sábado, 19 de novembro de 2016

CAPÍTULO 6

CENA 1: Daniella tenta disfarçar encantamento que sente por Gustavo, sendo rude.
    -Vem cá, ô... Gustavo: cê vai ficar me olhando com essa cara de quem viu assombração ou vai liberar a porta pra eu fechar logo? Quer dizer... ai, desculpa. Esbarro com a minha bolsa, deixo o seu jaleco todo trabalhado no café e ainda faço a Piovani... desculpa mesmo, viu?
    Gustavo ri do humor involuntário de Daniella.
    -Você é engraçada, além de linda.
    -Agradeço pelo linda, mas... engraçada? Tenho nariz de palhaça, rapaz?
    -Você é sempre defensiva assim?
    -Só nas horas vagas. Como o dia finalmente acabou... acho que posso voltar a ser eu mesma.
    -Nossa... desculpa peço eu.
    -Não, nada disso, Gustavo. Você vai precisar lavar esse seu jaleco. Olha o que eu fiz!
    -Eu sei lavar.
    -Duvido. Você não é daqui, dá pra ver pelo sotaque. Deve morar num apê alugado ou coisa do tipo. Sua casa deve ser uma bagunça.
    -Nossa, você tira conclusões demais. Sou bem organizado, pro seu governo. Posso não saber tirar mancha de café do jaleco, mas...
    -Eu não disse? Eu posso resolver isso. Te devo isso como um pedido de desculpas.
    -Tá certo, eu aceito, Daniella. Mas preciso do meu jaleco novinho em folha o quanto antes.
    -Se eu fosse você, não teria tanta pressa. Tenho planos pra nós.
    -Que? Menina, cê é sempre direta assim?
    -Não estou dando em cima de você, se foi isso que você pensou.
    -Você não sabe o que eu pensei, garota.
    -Tou querendo desfazer essa péssima impressão que você deve ter ficado de mim. Por que a gente não dá uma volta, para num pub, num bar, bebe alguma coisa? Esses são os meus planos, na verdade.
    -Acho uma boa ideia. Mas você tem ideia que a gente não tem muito tempo?
    -E daí? Quem nunca trabalhou virado?
    -Você nem me conhece direito, Daniella.
    -Mas sei que você precisa relaxar.
    -Tá certo. Eu vou beber alguma coisa com você. Mas isso tem que acabar antes das duas da manhã.
    -Ai, que preguiça de gente sempre certinha. Você não respira, Gustavo?
    -Nossa, como você é engraçadinha. Eu sei me divertir. Só que tenho minhas responsabilidades. E você tem as suas, tá no comando da clínica no lugar da sua irmã.
    -A gente não vai demorar, prometo.
    -Posso saber como que a gente vai solucionar a mancha no meu jaleco bebendo num bar?
    -Ai, rapaz... você complica as coisas! Custa demais relaxar um pouco? Eu já disse que resolvo isso pra você.
    -Quando? Eu preciso trabalhar amanhã, lembra?
    -A gente deixa pra pensar nisso depois que relaxar, eu hein! Você precisa ser menos certinho, vai por mim.
    -Quem disse que sou certinho?
    -Não precisa dizer. Tá na cara.
    -Ah, é? Você é muito dona da verdade, garota.
    -Chega de enrolação. Enquanto a gente fica aqui de bla bla bla, o tempo tá passando. Vamos beber alguma coisa que eu tou seca por uma cerveja, sim?
    CORTA A CENA.

