errado, mas não tem nada de lindo também. Não sou santo. Simplesmente sou eu mesmo.
-Acredite, filho... originalidade é artigo praticamente em extinção nos dias de hoje. E pensar que tem gente que acha que bissexualidade é sinônimo de promiscuidade...
-Ih, mãe... sou tão acostumado com esses julgamentos que nem me importo mais com eles. Só não admitiria que ele viesse de vocês...
Armênia fica desconfortável ao lembrar dos pensamentos maldosos de Humberto.
-Então, filho... você me ajuda a lavar a louça e a colocar as coisas no lugar?
-Claro, mãe. Mas você parece estar fugindo de alguma coisa... assim, do nada, sem muita explicação.
-Besteira, filho. Só me dei conta que a gente ficou aqui distraído e deixou tudo bagunçado...
Armênia teme que Guilherme descubra o que o pai realmente pensa dele. CORTA A CENA.

CENA 5: Érico se queixa com Margarida sobre animosidade de Carla com ele.
-Sabe, mãe... eu não entendo como a Carla pode ser essa mulher maravilhosa, tão cheia de si e simplesmente não superar essa birra dela comigo. Nunca é suficiente nada que eu faça, nada que eu diga, nada que eu seja...
-Ah, querido... deixa disso!
-Como vou deixar disso, mãe? A vida inteira é isso. Quando eu era mais novo e ia mostrar minhas notas máximas nas provas, ela virava pra mim com cara de desprezo e dizia que eu não tinha feito nada além da minha obrigação. Nunca me apoiou em nada. Acha que tudo na vida eu faço pra aparecer. Que meu estilo é copiando sempre alguém. Porra, sabe? Isso cansa, mãe. Só você me vê. E isso me dói.
-Sabe, Érico... ser mãe não é fácil. Ainda mais mãe solteira. Fiz tudo o que eu podia fazer por vocês dois, de verdade. Não sei em que ponto a Carla achou que eu a preteri pra te favorecer. Você e eu sabemos que isso não é verdade. Mas com ela, só resta ter paciência.
-Isso me entristece, mãe. Sempre admirei a Carla. Ela continua sendo um modelo pra mim... minha ídola. E machuca esse desprezo todo.
-Filho... se ela realmente te desprezasse, ela não faria questão de deixar isso claro o tempo inteiro. É a maneira torta dela mostrar que se importa.
-Torta demais. Fere mais que ponta de lança, às vezes.
-Ah, filho... as coisas vão mudar. Você vai ver. Com o tempo, ela vai ver o grande ser humano que você é. E você vai ver que ela sempre se importou... só não soube demonstrar isso direito...
-Queria ter esse otimismo que você tem, mãe. Mas não sei se consigo. Cansei de carregar culpa por tudo.
-Você não tem que carregar culpa nenhuma, meu filho. Se não é sua responsabilidade, já tá resolvido...
CORTA A CENA.

CENA 6: Bernadete anda pela casa e se depara com Leonardo, a chegar de surpresa.
-Meu filho! Você aqui! Esperei tanto tempo por isso... você tá tão bonito!
-Você que tá linda, mãe... senti tanta saudade que nem sei como que aguentei!
-A gente aguenta como pode aguentar.
-Mas me conta as novidades, mãe... muita coisa deve ter acontecido em três anos...
-Nossa, Leozinho... você não tem ideia do que andou acontecendo. Teve até casamento do seu irmão cancelado em cima da hora.
-Não brinca... como que foi isso?
-Longa história, filho. Mas na verdade me sinto um pouco cansada. Você se incomoda de eu subir? Preciso dar uma esticada...
-Eu subo com você, mãe. Não quero mais ficar longe de você. Nunca mais.
-E seus amigos? Aposto que aquela menina é sua namorada...
-Mãe... depois a gente fala sobre isso. Eu estou aqui, não estou?
Bernadete sobe ao seu quarto e Leonardo a acompanha.
-Filho... de repente me deu um sono tão grande... acho que preciso dormir.
-Isso, mãe... dorme. Fica forte. Sempre forte, viu? Eu vou sempre estar por perto. Nunca se esqueça disso.
Bernadete desperta e percebe que tudo foi um sonho, emocionando-se.
CORTA A CENA.