    CENA 2: Na manhã do dia seguinte, Hugo conversa com Bernadete durante o café da manhã.
    -Mãe... eu sei que a senhora tá triste por tudo. Eu peço desculpas por tudo... não pensei que tudo fosse acontecer desse jeito.
    -Querido... a culpa não é sua. Talvez nem seja da Cristina. Não quero bancar a magnânima aqui e dizer que não estou com raiva dela, porque eu tenho raiva dela, da situação toda, de como ela permitiu que tudo chegasse onde chegou. Se ela não tinha certeza de te amar, que não pensasse no casamento.
    -Mãe... o casamento foi uma pressão minha. Ela pensou muito antes de aceitar. Nenhum de nós poderia imaginar que logo agora o Vitório ia voltar...
    -Mas ele voltou. E ela fugiu com ele. Sem pensar na dor que te causou, no abalo que isso fatalmente vai causar na amizade que tenho há anos com os pais dela. Ela foi egoísta, Hugo. Disso ela tem culpa, pelo menos.
    -Que seja. Mas será que vale a pena continuar nesse assunto? O casamento já subiu o telhado, mãe...
    -Minhas esperanças agora estão no casamento do seu irmão...
    -Como é que é? Mãe, do que cê tá falando? Onde que o Leo entra nisso?
    -Eu sei das coisas, filho. O seu irmão não quis dizer quando conversou comigo, mas tenho certeza que aquela moça que mora com ele é namorada dele. E se eles vivem juntos, talvez já pensem em casar. Se for assim, isso significa que logo eu posso ser avó... e ver um filho meu casado.
    -Se eu fosse você, não contaria com isso.
    -Você e seu pai com essa mania de sempre encarar com reservas tudo o que o Leonardo faz. Não é porque ele é caçula que ele não tem juízo, pro seu governo.
    -Não estou falando disso, mãe... não tem nada a ver com a maturidade do Leo. Nisso ele sempre esteve à minha frente. É que você está concluindo que ele tem um relacionamento que nem mesmo ele confirmou...
    -Mas sei que é real. Eu sinto, meu filho.
    Leopoldo chega à mesa e percebe teor da conversa.
    -Bom dia, queridos! Desculpa interromper o assunto de vocês, mas hoje não é dia de você fazer exames, Bernadete? Acho bom se apressar com o café da manhã e irmos ao médico... - fala Leopoldo.
    Leopoldo e Hugo se olham com cumplicidade. CORTA A CENA.

    CENA 3: Humberto e Armênia abrem o bar lanchonete Ilha de Malta para mais um dia de trabalho e o filho deles, Guilherme, os ajuda.
    -Vocês não deviam sempre abrir tão cedo. O pessoal daqui da vizinhança só começa a chegar mesmo depois das oito... - fala Guilherme.
    -Ah, filho. Gosto de sempre abrir cedo, no mesmo horário. Virou costume. Depois, sempre tem aquele pessoal que chega da noite querendo comprar alguma coisa antes de irem pra suas casas... - fala Armênia.
    -Aqueles degenerados perdidos, você quer dizer... - observa Humerto.
    -Isso é coisa que se diga, pai? São clientes, estão pagando. Fariam falta se deixassem de comprar aqui. - observa Guilherme.
    -O Guilherme tem razão, Humberto. Guarde seu moralismo pra você. Cliente é cliente. - fala Armênia.
    -Bem, adoraria continuar aqui com vocês, mas se eu não sair agora, me atraso pra primeira aula. Até mais tarde, pai, até mais tarde, mãe... - fala Guilherme, dando um beijo neles e indo embora. Armênia encara Humberto.
    -Pelo menos na frente do nosso filho você poderia pegar mais leve nesses comentários, né?
    -Ah, o que foi agora, Armênia? Tenho que cuidar o que eu digo na frente dele? Nunca!
    -Pois deveria. Você sabe muito bem que ele se indigna fácil... e com toda a razão.
    -Nunca vou dar razão a um... viado como ele.
    -Ele é seu filho. E você é um covarde. Na frente dele, trata bem, chama de filho querido pra cima, mas quando ele vira as costas, fala o que realmente pensa. E tem outra coisa: ele não é viado. Nem gay. Ele é bissexual.
    -Você acredita num troço desses, Armênia? Você é muito ingênua mesmo, mulher. As pessoas tem que se decidir. Ninguém gosta dos dois ao mesmo tempo. Ele mentiu pra gente pra não ter que admitir que é boiola.
    -Não sei como aguento você falando tanta besteira, Humberto. Só te amando muito pra aguentar tudo isso... não é porque somos heterossexuais que vamos achar que todos tem que gostar só de um sexo.
    -Isso é desculpa, Armênia. É desculpa pra não fazer nada diante dessa sem vergonhice. Você falhou como mãe.
    -Nunca mais diga isso! E você não tem responsabilidade como pai? O erro é sempre da mulher, né? Não sei como pude me casar com um sujeito tão retrógrado, machista e conservador feito você.
    -Você é um caso a ser estudado, Armênia. As pessoas costumam deixar de ser de esquerda quando envelhecem. Você continua de esquerda. Não entende nada.
    -Quem não entende nada é você. Nunca quis ver nada nessa vida sob nenhum ponto de vista que não fosse o seu. Mas saiba que um dia a vida há de te cobrar isso.
    -Não sei como...
    -Ah, não sabe? Você só mantém uma relação boa com nosso filho porque eu me desdobro em mil pra que ele não saiba o que você realmente pensa. Ele se decepcionaria com você se soubesse.
    -Não se decepcionaria mais do que eu quando soube do que ele gosta...
    -Felizmente o mundo não gira ao seu redor, Humberto. Felizmente! Agora me dá licença que nós temos que trabalhar.
    CORTA A CENA.