CENA 7: Maurício nota que Elisabete segue tristonha e tenta melhorar o ânimo de sua mãe.
-Faz um esforço, mãe...
-Do que cê tá falando, Maurício?
-Do óbvio: que você anda pra baixo e não é de hoje. Anda se arrastando por aí, pela casa, por qualquer lugar.
-Tá tão na cara assim?
-Muito. Você nem consegue disfarçar.
-Nada disso é fácil, meu filho. Desde o final da minha adolescência eu vivi pelo seu pai. E o que o Fábio fez? Jogou nosso casamento fora. Não quis resgatar o nosso amor...
-Mãe... as coisas não são desse jeito.
-Então são como, Maurício? Me diz! Porque a vida inteira eu fui ensinada pelos meus falecidos pais que deveria me dedicar de corpo e alma ao meu marido. E veja onde as coisas terminaram: eu aqui, uma incompetente, uma fracassada que não consegue nem segurar o marido.
-Sabe, mãe... as pessoas são livres. Você deveria aprender a ser.
-Não fui criada pra ser livre. Sempre dependi de alguém. Agora simplesmente nem sei por onde começar. Quem sou eu? Do que eu gosto? Eu tenho sonhos? Eu não sei de nada, filho... e isso me desespera.
-Você precisa descobrir tudo isso por si mesma, mãe. Eu vou sempre estar por perto, dando apoio, sendo solidário, te ajudando nessa busca. Mas só você vai poder responder a si mesma essas perguntas.
-Sabe, Maurício... a vida inteira eu vivi pelo seu pai. Meus planos sempre incluíam ele. Meus sonhos sempre incluíam ele. Vivi tanto tempo nisso que acho que desaprendi a ver o que é meu e o que não é meu nisso tudo. Nunca pensei numa vida sem ele... e é por nunca ter pensado de verdade nisso que eu não faço ideia de por onde começar. Não vejo um recomeço pra mim. Isso me deixa mais perdida ainda...
-Ah, mãe... eu queria tanto te dar essas respostas... mas só posso oferecer meu abraço...
CORTA A CENA.

CENA 8: Sérgio decide conversar com Cristina sobre Hugo.
-Filha, cê tem cinco minutos pra falar comigo?
-Até cinquenta se você quiser, pai.
-Eu queria falar sobre o Hugo. Eu escutei a conversa que você e sua mãe tiveram mais cedo.
-Que feio, seu Sérgio... escutando atrás da porta?
-Não, Cris... foi sem a intenção. Passei na hora e acabei ouvindo vocês conversando. Parei pra escutar um pouco. Confesso que fiquei animado de saber que ele tá disposto a passar por cima de tudo. Como você se sente em relação a isso, filha?
-Sinceramente eu fiquei tocada pela generosidade dele, pai. Mas ao mesmo tempo dividida, lógico. Afinal de contas fui eu quem abandonou ele. Eu sou culpada disso e nunca vou deixar de ser. Só que ao mesmo tempo ele não me culpa por isso... é meio doido pensar nisso, pra ser sincera.
-Cê sabe que eu não sou de me meter nessas coisas, não sabe?
-Claro que sei, pai...
-Só que esse gesto do Hugo prova a grandeza dele.
-Eu sei disso...
-Acho que você deve considerar voltar pra ele. Dessa vez de uma vez por todas. Ele é o homem certo pra você. Desculpa dizer isso, faz parecer que quero impor uma vontade minha. Mas não é nada disso.
-Ando mesmo inclinada a aceitar ele de volta, pai. Ele pode não ser uma grande paixão na minha vida, mas companheiro e compreensivo ele já demonstrou ser várias vezes nesses últimos anos... e pra ser capaz de passar por cima de qualquer orgulho e se dispor a seguir a vida comigo... não é pra qualquer um. Vou pensar nisso, pai. Ando bastante inclinada a aceitar.
-Não quero pressionar. Mas tenho certeza que você vai saber tomar a melhor decisão.
CORTA A CENA.

CENA 9: Bernadete estranha a ausência de Leopoldo antes do jantar e questiona Hugo.
-Filho, cê sabe onde seu pai foi? Ele não é de demorar quando sai no meio da tarde...
-Ah, mãe... às vezes ele dá umas voltas estendidas no fim de semana. Como você ainda tá se recuperando, talvez ele tenha decidido passear sem você.
-Será? Tá meio estranho isso, pra ser sincera.
-Não acho nada estranho. Você sabe como o pai às vezes gosta de ficar sozinho.
-E se ele não estiver sozinho, Hugo? Nem sei o que pensar direito sobre isso...
-Do que cê tá falando, mãe? Ele é louco por você. Jamais trocaria você por qualquer outra mulher.
-Tenho cá minhas dúvidas. Leopoldo nem sempre foi esse cara que ele é hoje. Éramos muito diferentes antes de você e seu irmão nascerem.
-Viu como você mesma falou o que interessa?
-Falei? Onde?
-Você disse que vocês eram, mãe... no passado.
-Ah, isso é verdade... mas, nunca se sabe...
-Besteira, dona Bernadete, besteira. As pessoas mudam... vamos jantar, que estou varado de fome!
CORTA A CENA.

CENA 10: Flavinho desabafa com Leonardo durante o jantar sobre Valéria.
-Não tou gostando nem um pouco da Valéria estar sem apetite... isso não vai fazer bem pro bebê...
-Deixa disso, Flavinho... ela precisa desse tempo. Pra absorver tudo o que aconteceu. Vai melhorar logo, cê vai ver.
De repente, a campainha toca.
-Ué... será que aquele babaca do William teve a capacidade de vir aqui?
-Acho que não, amor... eu vejo quem é que tá batendo, Flavinho.
Leonardo se dirige à porta e fica perplexo ao se deparar com Leopoldo.
-Pai?
-Acho que temos alguns assuntos sérios a tratar. - fala Leopoldo.
Leonardo fica tenso. FIM DO CAPÍTULO 12.

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