    CENA 4: Daniella desperta no quarto do apartamento de Gustavo e é surpreendida ao ver o café da manhã preparado com capricho na mesa da sala.
    -Gente... um apartamento alugado com serviço de quarto? Virou hotel essa bodega? - brinca Daniella, fascinada.
    -Fiz pra você. Você disse que gosta de frutas cítricas e de flores de jasmim decorando a mesa, não é?
    -Sim, mas... onde você arranjou essas flores? Amo esse perfume!
    -Fui na floricultura que fica logo ali na esquina.
    -Mas você madrugou pra isso, não?
    -Faz uma hora que acordei. Não é diferente do meu horário de sempre, não me custou nada. Aliás, o jaleco que você colocou naquela solução maluca pra tirar a mancha, ficou perfeito, olha só!
    Gustavo mostra o jaleco e o veste.
    -Eu disse que sabia fazer a coisa como ninguém... você deveria me ouvir.
    -Espero que não tenha esquecido do que a gente fez essa noite.
    -Claro que não esqueci. Rapaz, se todos os certinhos fossem como você...
    -Eu disse que não era tão certinho. Nos divertimos muito.
    -Você é gostoso. Quem vê de longe, não sabe o quanto se esconde por debaixo dessas roupas.
    -Sabe, Daniella... foi especial. Acho que estou apaixonado por você. Na verdade, tem um tempo que te observo. Sempre te achei fascinante... acho que agora entendo o motivo.
    -Ei, Gustavo... vamos com calma, rapazinho.
    -Mas a gente ficou... e isso foi especial pra mim.
    -Eu gostei muito. Juro que gostei. Mas eu sou livre. Desimpedida. E só transamos, entende?
    -Você chama tudo o que a gente fez de “só”? Gente...
    -Não me entenda mal. Bem que falam que mineiro come quieto. Você faz direito e maravilhosamente bem, Gustavo... mas é uma coisa minha, entende? Nunca tive um lance sério com ninguém. E vejo pelo seu olhar que é isso que você tá achando que vai acontecer entre a gente...
    -Não custa sonhar, né? Só queria que a gente não perdesse essa coisa legal que tá acontecendo aqui.
    -No que depender de mim, a gente não perde. Mas vai ter que ser do meu jeito. Se você topar que tudo seja do meu jeito... então tá tudo resolvido.
    -Por enquanto me parece justo. Vamos ver como isso vai se desenrolar...
    Os dois se beijam. CORTA A CENA.

    CENA 5: Leonardo conversa com Valéria e Flavinho durante café da manhã, depois de atender uma ligação.
    -Gente... vocês não sabem quem me ligou agora... meu irmão, Hugo. Contando que a Cristina, noiva dele, fugiu com o cara que ela ama e que não vai mais ter casamento nenhum... - fala Leonardo.
    -Menino, que babado fortíssimo! E ele, como está? - pergunta Valéria.
    -Sabe que não me pareceu tão triste assim? Parecia meio aliviado, pra ser sincero. - esclarece Leonardo.
    -Às vezes a voz engana, amor. Que barra, essa situação toda. Alguma explicação deve haver para isso tudo. Vocês ficaram bastante tempo ao telefone... ele disse alguma coisa sobre o que pode ter causado essa fuga? - pergunta Flavinho.
    -Não, Flavinho... na verdade ele me contou outras coisas. Lembram daquela chamada de vídeo que tive com minha mãe e vocês participaram? Ela enfiou na cabeça que eu namoro a Valéria, vê se pode isso!
    -Gente, pelo amor de Deus, como pode um trem desses? Sua mãe nunca desconfiou que ocê é gay? Passada aqui... - espanta-se Valéria.
    -Pelo seu tom, sinto que tem mais coisa aí, amor... - observa Flavinho.
    -E tem. O meu pai deixou ela acreditar nisso. Quer dizer... não fez nada pra impedir. Uma farsa se criou. Cês tem noção da gravidade disso? - preocupa-se Leonardo.
    -Vindo do seu pai, nada me surpreende. Mal conheço e tenho tudo contra. - revolta-se Flavinho.
    -Calma, gente... cedo ou tarde a gente vai precisar esclarecer isso tudo com eles. Eu faço questão disso... - fala Valéria.
    -Meu medo é que essa farsa se torne irreversível. Que deixe minha mãe mais frágil ainda... - preocupa-se Leonardo.
    -Calma... vai dar tudo certo. Tem que dar. - afirma Flavinho.
    CORTA A CENA.

    CENA 6: Fábio e Arlete desembarcam em Paris e passeiam pelas ruas após deixar o aeroporto.
    -Confesso que cheguei a pensar que esse dia jamais chegaria, meu amor...
    -Que paciência que você teve, Arlete... dez anos aguentando essa incerteza.
    -É, mas agora a incerteza deu lugar à realidade... e é exatamente como eu sonhei. Eu poderia morrer agora, que eu morreria feliz!
    -Isso é lá coisa que se diga? Nossa vida começa agora, minha querida...
    -Foi modo de dizer. Quero casar com você... e ter dois filhos, um menino e uma menina.
    Fábio ri.
    -Você quer escolher um menino e uma menina? Só adotando, desse jeito...
    -Não, seu bobo! Desde nova eu sonhei em ter dois filhos... um casal. Se eu tiver a menina primeiro, é sinal que é pra adotar o menino, aí sim...
    -Posso saber como você os chamaria?
    -Claro que pode. A menina ia ter meu nome.
    -Pouco egocêntrica, você...
    -Sou leonina, meu querido. Deusa suprema do sol, meu amor!
    Fábio se diverte.
    -Vai rindo, vai! Daí se a menina nascer antes e tiver meu nome, quero que o nosso filho se chame Vitório.
    -Por que logo esse nome?
    -Lembra meu passado... meus antepassados italianos.
    -Sei... mas chega de falar. Que tal aproveitar esse lugar lindo e se inspirar?
    -Com você isso não é nada difícil...
    Os dois seguem andando, apaixonados. CORTA A CENA.

    CENA 7: José estranha o silêncio de Maria Susana enquanto ela arruma as coisas de Miguel para levá-lo para passear.
    -Não entendo, Maria Susana... desde o café da manhã você não deu uma palavra comigo. Nem um único bom dia.
    -Bom dia, então. Satisfeito?
    -Precisa ser seca desse jeito?
    -Precisa. Você sabe muito bem o motivo.
    -Não, não sei. Pode falar?
    Maria Susana perde a paciência e explode com José.
    -Posso falar, sim. Mas é óbvio que você sabe! Você fica olhando pro nosso filho como se vivesse suspeitando da paternidade dele. Anda, confessa que é isso que você acha! Eu vejo o jeito que você olha ele, eu vejo! - grita Maria Susana.
    -Não precisava gritar. Miguel pode ouvir.
    -Quer saber? É até bom se ele escutar. De que adianta você chamar ele de filho se não sente isso de coração?
    -Quem disse que não sinto?
    -Sua postura. Seu olhar. Sua desconfiança. Você tem noção que é a minha honra que você coloca em cheque toda vez que pensa nisso?
    -Não, meu amor... nunca duvidei de você nem da sua fidelidade.
    -Então acredita no que? Num milagre divino? Você sabe muito bem que tenho sangue negro.
    -Mas não pensei que...
    -Cale-se. Não tenta justificar que só vai piorar.
    -Mas...
    -Eu preciso levar nosso filho pro passeio. Se quiser, venha conosco, mas não quero esse assunto perto dele. Não agora.
    CORTA A CENA.

    CENA 8: Hugo decide deixar agência antes do horário de almoço e Giovanna o questiona.
    -Posso saber o que te deu pra sair da Natural High antes do meio dia?
    -Giovanna... não tou com disposição pra ficar aqui hoje. Sei que é no sábado que as coisas andam mais aqui... mas hoje não. Hoje eu quero sair daqui. Ficar só. Segunda-feira eu volto.
    Hugo deixa sua sala e Giovanna liga para a mansão dos di Fiori. Leopoldo atende.
    -Alô? Oi, Giovanna... precisando falar alguma coisa relacionada à agência ou é sobre a editora?
    -Nenhuma das alternativas, Leopoldo. Seu filho está me preocupando. Acabou de sair daqui num ânimo mais baixo que boneco de posto sem ar. Observa bem quando ele chegar. Ele parece estar com sinais de depressão. E estou falando muito sério. Fiquem alertas. Você e a dona Bernadete... não deixem ele se afundar nem se esconder da vida, por favor.
    -Não acho que seja pra tanto, Giovanna... mas agradeço pela ligação e pelo alerta. Pode deixar que vamos manter os olhos bem abertos. Bom trabalho.
    CORTA A CENA.

    CENA 9: No dia seguinte, Valéria sente uma forte tontura ao se levantar do sofá e desperta suspeitas em Leonardo. Flavinho acode Valéria.
    -Gente, o que foi isso? Você anda comendo bem? - preocupa-se Flavinho.
    -Bem até demais da conta... não sei mesmo porque tive essa tontura. Pensei que ia desmaiar! - fala Valéria.
    Leonardo vai até os dois, desconfiado.
    -Valéria... sua menstruação costuma atrasar? - pergunta Leonardo.
    -Às vezes sim, nunca fui muito regrada nesse sentido... - esclarece Valéria.
    -Pois eu acho que você tá grávida. E acho bom fazer um exame logo, nem que seja pra tirar a dúvida... - fala Leonardo.
    -Não, gente... não pode um troço desses. Imagina eu, grávida? Com vinte e três anos na cara? Não... não tá nos meus planos, não mesmo! - fala Valéria.
    -Mas o Leo tem razão, amiga... cê pode estar esperando um filho.
    -Não posso, não! Não é o momento e nem sei como o William reagiria, nenhum de nós tem onde cair morto... - preocupa-se Valéria.
    CORTA A CENA.

    CENA 10: Giovanna chega de surpresa no quarto de Hugo.
    -Giovanna? Meus pais não avisaram nada...
    -Eles não estão aqui. Devem ter ido passear. A empregada abriu pra mim. Vim aqui porque precisamos conversar.
    -Olha, se for aquele papo de que eu tou entrando em depressão que você encheu a cabeça dos meus pais, melhor nem começar. Não tou disposto.
    -Calma. Vim falar sobre Cristina.
    -De novo?
    -Quantas vezes for necessário. Você tem que dar um jeito de achar ela. E de perdoar ela... vocês precisam se casar a qualquer custo.
    Hugo olha perplexo e revoltado para Giovanna. FIM DO CAPÍTULO 6.

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